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LesB Indica | Steven Universo – magia, diversidade e amor

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“Steven Universo” é um desenho animado que acompanha a vida do personagem que dá nome ao programa: Steven Universo (Zach Callison). Ele é uma criança que herdou de sua mãe uma pedra mágica que o transforma quase em um super-herói, pois ele precisa proteger o mundo. A animação apresenta o menino ao lado de seu pai, Greg (Tom Scharpling), e de suas protetoras e amigas Garnet (Estelle), Ametista (Michaela Dietz) e Pérola (Deedee Magno Hall) (as Crystal Gems). Juntos eles são uma equipe mágica e poderosa, capaz de deter as maiores e mais perigosas ameaças.

A animação retrata ao espectador a história entre passado, presente e futuro de Steven e de Beach City, cidade onde ele vive. A história das Crystal Gems na Terra acontece por causa de uma tentativa de colonização malsucedida. As Gems se apaixonaram pela Terra e fizeram dela um lar, e Rose (Susan Egan), mãe de Steven, se apaixonou por Greg e resolveu levar a gravidez do menino até o fim, criando uma família e uma criança meio humana e meio Gem.

Aos poucos, o desenho nos apresenta aos personagens com mais profundidade e, de forma sensível, “Steven Universo” mostra que Garnet é uma fusão de duas Gems, Rubi (Charlyne Yi) e Safira (Erica Luttrell), que se amavam tanto a ponto de fundirem em perfeita harmonia. Essa relação é mostrada e confirmada como uma relação sáfica entre duas mulheres, duas Gems com personalidades distintas e felizes unidas em uma só.

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Criada por Rebecca Sugar, uma pessoa LGBTQIA+, a animação trata de forma sensível e significativa essa temática. Esse desenho traz uma história cativante, Steven e as Cristal Gems levam o espectador a viajar por um mundo mágico, complexo e cheio de esperança, além de constantemente apresentar, através das Gems, relações de diversidade e aceitação, em sua forma mais ampla nos episódios.

Esta é uma produção que vale a pena ser assistida, afinal, além de toda a narrativa mágica com questões reflexivas importantes, temos poucos desenhos animados que trazem representatividade LGBTQIA+ e, se tratando de representatividade sáfica, esse número diminui mais ainda. É, também, uma boa oportunidade de levar a discussão sobre diversidade, aceitação e respeito para o público mais jovem.

“Steven Universo” pode ser assistido no Brasil pelo canal de streaming HBO Max. Lá também tem o spin-off da animação chamado “Steven Universo: Futuro” e o filme “Steven Universo: O Filme”.

Monica Teixeira é pedagoga e muito apaixonada pelo universo literário. Amante de séries de médico, viciada em tudo que envolve super-heróis e não perde um episódio de Legends Of Tomorrow. Ela vive na Cidade Maravilhosa, Rio de Janeiro.

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LesB Indica | Os Bucaneiros – amor sáfico e rebeldia feminina em pleno século XIX

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Imagine um grupo de jovens americanas ricas e ousadas invadindo a alta sociedade britânica da década de 1870, desafiando convenções e corações. Essa é a premissa de “Os Bucaneiros”, série da Apple TV+ inspirada no romance inacabado de Edith Wharton.

A trama acompanha cinco amigas — Nan (Kristine Froseth), Conchita (Alisha Boe), Jinny (Imogen Waterhouse), Lizzy (Aubri Ibrag) e Mabel (Josie Totah) — que, ao chegarem a Londres, confrontam as rígidas normas sociais com sua vivacidade e espírito livre. Entre bailes e escândalos, elas descobrem que o amor e a amizade podem ser tão complexos quanto as intrigas da aristocracia.

Com figurinos deslumbrantes, uma trilha sonora moderna e personagens femininas fortes, “Os Bucaneiros” se destaca por trazer um olhar atual para um cenário de época. A série equilibra muito bem drama romântico, crítica social e momentos leves, oferecendo um ritmo envolvente que conquista tanto fãs de romances de época (como a inesquecível Dickinson”) quanto quem busca histórias contemporâneas com representatividade e personalidade.

Um destaque é a personagem de Mabel Elmsworth, interpretada por Josie Totah, que protagoniza uma das tramas mais sensíveis e potentes da série. Ela se reconhece como uma mulher que ama outras mulheres, mas entende que, naquele contexto histórico, só será considerada “respeitável” se estiver casada com um homem. Essa consciência amarga guia suas escolhas, mesmo que a machuque profundamente. Quando conhece Honoria Marable, interpretada por Mia Threapleton, as duas vivem um romance delicado, cheio de hesitação e intensidade contida. Honoria, ao que tudo indica, só passa a compreender seus sentimentos ao se envolver com Mabel e sofre ao perceber que, para a sociedade da época, esse amor não tem espaço.

A série também aborda temas como empoderamento feminino, diferenças culturais e os conflitos entre tradição e modernidade, tudo isso embalado por uma estética deslumbrante e uma trilha sonora contemporânea que inclui artistas como Chappell Roan. Com a estreia da segunda temporada marcada para 18 de junho (quarta-feira) na Apple TV+, “Os Bucaneiros” promete continuar explorando as complexidades das relações humanas com charme e ousadia.

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LesB Indica | A Guerra dos Sexos – igualdade e representatividade nas quadras

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Um homem sexista que desafia uma mulher para tentar provar que é melhor? Isso poderia ser o roteiro de qualquer vídeo ou comentário da internet, mas, além disso, aconteceu de verdade e foi retratado no filme “A Guerra dos Sexos”.

O filme retrata a famosa disputa entre Bobby Riggs (Steve Carell), um tenista aposentado, e a jovem tenista Billie Jean King (Emma Stone), que aconteceu em 1973. Além disso, mostra também a luta que Billie travou para que as mulheres tenistas tivessem um pouco mais de igualdade dentro do esporte.

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Bobby, que estava aposentado, enfrentava problemas no casamento por conta do seu vício em apostas. Para recuperar algum prestígio e conseguir dinheiro, ele teve a ideia de desafiar qualquer jogadora mulher, pois queria provar que ele, mesmo aposentado e com 55 anos, poderia ser melhor do que qualquer mulher. Isso atiçou os empresários e presidentes das associações de tênis, que estavam cansados das reclamações das mulheres. Afinal, se um homem ganhasse uma disputa contra uma mulher, isso serviria como um contra-argumento desmoralizante.

Inicialmente, Billie Jean não aceitou o desafio de Bobby. Ela estava ocupada demais com os torneios femininos e, além disso, havia acabado de conhecer Marilyn (Andrea Riseborough), uma cabeleireira com quem começa a se relacionar. Billie Jean era casada com Larry King (Austin Stowell) na época, mas, por conta das viagens dos torneios, quase nunca estava com o marido. Marilyn passou a acompanhar a equipe como cabeleireira. Billie e Marilyn esconderam o relacionamento das outras tenistas e tentavam ocultar das demais pessoas. Afinal, além do casamento, ainda havia o preconceito em relação a um relacionamento entre duas mulheres.

Após algum tempo e a derrota da primeira desafiada, Bobby consegue marcar a partida contra Billie Jean. Todos os olhos se voltam para essa disputa, além da vontade de Billie de transformar esse jogo em um marco para o tênis feminino. E assim, os dois protagonizam uma das maiores partidas de tênis da história.

Desde então, Billie Jean King se tornou um ícone feminista e, na década de 90, se assumiu como uma mulher LGBTQIAP+. “A Guerra dos Sexos”, lançado em 2017, está disponível no Disney+.

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LesB Indica | SkyMed – representatividade sáfica e diversidade em cenários extremos

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“SkyMed” é uma série médica canadense que explora o trabalho de enfermeiros e médicos em partes remotas do Canadá. A produção mostra a rotina dos profissionais da saúde fazendo resgates e cuidando da população indígena, em uma parte do país pouco mostrada em produções e pouco conhecida por outros países. O drama é focado nas dificuldades enfrentadas, em casos difíceis e nas histórias pessoais dos personagens.

Com uma narrativa dramática, a produção lembra outras séries que trazem profissionais da saúde para o protagonismo, como “Nurses: Plantão de Enfermagem”, só que dentro de um helicóptero e em situações extremas. A série conta, atualmente, com três temporadas e traz um elenco diverso. Ambientada na cidade de Manitoba, a produção faz questão de mostrar a vivência dos grupos indígenas da região, assim como as problemáticas enfrentadas devido às mudanças climáticas.

“SkyMed” traz uma diversidade de histórias de personagens, algo que chama atenção na série. Em destaque, temos Lexi (Mercedes Morris), uma mulher sáfica que luta pela sua vaga de piloto-chefe na equipe. Lexi é inteligente, forte e determinada. Ela mostra, dentro da narrativa, o quanto muitas vezes precisa lutar o dobro do que qualquer homem na equipe para provar que sabe muito bem fazer o mesmo trabalho. Na segunda temporada, ela se apaixona por Stef (Sydney Kuhne), mas tem algumas reservas quanto a viver um relacionamento.

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Desenvolvida pela CBC e distribuída pelo Paramount+, a série mostra novas paisagens que fogem do habitual de prédios, luzes e ruas asfaltadas das séries ambientadas nos Estados Unidos. Com isso, a produção conquistou o público e tem grandes chances de ser renovada para quarta temporada, trazendo a chance de melhor desenvolvimento dos personagens e das histórias, principalmente ao abordar as histórias e a cultura local.

No Brasil, SkyMed está disponível pelo canal de streaming Paramount+ e conta com as três temporadas completas (legendadas e dubladas). A série vale a pena ser vista por trazer novas formas de contar histórias. É interessante assistir e conhecer outras culturas que fogem do dia a dia e dos conteúdos mais consumidos. Além disso, a série explora as sexualidades dos personagens de forma natural, sem que isso seja um problema na narrativa, o que traz uma sensação de acolhimento.

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