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Review | ANNE+ – Primeira Temporada

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“ANNE+” é uma websérie de drama holandesa que conta a história de Anne (Hanna van Vliet), uma jovem lésbica que acaba de se formar na faculdade de Letras. Mergulhamos na história quando a protagonista está chegando de mudança para sua nova casa e acaba encontrando sua ex-namorada Lily (Eline van Gils) pela cidade, que está em outro relacionamento. Ambientada em Amsterdã, a produção mistura cenas do presente e memórias de antigos relacionamentos de Anne.

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Depois de anos sem ver a ex, aquele encontro rápido fez com que ela se lembrasse da época em que namoravam. Lily foi sua primeira namorada, elas estavam juntas desde o último ano do Ensino Médio, até se mudaram para a mesma cidade na época da faculdade. Era um daqueles casais que não se desgrudavam e que combinavam muito, um verdadeiro “casalzão”. Mas com o tempo perceberam que o relacionamento não estava tão bem assim, alguma coisa não era como antes, então decidem terminar.

“ANNE+”, que tem seis episódios, se desenrola apresentando cada uma das diferentes garotas com quem a protagonista se relacionou após o término com Lily, destacando como foi e como eles a afetaram. Dessa forma, eles são organizados para mostrar a Anne do presente, formada e morando sozinha, tendo memórias dos antigos relacionamentos e a sua turbulenta vida amorosa. Janna (Sharai Rodrigues) foi a primeira mulher com quem teve algo após o fim de seu namoro, de início parecia que era a pessoa exata que estava procurando. Mas com o tempo se mostrou o total oposto, personalidade, estilo de vida e conversas divergiam.

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Algumas outras pessoas passaram por sua vida posteriormente, teve momentos em que ela criou muitas expectativas em cima de um romance, em contrapartida, a outra pessoa queria apenas curtição, também rolou um relacionamento com a sua chefe, que tinha uma esposa. Quando Anne menos imagina, conhece Sara (Jouman Fattal), logo se apaixona e a pede em namoro, algumas questões sobre a sexualidade de sua nova companheira acabam influenciando o casal. 

“ANNE+” é um drama muito leve, Hanna van Vliet realiza um trabalho encantador como a protagonista, em cada episódio torcemos para que personagem finalmente consiga se dar bem em seus relacionamentos. Por seu papel na série, foi indicada ao Golden Calf na categoria Melhor Atriz em uma série dramática, no Festival de Cinema da Holanda de 2020. A narrativa é envolvente e divertida, o elenco da narrativa está super conectado e à vontade contracenando, além de ser bastante diverso. Os atores e equipe técnica escolhida são majoritariamente feminino e LGBTQIA+. É necessário destacar também o trabalho com os cenários e fotografia da série, tanto as locações externas quanto as internas foram pensadas de forma cuidadosa. Os locais da cidade em que foram gravados são belíssimos, contribuindo para uma imagem final ainda melhor, além da preocupação com a decoração dos ambientes internos que chamou bastante atenção.

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A primeira temporada da trama foi lançada em 2018 no YouTube, o projeto começou com um financiamento colaborativo, depois passou a ser exibida na televisão, pela Dutch Public Television. Após o grande sucesso da websérie, ela ganhou uma outra temporada, que foi lançada no começo de 2020. A produção passou da web para a televisão, com episódios transmitidos semanalmente, esta conta com mais capítulos e duração superior à anterior. A segunda temporada ainda não está disponível com legendas no Brasil, mas seguimos ansiosos pelo desenrolar da vida de Anne.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando

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