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Review | Marvel’s Runaways – Primeira Temporada

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Estamos vivendo em meio a era dos heróis. seja em séries, filmes, webséries, literatura. Para quase todos os lugares que se olhe temos um super-herói voando solo ou integrando uma equipe. São várias as adaptações das histórias saídas das coloridas páginas dos quadrinhos, algumas são boas, outras nem tanto e existem aquelas que surpreendem, e Marvel’s Runaways é uma delas.

Runaways é uma série melhor do que você poderia imaginar

Adaptada dos quadrinhos Fugitivos”, da Marvel Comics, que foi criado em 2003 por Brian K. Vaughan e Adrian Alphona, a história foi inicialmente pensada para sair do padrão dos super-heróis tradicionais. A equipe original era composta por seis adolescentes, filhos de seis casais renomados da cidade de Los Angeles, que vêem seus pais assassinarem uma jovem e oferecer sua alma para uma entidade. Após o ocorrido, eles decidem abandonar seus lares e tentar limpar os nomes.

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Na série, exibida pelo Hulu, a história é bem semelhante a das HQs, sendo esse um dos maiores elogios que carrega. Com um ano não tão bom assim para as séries da Marvel, Runaways despertava certo receio nos fãs da equipe original, que não estavam tão satisfeitos com o que estava sendo sendo exibido em nome da empresa ultimamente, contudo, a série veio a ser ainda melhor do que estávamos esperando.

Com um elenco bem diversificado que conta com Rhenzy Feliz (Alex Wilder), Lyrica Okano (Nico Minoru), Virginia Gardner (Karolina Dean), Ariela Barer (Gert Yorkes), Gregg Sulkin (Chase Stein) e Allegra Acosta (Molly Hernandez) como os Fugitivos, a produção consegue manter um bom padrão de qualidade no roteiro, na direção e a química entre os seis personagens principais é fundamental para a melhor aceitação da equipe pelo público.

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Assim como os adolescentes, o elenco adulto também foi bem escalado contando com James Marsters e Ever Carradine como os progenitores de Chase, Victor Stein e Janet; Annie Wersching como a mãe de Karolina. Leslie, a líder da organização Orgulho e Kip Pardue como seu marido Frank; Brittany Ishibashi e James Yaegashi interpretam os pais de Nico, Tina e Robert; Kevin Weisman e Brigid Brannagh são Dale e Stacey, os pais de Gert e Molly, e por último, Ryan Sands e Angel Parker como Geoffrey e Catherine, formando a família Wilder.

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Além de conquistar com um bom elenco, a série ainda traz assuntos importantes como a representatividade LGBTQ+ ao criar um romance entre as personagens Karolina e Nico, e trazer como “líder” da equipe Alex, um jovem negro que não possui poderes ou aparelhos especiais para aprimorá-lo em uma batalha, somente a sua inteligência e a vontade de se reunir e proteger seus antigos amigos.

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Pode ser um pouco difícil criar um vínculo inicial com os personagens já que o elenco principal é razoavelmente grande, os dilemas pessoais de cada um são apresentados com praticamente a mesma profundidade para todos e, por fim, o que se sobressai é o grande problema que eles enfrentam e os que ainda terão de enfrentar como uma equipe.

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Talvez Marvel’s Runaways seja principalmente sobre relacionamentos. A relação dos adolescentes com seus pais, que é certamente cheia de conflitos, assim como a amizade dos seis jovens que se afastaram anos atrás após a morte da irmã de Nico, Amy. As nuances dessa amizade e como eles voltam a se reaproximar dadas as circunstâncias atuais são bem construídas e muito boa de se acompanhar.

Josh Schwartz e Stephanie Savage constroem personagens complexos e com camadas que ainda faltam serem apresentadas. Os efeitos especiais também são bem convincentes, principalmente ao apresentar a pele luminosa de Karolina ou a pet de Gert, Alfazema.

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Marvel’s Runawaysé uma série um pouco estranha, mas realmente divertida, que consegue ser pretensiosa e juntar elementos que se encaixam e fluem muito bem entre si, sendo uma boa pedida para quem é fã do gênero.

Myrella Oliveira é a co-criadora do LesB Out!, estudante de Publicidade, designer e sonha mais do que pode realizar. Acumula livros que não tem tempo pra ler e séries que não tem tempo para assistir. Feminista, bissexual e orgulhosa, além de ser esquecida e absurdamente dramática. Enxerga o mundo de um jeito bem singular. Mora no litoral ensolarado do Rio de Janeiro.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando