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LesB Indica | As Horas – longa-metragem elogiado pela crítica que merece sua atenção

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“As Horas” é um filme em três atos. Adaptação do livro homônimo de Michael Cunninghan (este que ganhou o Pulitzer de ficção em 1999), conta, ao mesmo tempo, a história da escritora inglesa Virginia Woolf, da dona de casa Laura Brown e da editora Clarissa Vaughn. As histórias se interligam através do livro Mrs. Dolloway” da própria Wolf.

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A escritora, interpretada por Nicole Kidman, vive no interior da Inglaterra com seu marido, e tenta escrever um livro. A autora é conhecida mundialmente e por toda uma criação de um estilo de literatura, porém Woolf convivia com uma doença, o transtorno bipolar, que a dominou principalmente nos últimos anos de sua vida, até culminar no seu suicídio, em 1941.

No filme, Virginia e Leonard Woolf vivem afastados de Londres, enquanto ambos buscam tocar seus negócios e mantê-la bem para escrever seu mais novo romance. Ela recebe uma visita de sua irmã e seus sobrinhos, que dão a ela um vislumbre de uma vida feliz.

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Logo, o filme passa para os anos 1950, mais precisamente 1951, a dona de casa grávida Laura Brown (Julianne Moore) está lendo o livro Mrs. Dolloway e sente uma depressão profunda tomar conta de si por ver que sua vida é monótona. Ela cuida da casa, do filho, do marido e logo, cuidará de mais um filho. Laura se sente sufocada pela realidade de classe média e além disso, ela cria um encantamento por sua vizinha, porém não passa de um crush platônico.

E depois, em 2001, conhecemos Clarissa Vaughn (Meryl Streep), a Mrs. Dolloway, como seu amigo Richard (Ed Harris) a chama. Ela é uma editora da alta classe que vive com a esposa e a filha, e está tentando montar uma festa para seu amigo, que é um escritor recluso por ter AIDS. Clarissa parece feliz, mas, ao mesmo tempo, há uma expectativa em fazer algo perfeito para Richard. E assim, a história dela está intrinsecamente ligada à personagem-título do livro de Woolf.

Nas três histórias vemos a noção do perfeccionismo (Virginia com seu livro, Laura com a imagem de esposa perfeita e Clarissa com o evento perfeito) e como outras mulheres permeiam a vida das protagonistas. Virginia, tem sua irmã, Vanessa Bell (Miranda Richardson) como um ponto de apoio; Laura Brown busca em Kitty (Toni Collette), sua vizinha, um ponto fora da monotonia diária, e Clarissa tem sua filha e sua esposa como pontos de segurança.

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O longa-metragem conta a história em um dia (com exceção da abertura e do encerramento, que mostram o suicídio da escritora), alternando entre as três histórias e suas ligações umas com as outras.

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“As Horas” teve seu lançamento em 2002 e foi um sucesso de crítica, atingindo a marca de 81% no Rotten Tomatoes. A atuação de Moore, Kidman e Streep foi muito elogiada. Nicole recebeu o Oscar, o Globo de Ouro e o BAFTA em 2003 pela atuação.

França, 25 anos, fã incondicional de Grey’s Anatomy. Mora em SP mas ama viajar. Viciada em livros de fantasia e romances policiais, espera um dia poder ter tempo de colocar a suas leituras e séries em dia.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

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Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando