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LesB Indica | Mindhunter – uma produção impecável sobre assassinos em série

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“Mindhunter” é um drama policial baseado no livro “Mindhunter: O Primeiro Caçador de Serial Killers Americano”, escrito por John E. Douglas e Mark Olshaker. A série que é produzida por David Fincher, acompanha os agentes do FBI Holden Ford (Jonathan Groff) e Bill Tench (Holt McCallany) durante seu percurso para tentar entender como funciona a mente dos assassinos em série.

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O jovem Ford começa a ficar intrigado com os homicídios que possuem práticas e comportamentos anormais de alguns criminosos. Por conta da sua curiosidade, ele decide estudar psicologia e logo em seguida começa a trabalhar com o agente Tench na Unidade de Ciência do Comportamento do FBI. Por conta própria, o personagem de Groff decide entrevistar o serial killer Edmund Kemper (Cameron Britton) e percebe que para solucionar essa nova onda de assassinatos em série, talvez seja necessário ouvir esses indivíduos.

Os dois começam a entrevistar os assassinos em série para recolher informações que possam ajudar futuros casos. Porém, os agentes percebem que precisam de alguém para analisar os dados e criar uma metodologia que possa ser aplicada em casos semelhantes. É assim que a Dra. Wendy Carr, interpretada por Anna Torv, se junta a dupla de agentes. Enquanto a personagem de Torv defende acima de tudo o rigor científico, Ford acredita que deve seguir sua intuição para guiar as entrevistas. Apesar do conflito, ambos percebem que para realizar o trabalho precisam equilibrar razão e intuição.

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Ao longo da série, vemos Ford e Tench entrevistando figuras como Elmer Wayne Henley (Robert Aramayo), David Berkowitz (Oliver Cooper) conhecido como o Filho de Sam, Edmund Kemper, Paul Bateson (Morgan Kelly) etc.

Um dos aspectos mais interessantes da série é que ela nos faz refletir sobre a natureza humana e o que leva o indivíduo a cometer crimes hediondos como os mencionados na história. Inclusive, uma das perguntas levantadas na série é se a pessoa nasce má ou se torna má, e se haveria possibilidade de evitar que outros crimes como esses ocorram.

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Sem dúvidas, “Mindhunter” é uma das melhores produções da Netflix. Além da caracterização perfeita, o enredo é impecável e prende sua atenção do início ao fim. As atuações do Jonathan Groff, Holt McCallany e Anna Torv é outro aspecto que merece destaque. Eles possuem uma química incrível, possibilitando que atuem em cenas mais leves e mais tensas sem dificuldades.

Recentemente, o cineasta David Fincher expôs que talvez não haja uma terceira temporada. Segundo o próprio, produzir esta série é muito exaustivo e dispendioso, e para piorar a produção não teria um grande número de visualizações. Apesar dos problemas apontados pelo diretor, em entrevista à Vulture, “Mindhunter” ainda não foi cancelada oficialmente, inclusive um porta-voz da Netflix acrescentou: “talvez em cinco anos”. Resta-nos aguardar.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

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Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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