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Pro Mundo (Out!) | Zoe Rivas e a importância da autoaceitação

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Zoe Rivas (Ana Golja) era uma personagem da série “Degrassi: The Next Generation” com um desenvolvimento extremamente marcante. Ela foi de uma adolescente rebelde e egocêntrica que usava da sua fama e dinheiro para conseguir o que queria a uma adolescente gentil e preocupada com a sociedade ao final de “Degrassi: Next Class”.

Durante sua jornada Zoe teve que enfrentar alguns desafios entre eles um abuso sexual. Esse acontecimento marcou o desenvolvimento de sua personagem, pois ela se viu em uma situação de extrema fragilidade e violação e mesmo assim mostrou uma nova face cheia de determinação e força ao expor os abusadores para a escola toda. Essa coragem mostrou a todos uma nova Zoe e trouxe para perto dela novas pessoas incluindo Grace Cardinal (Nikki Gould), uma menina por quem Rivas acaba desenvolvendo um interesse romântico a fazendp questionar sua sexualidade.

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A partir daí, Zoe começa a enfrentar uma série de questões no que diz respeito a sua sexualidade. Ela nunca havia sentido algo parecido, mas depois que beijou Grace a jovem realmente se sentiu atraída por ela e em “Degrassi: Next Class” essas questões só se intensificam.

Ao lidar com a difícil fase de autoaceitação, Rivas se encontra em uma situação pesada ao ser rejeitada por Grace. já que era heterossexual, e ao mesmo tempo tem de lidar com uma briga interna com ela mesma por não conseguir aceitar a sua sexualidade.

Zoe começa a se machucar e a se esconder cada vez mais o que representa algo muito próximo da realidade. Enquanto enfrenta seus próprios conflitos a personagem de Ana Golja trás grandes marcas de como ainda é complicada a própria autoaceitação além da aprovação que vem de fora, visto que, quando sua mãe descobre ela imediatamente a rejeita e se recusa a acreditar que a filha seja de fato homossexual.

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Para tentar enfrentar toda essa situação, Zoe se aproveita do casamento de sua mãe e a pergunta se pode levar sua atual namorada, Rasha Zuabi (Dalia Yegavian). O pedido é recusado e em um ato de extrema coragem, mas também imprudência, ela resolve mesmo assim levar Rasha ao casamento.

Como resposta a esse ato, a mãe de Zoe a expulsa não só da festa como também de casa, negando a filha de uma forma bastante cruel. Além disso, Rasha termina o namoro por se sentir usada por Zoe para apenas enfrentar a mãe. Depois de ser abrigada na casa de Grace e ao chegar ao fim do semestre, Zoe decide mandar um convite da formatura para sua mãe mesmo que não tenha contado com ela desde que foi expulsa. Infelizmente ela não aparece e deixa Rivas destruída.

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Mesmo depois de toda dificuldade de autoaceitação e sem o acolhimento de sua mãe, Zoe se manteve de pé defendendo quem ela era e mostrando que não há nada de errado em ser essa pessoa. Na última temporada de “Degrassi: Next Class” ela passa uma mensagem bastante importante no que diz respeito a sexualidade se mantendo firme apesar de tudo parecer estar contra ela.

Zoe se torna uma personagem inspiradora demonstrando sua força e sua determinação não só em superar seus terríveis obstáculos como em se autoreconhecer e se autoafirmar publicamente.

Monica Teixeira é pedagoga e muito apaixonada pelo universo literário. Amante de séries de médico, viciada em tudo que envolve super-heróis e não perde um episódio de Legends Of Tomorrow. Ela vive na Cidade Maravilhosa, Rio de Janeiro.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

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Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando