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LesB Indica | Chasing Life (Lutando pela Vida) – narrativa que explora a luta contra o câncer

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“Chasing Life” (“Lutando pela Vida”) é uma série de drama, criada por Susanna Fogel (“Fora de Série”) e Joni Lefkowitz (“Jane the Virgin”), baseada na produção mexicana “Terminales” de Miguel Angel Fox.

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April Carver (Italia Ricci) é uma audaciosa jornalista que está tentando impressionar seu chefe no jornal que trabalha, ao mesmo tempo que precisa conciliar sua vida profissional com a sua família. Ela retorna para casa após seu pai morrer em um acidente de carro e divide seus dias com sua mãe, Sara (Mary Page Keller), sua avó Emma (Rebecca Schull) e a irmã adolescente rebelde Brenna (Haley Ramm).

Depois de conseguir uma reportagem importante e finalmente sair com o “galã” mais desejado do seu local de trabalho, a vida de April parece um verdadeiro conto de fadas. Porém, sua realidade muda drasticamente no momento em que ela, com apenas 24 anos, é diagnosticada com câncer (leucemia).

No início, a protagonista resiste em aceitar que está doente e a cada episódio é possível perceber sua percepção sobre o que é a vida. Primeiro, a única coisa que April quer é continuar sua vida normalmente, inclusive não conta nada a sua família, como também não aceita que deve fazer um tratamento. Quando os sintomas começam a surgir e “prejudicar” seus sonhos, a caminhada dela muda totalmente para uma mulher que quer, a qualquer custo, lutar pela vida.

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“Chasing Life” apresenta uma história sobre a vida, através de um meio familiar composto, em sua maioria, por mulheres. Cada uma lida com suas emoções de forma diferenciada, ao mesmo tempo que vemos como o câncer impacta na vida delas. A série traz a mensagem direta que as pessoas, muitas vezes, se agarram a coisas supérfluas e esquecem de simplesmente viver.

Brenna Carver e o peso da irmã mais nova

Brenna Carver é a típica adolescente mal compreendida que se passa por uma pessoa mimada, rebelde e egoísta. Na verdade, a garota tenta o tempo todo superar sua irmã mais velha “perfeita” e seus vários problemas internos após a morte do seu pai. Ela é a primeira da família Carver a descobrir que April está com câncer e diferente do que todos esperavam, Brenna sempre se mostra disponível para apoiar a irmã.

Apesar da garota ser apresentada como fora de controle, ao longo dos episódios, ela começa a superar suas perdas e se transforma em uma mulher forte, solidária, obstinada e que não tem medo de lutar pelo que acredita. Desta forma, é explorado a descoberta de sua sexualidade.

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Brenna é tratada como uma pessoa que não quer se rotular, entretanto, cansada de comentários sobre namoro, garotos e afins, ela se revela como bissexual na mesa de jantar para toda sua família. A forma como sua sexualidade é abordada é muito natural e diferente de muitas produções, a partir do momento que a garota “sai do armário”, o fato dela ser bissexual não é apagado e ela se relaciona com ambos os sexos, e não apenas só com garotas.

“Chasing Life” se preocupa em mostrar cada aspecto do câncer, do momento que a pessoa descobre a doença, o tratamento, o pós-diagnóstico e todo o processo de luto. A série mostra que a vida é feita para ser vivida e o quanto o câncer é uma doença imprevisível que não impacta apenas a pessoa que carrega a dor, mas todos que estão e continuam ao redor dela nessa grande luta pela sobrevivência.

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Apesar da série ter sido cancelada em sua segunda temporada, ela vale a pena pelas lições que proporciona, e também pela história de Brenna Carver, que cresce de uma adolescente rebelde para uma garota orgulhosa de quem é. “Chasing Life” está disponível na Starzplay e possui duas temporadas.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando