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Review | The L Word: Generation Q – Primeira Temporada

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Dez anos após o fim da versão original, o reboot de “The L Word” estreou em dezembro de 2019 mostrando que veio para ficar.

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Além dos rostos conhecidos de Bette Porter (Jennifer Beals), Shane McCutcheon (Katherine Moenning) e Alice Pieszecki (Leisha Hailey), somos apresentadas a diversas novas figuras que farão parte da nova jornada do tão amado e polêmico drama sobre o universo lésbico de Los Angeles, que desta vez conta com muito mais representatividade.

Apesar do grande impacto em novas e antigas gerações por ser uma das séries pioneiras a abordar temáticas LGBTQIA+, e principalmente por ser focada nisso, não há como negar as problemáticas da narrativa original, centrada na vida das personagens principais ricas e brancas que se encaixam dentro da letra L de nossa comunidade. Já nesta nova versão, contamos com personagens das outras letras da sigla e há maior representatividade de pessoas negras, latinas e asiáticas, sem todos os esteriótipos presentes anteriormente, por mais que ainda seja centrada numa realidade bem elitista.

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“The L Word: Generation Q” mostra que uma produção pode sim se reinventar e continuar sendo relevante uma década depois de seu término. Com um desenvolvimento mais realista, maduro e mais político, a trama não perde sua essência dramática e sensual, porém sempre com a medida certa de humor.

(contém spoilers)

A temporada começa com uma picante cena de sexo entre duas das novas personagens, Dani Núñez (Arianne Mandi) e Sophie Suarez (Rosanny Zayas), duas mulheres de cor, sendo que uma delas está no meio de sua menstruação, mostrando que Generation Q está tentando reparar diversas falhas de sua série derivada. Logo depois disso, o paradeiro de nossas antigas protagonistas começa a ser mostrado: Bette está no meio de sua campanha para prefeita de Los Angeles, divorciada e com a guarda de Angie (Jordan Hull), que está com 16 anos; Alice é a mais nova apresentadora de um programa de auditório voltado ao público LGBTQIA+ feminino e morando com sua mais nova namorada, Natalie Bailey (Stephanie Allynne), e seus dois filhos; e Shane está milionária após abrir diversas franquias de seu salão de beleza e com alguns conflitos em seu relacionamento com a cantora Quiara Thompson (Lex Scott Davis).

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Depois dos reencontros, não tardamos a conhecer as novas narrativas: Dani e Sophie são um sucedido jovem casal que mora com seu amigo Micah Lee (Leo Sheng), um homem trans bissexual, assistente social que começa a se envolver com o novo vizinho artista, José Garcia (Freddy Miyares). Sophie, juntamente de Sarah Finley (Jacqueline Toboni) faz parte da equipe do programa de Alice, enquanto Dani é uma jovem empresaria que trabalha na empresa do pai, porém logo no fim do primeiro episódio decide largar seu emprego para trabalhar na campanha de Bette; Angie, agora com 16 anos, é sem dúvidas uma das personagens mais maduras da série, lidando com todas as mudanças e conflitos comuns na vida de uma adolescente de sua idade, como por exemplo seus sentimentos sobre sua melhor amiga, Jordi Sanbolino (Sophie Giannamore); e Natalie é uma amável psicóloga divorciada que, apesar de estar muito feliz em seu relacionamento com Alice, tem assuntos não resolvidos com sua ex-mulher, Gigi Ghorbani (Sepedih Moafi).

Ao decorrer dos episódios somos apresentadas às outras personagens, como Tess Van de Berg (Jamie Clayton), uma barwoman no que hoje ocupa o lugar do antigo The Planet, que mais tarde é comprado por Shane e transformado num bar para mulheres LGBT chamado Dana’s, em homenagem à antiga personagem. Também nos é mostrado as dinâmicas de convivência entre a nova e velha geração, que ocorre de forma orgânica e divertida, e dos diversos relacionamentos, românticos ou não, que vão se desenvolvendo durante os oito episódios. Algumas questões sobre o paradeiro das antigas personagens também são respondidas, contando inclusive com uma aparição de Tina Kennard (Laurel Holloman) em dois dos capítulos finais.

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Apesar de todos os pontos positivos, principalmente em comparação ao enredo original, uma coisa que ainda deixa a desejar quando se trata de “The L Word” é como os romances são desenvolvidos. Nenhum casal é representado como algo que almejamos, todos têm diversas falhas, principalmente de comunicação, e a maioria acontece de forma corrida e rasa. Sem falar no enredo de traição, tópico muito criticado desde sempre e que continua presente neste novo ciclo da narrativa.

A nova temporada de “The L Word: Generation Q” já está confirmada pela emissora norte-americana ShowTime e você poderá conferir a primeira temporada da série na plataforma de streeming Amazon Prime Video, já que a mesma teve sua estreia hoje.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando