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LesB Indica | Monster: Desejo Assassino – conheça a história de uma das mais conhecidas mulher serial killer

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A história de Aileen Wuornos contada no filme ficcional “Monster: Desejo Assassino” é tão chocante quanto os relatos reais. Aileen é provavelmente a mais conhecida mulher serial killer e foi condenada à morte nos EUA em 2002. O longa-metragem começa com a protagonista contando como ela viveu a vida sonhando. Sonhando para camuflar a realidade terrível em que vivia.

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Na história real, Aileen Wuornos sempre passou por situações terríveis: abandonada pelos pais, abusada sexualmente pelo avô e pessoas próximas, perdeu a única pessoa que ela tinha algum carinho (o seu irmão), passou anos se prostituindo, foi presa e solta, e por fim, cometeu os crimes que a deixaram famosa.

Na produção, Aileen (Charlize Theron), ou Lee, como ela se apresenta, conhece Selby Wall (Christina Ricci) em um bar LGBTQIA+. Ela reitera diversas vezes que não é lésbica e só havia parado no bar para beber, porém Selby também deixa claro que só queria uma companhia.

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A protagonista é tratada com carinho pela personagem de Ricci pela primeira vez em muito tempo, e as duas acabam criando uma espécie de amizade que rapidamente evolui para um relacionamento. Aileen quer dar tudo para Selby e sair da vida de prostituição. Porém o mundo “formal” não é tão acolhedor, e para se manter em sua relação, ela acaba voltando para a prostituição.

Logo de cara, ela sofre uma violência sexual de um cliente e o mata, em legítima defesa. Assustada, Aileen foge com o dinheiro e o carro do cara que ela havia acabado de matar e ao se encontrar com Selby, a convence para que as duas fujam.

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De início, a fuga é quase como um sonho e ela está feliz, porém logo as coisas vão ficando ruins por causa da falta de dinheiro. A protagonista, então, volta a fazer programas, porém agora ela leva a arma e decide escolher homens que segundo ela, possuem uma conduta indevida, porém fica claro o conceito deturpado conforme a necessidade do dinheiro aumenta. Então, uma série de assassinatos acontece em Daytona Beach.

Ela chegou a matar sete homens no período entre 1989 e 1990. Aileen Wuornos foi presa em 1991. No filme, mostra uma operação com policiais disfarçados para sua captura. A essa altura da história, ela e Selby estão distantes, porém, ela segue acreditando que iria se encontrar com a namorada a qualquer momento.

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“Monster: Desejo Assassino” foi a estreia da diretora Patty Jenkins, que viria a ser muito conhecida por ser a diretora de “Mulher-Maravilha” (2017). Para a interpretação de Aileen Wuornos, Charlize Theron engordou cerca de 13 kg, usou prótese dentaria, raspou as sobrancelhas e muita maquiagem, deixando-a praticamente irreconhecível, além de ter visto várias vezes um documentário sobre Aileen. O esforço para se tornar Wuornos foi recompensado depois que Theron recebeu o Oscar de melhor atriz por este papel, dentre outros prêmios. Além disso, o longa foi um sucesso de crítica.

Aileen foi condenada à morte por injeção letal na Flórida. Suas últimas palavras foram “Eu voltarei.”


Alerta de gatilho: violência gráfica, violência Sexual, assassinato.

*Selby Wall foi baseada na namorada real de Aileen, Tyria Moore, porém por conta de questões legais, não foi possível usar o mesmo nome no filme. Selby, assim como Tyria, ligaram para Aileen depois de sua prisão, e tiveram suas conversas gravadas para que ela confessasse os crimes. Tanto na realidade, quanto na ficção, Aileen a isenta de qualquer envolvimento nos crimes. Tyria, assim como Selby no filme, também foi testemunha de acusação no julgamento de Aileen.

França, 25 anos, fã incondicional de Grey’s Anatomy. Mora em SP mas ama viajar. Viciada em livros de fantasia e romances policiais, espera um dia poder ter tempo de colocar a suas leituras e séries em dia.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

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Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

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A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando