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Visibilidade Lésbica | 30 personagens lésbicas das séries de TV e streaming

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No dia 29 de agosto é comemorado o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica no Brasil, criada em 1996, quando aconteceu no Rio de Janeiro o I Seminário Nacional de Lésbicas (Senale). Esta data é importante porque demonstra uma conquista para comunidade, que todos os dias, luta constantemente por respeito, dignidade, visibilidade e direitos em uma sociedade majoritariamente patriarcal. Então, para celebrar o dia de hoje, aqui vai uma lista com 30 personagens lésbicas em séries de TV.

Visibilidade Lésbica | Marcos na história das mulheres lésbicas

  1. Carol Willick (“Friends”)


Carol (Anita Barone/Jane Sibbett), personagem recorrente no sitcom “Friends”, é quase um marco histórico. Ela largou o marido Ross Geller (David Schwimmer) para ficar com Susan (Jessica Hecht), mulher que conheceu na academia e se apaixonou. Apesar de Carol ter se assumido lésbica e se divorciado, o seu relacionamento com Ross sempre foi amigável, afinal, eles compartilhavam a guarda de um filho.

 

  1. Willow Rosenberg (“Buffy – A Caça-Vampiros”)

Willow (Alyson Hannigan) era a bruxa mais poderosa do universo “Buffy – A Caça-Vampiros”. Sempre muito leal aos seus amigos, ela era gentil, tímida e muito inteligente. Quando começa a realizar feitiços secretos com sua colega Wicca Tara Maclay (Amber Benson), desenvolve sentimentos pela mesma e se identifica como uma mulher lésbica.

 

 

  1. Bette Porter (“The L Word”)

Uma das personagens principais do clássico (por assim dizer) “The L Word” e atualmente do revival “The L Word: Generation Q”, Bette (Jennifer Beals) é uma mulher profissional e brilhante, mas quando se trata de envolvimentos amorosos não é bem assim. Ela foi casada com Tina (Laurel Holloman) e teve várias relações casuais com outras mulheres.

 

 

  1. Arizona Robbins (“Grey’s Anatomy”)

Como uma boa soldada em uma tempestade, Arizona Robbins (Jessica Capshaw) dividia corações entre amor e ódio na série “Grey’s Anatomy”. Sobrevivente de um acidente de avião e aborto, como também de um casamento fracassado (e supõe-se, depois reerguido), Arizona cresceu da mais sorridente cirurgiã pediátrica à uma das mais brilhantes cirurgiãs fetais do mundo. Seu relacionamento com Callie Torres (Sara Ramírez) proporcionou uma das maiores representatividades LGBTQIA+ dos últimos tempos.

 

  1. Spencer Carlin (“South Of Nowhere”)

Depois de se mudar de Los Angeles para Ohio, a vida de Spencer Carlin (Gabrielle Christian) se transforma completamente. Co-protogonista de “South of Nowhere”, já no seu primeiro dia na escola, ela conhece Ashley Davies (Mandy Musgrave), uma garota problemática e mal compreendida, que no futuro vem a ser seu par romântico. A série abordou temas voltados ao público teen, como bullying, racismo, homofobia etc.

 

  1. Emily Fitch (“Skins”)

Emily Fitch, interpretada por Kathryn Prescott, participou de três temporadas (3°, 4° e 7°) na série “Skins”. Ela se sente frequentemente intimidada pela sua irmã mais velha, Katie Fitch (Megan Prescott), entretanto, ao passar do tempo sua personagem começa a evoluir e vai deixando de lado sua timidez, principalmente quando entende sua própria sexualidade. Ela possui uma relação conturbada com Naomi Campbell (Lily Loveless), outra personagem lésbica presente na produção.

 

  1. Santana Lopez (“Glee”)

Líder de torcida cruel, latina, destemida e extremamente talentosa, Santana Lopez (Naya Rivera) destruiu muitos corações em “Glee”.  Seu processo de descoberta da sexualidade, como também o fato de se assumir lésbica, foram tratados de forma sensível e emocionante na série, sempre acompanhados de incríveis performances musicais da Naya. De melhores amigas à esposa, Santana, ao longo das temporadas, desenvolveu um relacionamento com Brittany (Heather Morris).

 

  1. Emily Fields (“Pretty Little Liars”)

Conhecida como uma das mentirosas preferidas de “Pretty Little Liars”, Emily Fields (Shay Mitchell) sempre foi a personagem mais doce, carinhosa e leal do grupo.  Ela percebeu sua sexualidade através de brincadeiras nada inocentes com Alison DiLaurentis (Sasha Pieterse), sendo um dos motivos do quais “-A” ameaçava Emily na primeira temporada. Ao longo da série, a personagem se relaciona com várias garotas, porém, na última temporada, ela finalmente casa com sua crush suprema.

 

  1. Lauren Lewis (“Lost Girl”)

Lauren (aka Dra. Lauren Lewis) (Zoie Palmer) é uma cientista e médica, personagem regular de “Lost Girl”. Ela é serva do Ash (Clé Bennett), líder dos Light Fae (clã de seres sobrenaturais) e é assim que ela conhece a súcubos Bo Dennis (Anna Silk) e já no primeiro encontro se encanta, e posteriormente, a ajuda a controlar seus poderes. De início, elas possuem um relacionamento complicado porque Bo tem suas necessidades de alimentação de súcubos que Lauren, como humana, não é capaz de suprir. Entretanto, o casal “Doccubus” é endgame.

  1. Lana Winters (“American Horror Story”)

Lana Winters (Sarah Paulson), conhecida como Lana Banana, é uma das personagens principais da segunda temporada de “American Horror Story: Asylum” e retorna em outros anos, como “Freak Show” e “Roanoke”. A série se passa no ano de 1964, na Instituição Mental de Briarcliff, nos Estados Unidos, e a jornalista Lana vai parar no local para fazer uma reportagem sobre maus tratos e acaba sendo internada por ser homossexual, que na época era considerado uma doença, sofrendo vários abusos.

 

  1. Betty McRae (“Bomb Girls”)

Betty (Ali Liebert), é uma personagem regular de “Bomb Girls”, uma série que acompanha a história de quatro mulheres que trabalham em uma fábrica de munições no Canadá, durante a Segunda Guerra Mundial. Ela é responsável por treinar novas garotas e sempre foi uma funcionária modelo devido sua determinação e confiança. Entretanto, em sua vida pessoal, ela é insegura e sente a necessidade de esconder sua sexualidade. A personagem se apaixona pela melhor amiga hétero e é rejeitada, porém, mais tarde desenvolve sentimentos por uma soldada chamada Teresa Hill (Rachel Wilson), por quem é correspondida.

  1. Cosima Niehaus (“Orphan Black”)

Conhecida pelos dreadlocks e óculos de armação grossa, Cosima (Tatiana Maslany), uma das clones favoritas da série “Orphan Black”, era uma cientista Ph.D. que beirava a genialidade, nerd excêntrica e confiável. Teve um relacionamento de “vai-e-volta” com outra amada cientista, Delphine Cormier (Évelyne Brochu).

 

 

  1. Lena Foster (“The Fosters”)

Lena Adams-Foster (Sherri Saum) é uma mulher ativista, empática e altruísta. Casada com Stef Adams-Foster (Teri Polo) e com três filhos, a vida do casal muda completamente quando decide dar um lar temporário a adolescente problemática Callie (Maia Mitchell).  A série “The Fosters” dá uma aula de representatividade, sexualidade e gênero, como também é uma produção recheada de lições sobre família e amor.

 

  1. Alex Vause (“Orange is The New Black”)

Uma das personagens principais de “Orange is The New Black” e lembrada pelos seus óculos de armação grossa e suas tatuagens, Alex Vause (Laura Prepon) é sarcástica, esperta, sempre está acompanhada de um livro e é presidiária na Penitenciaria de Litchfield (haha). Quando sua ex-namorada Piper Chapman (Taylor Schilling) entra na prisão, elas voltam a se envolver na base da insegurança e problemas do passado, entretanto, a partir da quarta temporada, o relacionamento das duas evolui.

 

  1. Nomi Marks (“Sense8”)

Conhecida por ser uma “orgulhosa mulher transexual e lésbica”, Nomi (Jamie Clayton) é uma das personagens principais de “Sense8”. Ela é uma blogueira política, hacker e ativista de São Francisco. Nomi é uma “sensate”, junto com mais sete personagens, em que são capazes de se ligar emocionalmente ou mentalmente um ao outro. Quando tem suas habilidades exploradas pela primeira vez, ela é levada a acreditar que está sofrendo um distúrbio cerebral, o que a faz fugir com sua namorada Amanita (Freema Agyeman).

 

  1. Alex Danvers (“Supergirl”)

Carinhosa, confiante e com grande senso de justiça, Alex Danvers (Chyler Leigh) é bio-engenheira e agente do Departamento de Operações Extra-Normal (D.O.E). Sempre dedicada na sua vida a proteger sua irmã adotiva (e super-heroína), Kara Danvers (Melissa Benoist), ela nunca entendeu o porquê nunca teve sucesso na área de relacionamentos amorosos também, até conhecer Maggie Sawyer (Floriana Lima) e se entender como uma mulher lésbica. O processo de descoberta da personagem é singelo e apaixonante.

 

  1. Nicole Haught (“Wynonna Earp”)

Determinada e sempre compromissada com seu trabalho, Nicole Haught (Katherine Barell) chegou na pequena cidade de Purgatório sem ter consciência dos eventuais acontecimentos sobrenaturais. Após se envolver com Waverly Earp (Dominique Provost-Chalkley), ela acaba descobrindo sobre os mistérios que rondam a cidade. No momento, Nicole é a atual xerife do Departamento de Polícia de Purgatório e pode ser considerada uma das personagens mais doce e valente da atualidade.

 

  1. Robin Buckley (“Stranger Things”)

Apresentada apenas na terceira temporada de “Stranger Things”, Robin Buckley (Maya Hawke) foi um verdadeiro presente aos amantes do universo psicodélico dos anos 1980. Extremamente sarcástica, atrevida e poliglota, Robin desenvolve uma amizade com Steve Harrington (Joe Keery) e quando o público pensou que os dois desenvolveriam um romance são surpreendidos com a revelação que ela costumava zombar dele no colégio por ciúmes, pois possuía sentimentos românticos por uma garota que, na verdade, gostava dele.

 

  1. Elena Alvarez (“One Day at a Time”)

Feminista, lésbica, latina e militante são as características que descrevem perfeitamente a personagem de Elena Alvarez (Isabella Gomez) em “One Day at a Time”. Além disso, ela é uma adolescente nerd e bastante peculiar que está sempre procurando causas sociais para lutar. O processo de “saída do armário”, na primeira temporada, é extremamente significativo e forte, pois demonstra a realidade de muitos adolescentes: aceitação de uns, rejeição de outros e ainda conflitos com religião.

 

  1. Cheryl Blossom (“Riverdale”)

Líder de torcida, riquinha manipuladora, malvada com doses de gentileza e com habilidades de arco e flecha, Cheryl Blossom (Madelaine Petsch) é personagem regular na série “Riverdale”. De início, ela é apresentada como uma adolescente fútil e fria, porém, ao longo dos episódios, é percebido que ela esconde seus sentimentos, pois quando era mais nova desenvolveu uma amizade com uma garota de escola que, mais tarde, se transformou em amor. Entretanto, sua mãe destruiu qualquer possibilidade de um relacionamento saudável da vida da arqueira. Depois, mais velha e madura, ela conhece Toni (Vanessa Morgan) e elas evoluem de “inimigas” para namoradas.

  1. Maia Rindell (“The Good Fight”)

Maia Rindell (Rose Leslie) é uma jovem inteligente e ambiciosa advogada, que se junta ao renomado escritório de advocacia Reddick, Boseman & Lockhart como associada logo após passar no exame da ordem. Ela é filha de um empresário bilionário de prestígio e afilhada de Diane Lockhart (Christine Baranski), uma advogada conceituada, que Maia considera como mentora. Após um repentino escândalo envolvendo sua família, seus relacionamentos pessoais e profissionais são colocadas em destaque influenciando em toda sua vida.

 

  1. Emily Malek (“The Handmaid’s Tale”)

Inteligente e obstinada, Dra. Emily Malek (Alexis Bledel) é uma importante personagem na série distópica “The Handmaid’s Tale”. Na realidade da produção, Gilead possui um regime autoritário e teocrático, desta forma, ela é considerada “traidora do gênero” devido a sua orientação sexual.

 

 

  1. Kelsey Philips (“Dear White People”)

Kelsey Philips (Nia Jervier) é uma personagem secundária da Universidade Winchester, na produção da Netflix “Dear White People” (Cara Gente Branca). Na terceira temporada, a glamurosa e excêntrica Kelsey afirma já ter esgotado todas as lésbicas do campus e se aventura com uma hétero curiosa, Brooke (Courtney Sauls). Entretanto, o relacionamento não avança da forma que ela esperava.

 

  1. Adena El-Amin (“The Bold Type”)

Conhecida por ser uma “orgulhosa mulçumana lésbica”, Adena (Nikohl Boosheri) é uma personagem recorrente em “The Bold Type”. Ela é uma fotógrafa extremamente talentosa e foi por isso que apareceu na revista Scarlet pela primeira vez. Lá conheceu Kat Edison (Aisha Dee), chefe de mídia social, e posteriormente, engataram um relacionamento amoroso (Kadena). Apaixonada pela carreira e orgulhosa do que é, Adena é um verdadeiro exemplo do que é amar sem medo.

 

  1. Kate Messner (“Everything Sucks”)

Protagonista da dramédia “Everything Sucks”, Kate Messner (Peyton Kennedy) é uma adolescente tímida e nada popular. Apesar de ter apenas uma temporada, a série desenvolve a história de descoberta e aceitação da sexualidade de Kate enquanto tenta fazer amizades ao ingressar no clube de audiovisual da sua escola.

 

 

  1. Melanie Vera (“Charmed”)

Mel (Melonie Diaz) é uma jovem feminista, apaixonada e uma verdadeira defensora de causas sociais. Ela é uma das personagens principais da série “Charmed”, baseada na produção de mesmo nome do ano de 1998. Depois que sua mãe morre misteriosamente, Mel descobre que ela e suas irmãs são bruxas com habilidades elevadas. Enquanto aprende a lidar com essa nova realidade de magia, tenta equilibrar seu relacionamento com sua namorada, Niko (Ellen Tamaki).

 

  1. Alice Kwan (“Good Trouble”)

Alice (Sherry Cola) é a atrapalhada gerente de uma república em Los Angeles. Humilde, engraçada e extremamente altruísta, está sempre preparada para ajudar aqueles que precisam, mesmo que isso a prejudique de alguma forma. Ela é uma personagem regular do spin-off de “The Fosters”, a produção de 2019, “Good Trouble”. Além disso, ela ainda possui sentimentos românticos pela sua melhor amiga e ex-namorada, Sumi (Kara Wang), que a traiu e já está em outro relacionamento.

 

  1. Anne Lister (“Gentleman Jack”)

Conhecida como “a primeira lésbica moderna”, Anne Lister (Suranne Jones) é a protagonista de “Gentleman Jack”, série histórica baseada nos diários coletados da mesma. Situada em 1832, a personagem, naquela época, desafiava as convenções de gênero, principalmente aqueles que envolviam os comportamentos esperados do “ser mulher”.

 

 

  1. Hattie (“Twenties”)

“Twenties” segue a vida de Hattie (Jonica T. Gibbs), uma garota negra, aspirante a roteirista e lésbica na casa dos vinte anos e suas duas amigas heterossexuais. Juntas tentam encontrar equilíbrio em suas vidas, vivendo na loucura da grande cidade de Los Angeles. A série de comédia é baseada na vida da própria criadora e escritora Lena Waithe.

 

 

  1. Isabelle Richardson (“Little Fires Everywhere”)

Considerada a “ovelha negra” da família, Izzy (Megan Stott) é uma adolescente rebelde que rejeita o estilo de vida da classe média que sua família possui. Ela não se encaixa nos padrões estabelecidos pela sua mãe, Elena Richardson (Reese Witherspoon), e não tem muitos amigos na escola, e um dos motivos é sua atração por sua amiga April (Isabel Gravitt).

 

 


Pro Mundo (Out!) | Alison Bechdel: a primeira protagonista lésbica da Broadway

E aí, faltou alguém na lista? Comenta aí embaixo qual personagem lésbica está faltando por aqui. =)

Baiana, designer e jornalista. Acredita que vive em seu próprio conto de fadas e se divide entre suas duas obsessões: livros de romance e séries teen.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

LesB Indica | Badhaai Do – uma salada de casamento de fachada, confusão familiar e amor

No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando