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Avalance: o enemies to lovers que a gente merece

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A série “DC’s Legends of Tomorrow” trouxe um dos casais mais amados da TV atualmente: Avalance. Formado pela dupla de mulheres poderosas Sara Lance (Caity Lotz) e Ava Sharpe (Jes Macallan) o casal conquistou espaço na série de forma sútil e apaixonante.

Ava era funcionária da Agência do Tempo e como as Lendas eram subordinados a Agência, ela e Sara tinham contato constante. O que parecia perfeito para as duas se apaixonarem acabou sendo o contrário. Elas eram declaradamente inimigas. A agente tinha a função de controlar as Lendas e a Capitã não queria e não podia trabalhar sob os olhos do governo.

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É claro que diante de toda tensão que rolava entre as duas, inclusive, quando estavam lutando uma com a outra jamais seria em vão. A formação de Avalance foi o plot queridinho da TV: de inimigas a amantes. A convivência mesmo que forçada foi o suficiente para fazer com que elas se apaixonassem.

Entretanto, Sharpe tinha problemas com sentimentos, especificamente para entendê-los e se apaixonar pela irresponsável da Canário Branco estava fora de cogitação. Senhorita Lance por sua vez, estava saindo de uma situação extremamente dolorosa, não tinha muito tempo que sua irmã Laurel (Katie Cassidy) tinha morrido, então ela estava extremamente frágil e teve medo de se envolver a princípio, ainda mais com o histórico de Ava de sempre botar a Agência a frente das Lendas.

A relação foi mostrada de forma fluida sem que fosse forçado um desenvolvimento. Sara tinha imensas inseguranças devido as suas questões de ser uma assassina e ter sido trazida de volta dos mortos. Por muito tempo ela relutou em se entregar a Ava porque não se achava digna de receber o amor verdadeiro de alguém.

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Isto fez com que a relação delas balançasse diversas vezes, além claro do fato da outra ser um clone. O que nos leva a outra questão fundamental na história deste casal: Sara sabia o que era o amor, se envolveu com Nyssa Al-Ghul (Katrina Law) pelo tempo em que esteve na Liga dos Assassinos, mas este relacionamento funcionou de uma forma injusta. Por conta de toda cultura da Liga, Sara saiu extremamente machucada, mas nunca esqueceu todas as coisas boas que sentiu. Quando ela e Ava se envolveram de verdade, ela conseguiu entender a leveza que existia no amor. Por outro lado, a segunda estava descobrindo tudo com a Capitã. Ela não fazia ideia do que aquele amontoado de sentimento significava, mas entendeu quando Lance se fez um lugar seguro em que ela poderia morar e confiar.

Avalance é doce e sútil. Os conflitos são parte da relação, mas elas aprenderam que acima de tudo a cumplicidade é parte importante da base que as mantém de pé. Elas tiveram importantes amadurecimentos juntas. Ava cedeu, entendeu que não poderia controlar tudo na vida e que o amor, por exemplo, era uma das coisas incontroláveis. Sara superou o passado sombrio, enfrentou sua escuridão e seu vazio interno e preencheu com todo amor e segurança que Sharpe tinha a oferecer.

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Hoje, além de namoradas, elas são parceiras de luta. Sara confia sua vida em Ava e vice e versa, mas não de uma maneira bruta. É que elas sabem que independente do mal que enfrentem fora da Waverider uma vai sempre lutar pela outra e pelo time. Não é à toa que elas compartilham a liderança da equipe. Co-captains for life.

Monica Teixeira é pedagoga e muito apaixonada pelo universo literário. Amante de séries de médico, viciada em tudo que envolve super-heróis e não perde um episódio de Legends Of Tomorrow. Ela vive na Cidade Maravilhosa, Rio de Janeiro.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando