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Especial Halloween | 7 filmes de terror com mulheres LGBTQIA+

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O mês de outubro é especial para os fãs de filme de terror (como eu). Hoje é comemorado em todo mundo o Halloween, conhecido no Brasil como Dia das Bruxas, e não existe época melhor para sentar no sofá com um balde de pipoca e assistir os filmes mais aterrorizantes que existem.

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E claro que o LesB Out! não iria deixar essa data passar em branco. Para você curtir este dia sangrento, selecionamos alguns filmes indispensáveis do gênero terror com personagens LGBTQIA+. Entre cenas que já se tornaram clássicas e algumas gems perdidas, confira os longas-metragens, escolha seu preferido e aproveite esta data!

Garota Infernal (Jennifer’s Body)

Já é permitido chamar “Garota Infernal” de clássico cult, certo? Escrito pela maravilhosa Diablo Cody (logo depois de ganhar o merecido Oscar por “Juno”) e dirigido por Karyn Kusama, o filme acompanha duas melhores amigas que tem as vidas viradas de cabeça para baixo após uma delas ser possuída por uma força maligna durante um ritual.

Estrelado por Megan Fox e Amanda Seyfried, o longa se tornou obrigatório e mesmo que você não tenha assistido ainda, com certeza já viu gifs da cena do beijo entre as duas amigas pela internet. Quem conhece o texto da Diablo já sabe o que esperar, um sarcasmo com um humor afiadíssimo. Um dos trabalhos dela menos aclamados, mas que não perde em nenhum momento o brilho. E claro, tudo isso com muito sangue e mortes excelentes.

Todas as Cheerleaders Devem Morrer (All Cheerleaders Die)

Com uma pegada que lembra o filme anterior, esse longa-metragem poderia ser um primo perdido, com um orçamento menor e ainda mais gay. Dirigido pela dupla Chris Sivertson e Lucky McKee (que é responsável por “May – Obsessão Assassina”, outra dica ótima para este dia), a história acompanha um grupo de líderes de torcida após um acidente fatal que as leva para uma loucura sobrenatural.

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Com efeitos especiais toscos, cenas que chocam pelo absurdo, muito sangue e elementos interessantes de bruxaria, o filme é um grande entretenimento para quem quer apenas se divertir com uma história simples e carismática, sem grandes tramas mirabolantes. 

Jack & Diane

Dirigido e escrito por Bradley Rust Gray, o filme nos apresenta duas adolescentes que se conhecem nas ruas de Nova York e acabam se apaixonando, porém uma delas esconde um segredo que pode separá-las. Tentei deixar a sinopse o mais vago possível, pois quanto menos você souber, mais você conseguirá aproveitá-lo.

Ao mesmo tempo que aviso logo, “Jack & Diane” não é para todo mundo. O meu interesse inicial foi principalmente pelo elenco, Juno Temple e Riley Keough são duas atrizes maravilhosas e funcionam lindamente juntas neste longa. Dito isso, o desenvolvimento do casal e a parte envolvendo as duas é de longe o que sustenta a produção, na parte sobrenatural é que as coisas ficam meio confusas. Mesmo assim, ainda é uma ótima pedida.

The Perfection

Uma violinista prodígio reencontra seu antigo mentor e a nova pupila, e as duas mulheres entram em um sinistro caminho com grandes consequências. Este é outro caso que a melhor opção é assistir sabendo o mínimo possível. Mas garanto que vai valer a pena a surpresa.

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Dirigido por Richard Shepard e protagonizado pela dupla Allison Williams e Logan Browning, este é um filme que consegue trabalhar muito bem o suspense, te deixando na beira do sofá durante boa parte do tempo. Entre plots twists e um gore que realmente não esperava, a produção já chama atenção logo de cara. E a melhor parte? O filme é da Netflix, então é só ligar a televisão e curtir.

As Boas Maneiras

Pensa a felicidade em poder trazer um longa nacional para esta lista! Misturando terror, fantasia e folclore, a dupla Marco Dutra e Juliana Rojas nos introduz em uma ambientação diferente de São Paulo, onde conhecemos uma enfermeira que é contratada para ser babá de uma criança que ainda não nasceu. As duas criam um forte laço, enquanto estranhos acontecimentos surgem conforme a gravidez vai avançando.

Protagonizado pela sempre maravilhosa Marjorie Estiano e por Isabél Zuaa, “As Boas Maneiras” é uma excelente surpresa. O cinema brasileiro ainda tem muito problema em aceitar filmes de gênero, principalmente terror, então é sempre bom ver produções que conseguem ultrapassar essas barreiras, ganhar visibilidade e nos proporcionar momentos ótimos.

Thelma

Thelma é uma jovem tímida, criada por pais religiosos e severos, e que finalmente começa a explorar a vida e sua sexualidade ao entrar na faculdade, em Oslo. Porém, ela começa a perceber que fenômenos estranhos sobrenaturais começam a acontecer a sua volta.

LesB Indica | O Perfume da Memória – longa-metragem simples e leve com toque de realidade

O longa norueguês dirigido por Joachim Trier é provavelmente o que tem um ritmo mais lento entre os citados nesta lista, mas que consegue nos envolver e trazer milhões de sentimentos ao mesmo tempo enquanto desenvolve, e nos faz imergir no psicológico da personagem principal interpretada maravilhosamente pela Eili Harboe. Uma produção forte e belíssima que merece ser vista. “Thelma” foi o escolhido para ser o representante da Noruega no Oscar de 2018, mas infelizmente não chegou a ser indicado. 

Jovens Bruxas – Nova Irmandade (The Craft: Legacy)

Não poderia faltar um clássico de bruxas no dia das bruxas, não é mesmo?! E, felizmente, elas estão de volta. Aqui no caso não é o clássico, mas sim a sequência do querido “Jovens Bruxas”. Trazer de volta uma história tão clássica e querida, seja sequência, remake ou revival, nunca é uma tarefa fácil e sempre podem ser problemáticos. Mas o filme criado pela Zoe Lister-Jones definitivamente não é um desses casos.

O longa-metragem acompanha quatro amigas adolescentes enquanto exploram seus poderes e precisam lidar com as consequências de suas ações. Apesar da base parecida com o filme original, Nova Irmandade” traz uma roupagem moderna. Com temas atuais e necessários, como a inclusão de uma personagem trans no elenco principal, o longa consegue, ao mesmo tempo, manter a essência do original, respeitando o que foi criado por Andrew Fleming. Pode não ser tão memorável como o filme de 1998, mas com certeza merece uma chance e é um excelente entretenimento para esse dia 31.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando