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Pro Mundo (Out!) | Kate Whistler – uma personagem que você precisa conhecer

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NCIS:Hawai’i”, quarta série da franquia NCIS, inova ao trazer para o cenário de investigação de crimes relacionados a marinha americana um time liderado por uma mulher, Jane Tennant (Vanessa Lachey). A série também é a primeira a ter personagens sáficas desde o início da série, a agente do NCIS Lucy Tara (Yasmine Al-Bustami) e a oficial do DIA, ou Agência de Inteligência de Defesa, Kate Whistler (Tori Anderson), sendo elas o casal com mais enfoque da produção.

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E é a partir desse início, como interesse romântico e oficial do DIA, que conhecemos Kate Whistler. Como oficial, Kate precisa proteger as informações confidenciais, e assim é colocada em uma situação mista de ajudar a equipe do NCIS, mas também de não deixar com que eles tenham acesso a dados sensíveis, mas que poderiam resolver a investigação. Desta forma, e por conta da postura séria e profissional, que a personagem é vista como alguém distante, insensível e ambiciosa, e faz pouco para mudar a perspectiva que as outras pessoas têm dela.

E é nisso que o relacionamento com Lucy se torna ponto-chave para Kate na série: as nuances da sua personalidade começam a aparecer. Kate não é insensível, ela se preocupa e entende a importância do trabalho de investigação, mas também gosta de seguir as regras e quer fazer seu trabalho bem. Ela se distancia dos outros como forma de se proteger, e é ambiciosa, mas não a custo dos outros, e sim porque colocou todo seu esforço na sua vida profissional e tem dificuldade de ver outras formas de viver a vida.

O grande defeito real de Kate Whistler é a sua dificuldade em se comunicar e expor seus sentimentos, o que acaba criando graves problemas em seu relacionamento com Lucy. O primeiro deles é ela não querer que as pessoas saibam sobre elas estarem juntas, o que Lucy interpreta como algo pessoal, da oficial tendo vergonha de estar com ela, sendo que a realidade é que Kate não gosta que as pessoas do trabalho saibam de sua vida pessoal. Ainda mais grave é um fato que descobrimos que Kate não terminou de verdade com sua ex-namorada, achando que apenas se mudar e não conversar mais com a mulher seria o suficiente. 

Isso leva ao término entre a oficial e a agente do NCIS, situação triste para aqueles que querem ver relacionamentos felizes nas obras, mas que tem o ponto positivo de abrir espaço para que Kate se torne mais próxima dos outros personagens, e também comece a demonstrar vulnerabilidade e que talvez não esteja feliz com as suas escolhas.

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Uma virada acontece para a personagem então: aquela mulher ambiciosa resolve não aceitar uma grande promoção, que a faria subir na carreira, para que continue morando no Hawaii onde Lucy está. No entanto, ela nota que ser oficial de inteligência não é o suficiente para ela, e se torna uma agente do FBI. Assim começamos a ver que trabalhar com o NCIS a tocou, e que ela quer fazer a diferença de outra forma.

Outro ponto de virada é que Kate Whistler, aquela pessoa fechada, resolve que vai fazer o que precisar para mostrar para Lucy que a quer de volta e leva a sério o relacionamento, incluindo um grande gesto, na frente de todos os amigos e colegas de trabalho das duas.

A segunda temporada se iniciou nos EUA em Setembro, com poucos episódios indo ao ar até o momento, mas já podemos notar que a personagem está tendo cada vez mais a chance de mostrar como pode ser cuidadosa e amorosa, não apenas com Lucy mas com todos a sua volta, e como continua sendo uma profissional extremamente competente. Assim, a esperança de que o desenvolvimento seguirá sendo bem feito está dentro da realidade.

Kate, mesmo em uma série procedural e em apenas uma temporada (por enquanto), consegue se desenvolver mantendo a essência da personagem. É uma mulher focada, que se importa muito com a vida profissional, e com dificuldade de mostrar como se sente, mas que se importa com todos a sua volta e fará todo o possível para ajudar.

Carol Moreno é estudante de psicologia, bissexual e do interior de São Paulo. Ama todos os filmes, séries e webseries com personagens LGBTQ+, espera um dia conseguir assistir tudo que coloca na sua listinha.

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LesB Indica | Prom Dates – um filme para rir, torcer e se emocionar

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Se você está em busca de uma comédia divertida e emocionante para assistir, “Prom Dates” (Dates de Formatura) é a escolha perfeita. Dirigido por Kim O. Nguyen, o filme segue a trajetória de Jess (Antonia Gentry) e Hannah (Julia Lester), duas melhores amigas que fizeram um pacto aos 13 anos para garantir que seu baile de formatura fosse inesquecível. Com a chegada iminente da faculdade, as duas estão determinadas a honrar essa promessa, apesar das mudanças que se aproximam.

Mas, apenas 24 horas antes do grande evento, seus planos perfeitos começam a desmoronar quando elas terminam com seus encontros. Em um último esforço para salvar a noite mais importante de suas vidas escolares, Jess e Hannah embarcam em uma corrida contra o tempo para encontrar novos parceiros e viver todas as suas fantasias de ensino médio.

Estrelado por Antonia Gentry, conhecida por seu papel como Ginny em Ginny e Georgia, e Julia Lester, de High School Musical: A Série, “Prom Dates” promete muitas risadas e momentos emocionantes.

Hannah é uma pessoa extremamente ansiosa e que assumiu ser lésbica há pouco tempo. A jovem luta para entender sua nova fase enquanto tenta manter a amizade com Jess. Enquanto isso, Jess vive uma batalha interna para não se importar tanto com a opinião alheia, por isso, a possibilidade de ir para o baile sozinha não existe. Isso colocará sua amizade com Hannah em risco.

O filme é uma mistura de momentos hilários e emocionantes, que captura a essência da amizade, dos desafios adolescentes e das expectativas em torno do baile de formatura.

Com personagens cativantes e uma história envolvente, este filme é imperdível para quem adora reviver os altos e baixos dos últimos dias do ensino médio. Prepare-se para rir, torcer e se emocionar com essa aventura.

Disponível no Star+, “Prom Dates” é a pedida certa para uma noite divertida com amigos ou para relembrar os tempos de escola.

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LesB Indica | Meu Bem – documentário conta uma linda história de amor

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O documentário “Meu Bem”, de 2022, mostra o dia a dia de Hetty e Jeanne, um casal de senhoras que vivem na Holanda, e que, apesar de toda fofura e cuidado, mostra a vivência das duas através do diagnóstico de Alzheimer de Jeanne. Desde pequenos gestos como comer até tomar banho e outras questões, Hetty é a responsável pelos cuidados de Jeanne, sendo muito reticente quanto à trazer um cuidador, pois sente como se estivesse traindo a confiança da esposa.

É possível notar, dentro dos diálogos, sutis pedidos para lembrança de Jeanne por parte de Hetty, através de músicas, livros, lugares e momentos. As duas estão juntas há 21 anos e na época do filme, Jeanne tinha 90 anos e Hetty 75 anos. A perda de memória e mobilidade inevitável faz com que as duas sempre estejam se declarando sobre estarem juntas até o último momento, mesmo que isso signifique estágios diferentes para as duas.

As músicas são os pontos importantes da história, desde “Non, je ne regrette rien”, de Edith Piaf, ou “She”, de Elvis Costello, onde as duas se lembram de histórias e dançam. É basicamente um terceiro personagem na história. Há momentos em que Jeanne também toca piano.

LesB Indica | Paixões Entrelaçadas – um filme sobre explorar sentimentos e se permitir senti-los

É palpável toda preocupação de Hetty em cuidar de Jeanne, que além do diagnóstico de alzheimer, também possui um tumor que está em tratamento. Podemos notar os momentos em que a memória escapa de Jeanne, mas, também, os de lucidez momentânea.

Vemos poucas produções que contam histórias de pessoas LGBTQIA+ na terceira idade e com vivências reais. O documentário de Eva van Barneveld foi lançado em 2022 e tem todo o cuidado de colocar quem está assistindo como um telespectador de uma linda história de amor e cuidado de duas senhoras muito resilientes.

O documentário “Meu Bem” está disponível no Globoplay e na Apple TV.

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LesB Indica | Paixões Entrelaçadas – um filme sobre explorar sentimentos e se permitir senti-los

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“Paixões Entrelaçadas” é um filme francês de drama e romance que se passa no interior da França. Conta a história de Bertie (Idella Johnson), Lene (Hannah Pepper) e Fred (Lucien Guignard), um trisal que viveu uma história significativa de amor, mas que ficou no passado. Lene amava Bertie e Fred amava Bertie, uma relação que, de certa forma, funcionava e ficava de pé, até o dia que não se sustentou mais. Então, o presente desse amor ficou apenas entre Bertie e Fred que se casaram e formam uma dupla famosa que canta pela cidade.

Depois de perder a mãe, Bertie entra em depressão e Fred acredita que a presença de Lene pode tornar as coisas um pouco melhores. O que ele não desconfiava é que, apesar de terem vivido um relacionamento, o tempo muda muito as coisas, fazendo com que ninguém mais tenha controle do que sente e do que pode acontecer. O reencontro das duas não sai como esperado por Fred e nem mesmo como esperado por elas.

Com roteiro e direção de Marion Hill, “Paixões Entrelaçadas” flerta com o drama, os ciúmes e a briga de egos. Quando Bertie provoca Lene e depois recua, faz com que Lene comece a se interessar por outra mulher e o clima na pequena cidade se torna difícil de sustentar, assim como a relação entre Bertie, Fred e a arte que eles compartilham.

Resenha | Temporada relativa – uma boa leitura de fim de tarde

O longa é ambientado entre a casa de Bertie e Fred e a vida noturna. Entre a desilusão com a vida, com a arte, com o amor e com a música, o longa retrata, em pouco mais de uma hora e meia, alguns aspectos do poliamor sem necessariamente responder perguntas, mas sim, levantar mais questões entre o trisal que existiu um dia e entre Bertie e Lene que, apesar de tudo, se amavam em dupla.

“Paixões Entrelaçadas” é sobre explorar sentimentos e se permitir senti-los. Vale a pena ser visto por tratar de um assunto complexo de forma casual, aproximando os personagens principais das questões que de fato existem em cada telespectador que assiste o filme. A produção estreou em agosto de 2021 e está disponível no Brasil pelo canal streaming Looke.

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