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Resenha | Orphan Black: Crazy Science #1 – um presente aos fãs de Cophine

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A série que mostrou ao mundo a capacidade de atuação da atriz canadense Tatiana Maslany já chegou ao fim, entretanto, os idealizadores juntamente a produção deu carta branca para a realização de um spin-off no formato de história em quadrinhos. “Orphan Black: Crazy Science”, escrita por Heli Kennedy e com arte de Fico Ossio, publicada pela IDW Publishing, mostra as aventuras de Cosima e Delphine viajando o mundo com o intuito de curar as 274 clones Leda que faltam.

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O primeiro quadrinho foi lançado no início de julho e começa exatamente onde a produção audiovisual terminou: com o casal Cophine na Colômbia. A narrativa desta primeira HQ consegue captar bem a essência das personagens tão adoradas pelo público e entregar uma perspectiva do que virá a seguir logo no início da trama. Nesta primeira parte somente Scott Smith faz uma aparição, o que já intriga os fãs para ler as próximas, considerando que foi afirmado que as outras clones aparecerão.

Além de entregar uma trama já emaranhada em mistérios, bem à la “Orphan Black” série de TV, só que desta vez, pelo menos, por enquanto, algo menos cabuloso que Neolution, a história navega pelo descobrimento de quem são essas personagens para além do que já foi visto na produção de John Fawcett e Graeme Manson, o que só acrescenta em positivo para a mesma. É interessante descobrir juntamente a Cosima sobre quem é a Família Cormier, detalhes que nunca foram apresentados antes.

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A arte de Ossio enriquece ainda mais o quadrinho e propõe um deleite para os olhos do leitor. Com cores e desenhos bem trabalhados, “Crazy Sciente” se torna eficiente em entregar um conteúdo de qualidade ao público e tem um acabamento digital bacana. Ademais, Kennedy presenteia os fãs brasileiros nesta primeira parte levando as duas protagonistas para o Rio de Janeiro, em uma aventura para lá de promissora.

Aos que shippam Cophine digo, sem medo, que ficarão muito felizes em acompanhar o casal em momentos nem sequer pensados antes, que diria que precisávamos e mal sabíamos disso. É perceptível o conforto de ambas, o sentimento e até mesmo a domesticidade, já presenciadas em uma cena rápida no fim da quinta temporada.

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Infelizmente, “Orphan Black: Crazy Sciente” (#1) não tem versão em português e nem data para ser lançada por aqui. Entretanto, aos que gostariam de adquiri-la, a HQ está à venda na Amazon em versão digital. Contém 30 páginas, sendo as finais um sneak peek na história escrita por Manson, Fawcett e Jody Houser chamada “Orphan Black”, que conta com uma série de quadrinhos sobre cada uma das clones Leda.

Por fim, caso decida dar uma chance a história, prepare-se para uma leitura dinâmica, intrigante, com os mistérios que adoramos e um casal que já estávamos com saudades. Mal posso esperar para ler a segunda parte!

LesB Nota
  • História
  • Personagens
  • Ilustração

Sinopse

Viajando pelo mundo para curar 274 clones doentes de Leda, a brilhante cientista/casal Cosima e Delphine se apaixonam cada vez mais… e se aprofundam em uma agenda misteriosa que ameaça destruir sua nobre missão… e seus corações!

Karolen Passos é a co-criadora do LesB Out!. Jornalista, marketeira, mestranda sofredora e crítica há mais de dez anos, ela já escreveu para diversos sites. Fã de séries desde Gilmore Girls, a carioca têm mais de 50 títulos interminados na grade atual de séries e uma coleção crescente de quadrinhos (será se já leu tudo?). Hoje mora na Bahia e é mãe de três gatos: Bruce Wayne, o BAT-CAT, Alex Karev, o hiperativo e Meredith Grey, a antissocial.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

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Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

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A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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