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Review | The Bold Type – Quarta Temporada (Parte 1)

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Ora ora, as garotas mais amadas de Nova York voltaram. No final da terceira temporada, The Bold Type deixou algumas incertezas referentes ao futuro da revista Scarlet e o que seria da vida das três amigas: Jane Sloan (Katie Stevens), Kat Edison (Aisha Dee) e Sutton Brady (Meghann Fahy).

Review | The Bold Type – Terceira temporada

(Contém Spoilers)

Já no primeiro episódio da temporada, as três garotas resolvem, de um jeito único e nada convencional, o problema da revista, salvando o emprego de Jacqueline Carlyle (Melora Hardin) e de quebra, finalmente damos adeus a Patrick Duchand (Peter Vack). Agora, todos que trabalham na revista devem se adaptar as mudanças e aprenderem a lidar com a era digital da Scarlet.

Depois que Kat perde a eleição para vereadora, ela encontra um meio de lutar pelas causas que acredita dentro mesmo da revista, muitas vezes ultrapassando o horário de expediente. A personagem está determinada a enfiar a cara no trabalho e fugir de qualquer envolvimento amoroso.

Station 19 e o casal Marina (Maya + Carina)

Do outro lado, podemos observar Jane crescendo cada vez mais em sua carreira, porém seu relacionamento amoroso com Ryan (Dan Jeannotte) está cada dia que passa afundando mais. Após descobrir a traição do namorado, ela está enfrentando dificuldades em confiar novamente e além disso, tem que lidar constantemente com a ideia de que pode ter câncer de mama ainda jovem, como a sua mãe que faleceu da doença com 32 anos. Este assunto é tratado de forma delicada na série, e ainda é adicionado, de forma sensível, a escolha da personagem em fazer uma mastectomia dupla, para evitar que fique doente no futuro.

Sutton, este ano, mais que nunca está lutando para se tornar estilista, a carreira dos seus sonhos, e também precisa enfrentar um relacionamento a distância com seu futuro marido Richard (Sam Page) (sim, ele a pediu em casamento, <3). E ao falar de relações amorosas, esta temporada abre mais espaço para a história de Jacqueline, mostrando um pouco mais dos bastidores de sua vida em casa e que, na verdade, ela está tendo dificuldades de lidar com o possível término do casamento, relação esta que dura há mais de 20 anos.

Nesta quarta temporada, “The Bold Type” continua tratando de assuntos polêmicos e importantes de forma responsável. Em alguns exemplos, podemos citar o caso da cantora que queria se assumir LGBTQIA+ e não o fez porque ainda não está pronta, a importância do autoprazer e amar os próprios corpos, dificuldade da mulher trans ou o tabu em volta dos papéis dos gêneros no sexo. É explicado que a sociedade patriarcal, muitas vezes, faz com que mulher se sinta menos mulher quando assume uma posição mais dominante ou que o homem se sente menos másculo se assumir uma atitude mais submissa.

Resenha | A garota do aplicativo: quando rola uma química sem se ver…

Ademais, é inserido na série o assunto de terapia de conversão, que infelizmente ainda é legalizado em muitos lugares, quando Adena (Nikohl Boosheri) leva a revista o caso de um garoto que cometeu suicídio quando foi submetido a um desses centros e até mesmo a personagem afirma já ter sido forçada a um. Outro ponto importante é a personagem de Kat reconhecer a importância de se rotular como bissexual e mostrar as pessoas que ser bi não significa estar “em cima do muro”, mas sim gostar de ambos os gêneros. É importante que cada pessoa escolha sua jornada e viva pelos seus termos, o essencial é ser feliz.

“The Bold Type” é exibida pelo canal Freeform e sua quarta temporada volta com mais episódios dia 11 deste mês.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando