Baseada em quadrinhos com o mesmo nome, “The Boys” é uma sátira as grandes produções de super-heróis e nossa sociedade.
A história começa quando A-train (Jessie T.Usher), um super velocista, atropela Robin (Jess Salgueiro), namorada de Hughie (Jack Quaid), um grande fã de heróis. Decepcionado e querendo vingança pela vida de sua amada, ele conhece Butcher (Karl Urban), um sujeito que odeia os supers e quer destruí-los.
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A partir disso, o foco da série é dividido em dois grupos: os ‘The Boys’, constituído por Butcher, Hughie, Frenchie (Tomer Capon), Kimiko (Karen Fukuhara) e Mother’s Milk (Laz Alonso), que se uniram com o intuito de revelar a verdade podre sobre os heróis; e os ‘The Seven’, composto por Homelander (Antony Starr), Queen Maeve (Dominique McElligott), Starlight (Erin Moriaty), A-train, Translucent (Alex Hassell), Deep (Chace Crawford), Black Noir (Nathan Mitchell) e, na segunda temporada, Stormfront (Aya Cash), o grupo mais poderoso de heróis e uma alusão à “Liga da Justiça”, da DC Comics.
Nesse mundo onde pessoas com superpoderes são comuns, os que recebem mais destaque se transformam em um grande produto do capitalismo. Filmes, séries, bonecos de ação, barras de cereais, entre outros produtos, são vendidos em massa para uma população que idolatra as figuras dos seus supostos salvadores que, por sua vez, são agenciados pela Vought, uma empresa especializada na carreira de heróis.
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A sátira da série vai desde as intenções dos superpoderosos ao salvar as pessoas, até a publicidade feita em cima de suas imagens. Um exemplo claro de crítica ao modelo das produções de heróis que conhecemos é a sexualidade de Maeve que, mesmo sendo bissexual, é tratada como lésbica para atrair mais a atenção do público, ou a “união” das personagens femininas que é usada unicamente para coletivas de imprensa e venda de bilheteria.
Apesar da realidade exagerada, “The Boys” nos permite refletir sobre diversos defeitos da nossa sociedade capitalista e preconceituosa. Situações que, em um primeiro momento, parecem absurdas, vão se desenvolvendo fazendo com que o espectador perceba que aquilo não está tão longe do mundo em que vivemos.
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