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Review | Warrior Nun – Primeira Temporada

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“Warrior Nun” é uma série original da Netflix com dez episódios de, em média, 40 minutos cada, baseada no mangá “Warrior Nun Areala”, de Bem Dunn, e estreou em 2020. A produção traz a história de Ava Silva (Alba Baptista), uma menina comum que cresceu em um orfanato um pouco duvidoso e que vê sua vida mudar de repente quando quase morre.

Em sua primeira temporada, a história trata de Ava, que cresceu sem os pais depois de um grave acidente de carro. Criada em um orfanato religioso onde as irmãs não eram muito bem o que se espera, Ava sofreu até o momento em que foi dada como morta, ou melhor dizendo, assassinada. Sua alma e seu corpo poderiam finalmente descansar se não fosse um halo, um objeto que fornece grandes poderes a quem o carrega, misterioso enfiado nas suas costas contra sua vontade.

LesB Indica | Unpregnant – drama, comédia e reflexões em um só filme

Após uma tentativa fracassada de fugir do destino que o halo tem para ela, Ava é forçada a se juntar a um grupo de freiras guerreias, a Ordem da Espada Cruciforme. Ao longo da trama, a personagem precisa não só conhecer o instrumento que ela passou a carregar dentro de si, como também necessita, rapidamente, aprender a lidar com ele, já que, de certa forma, o objeto intruso desperta a atenção de seres divinos, alguns nem tão divinos assim e supreendentemente, gera interesse da ciência.

A série engata em um dos conflitos mais conhecidos da história: ciência versus divino. Se de um lado temos Ava, portadora do halo, que traz para o mundo homens, seres desconhecidos, histórias sobre anjos e demônios, além de claro, freiras treinadas como ninjas, que além de serem fortes e especialistas em várias lutas, matam sem dó quando é preciso. De outro temos Jillian Salvius (Thekla Reuten) que sofre para salvar seu filho doente da morte. Sendo assim, ela tenta de todas as formas conectar o mundo científico e o mundo espiritual.

Resenha | Descobertas: a culpa é sempre das outras – narrativa lenta e monótona

“Warrior Nun” traz boas cenas de lutas, demonstrando as técnicas e treinamentos das freiras, além de mostrar a constante relevância que os estudos têm, especialmente para Beatrice (Kristina Tonteri-Young), uma das únicas relações verdadeiramente afetivas que Ava construiu ao longo da temporada. Sem esquecer do seu namorado temporário JC (Emilio Sakraya) que, infelizmente, não aguentou a pressão de ter ao seu lado uma pessoa tão poderosa.

A irmã Beatrice se destaca na produção não só por ser alguém que se aproxima de Ava sem medo, mas por ter se aberto e se assumido lésbica. Em uma conversa com a protagonista, a irmã reconta a história de uma guerreira que foi morta pela sua sexualidade. Beatrice explica que os pais a enviaram para o convento como forma de punição por ela amar quem eles julgam errado. No entanto, junto as freiras ela foi melhor recebida do que qualquer um poderia imaginar.

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A primeira temporada de “Warrior Nun” é finalizada logo depois que Beatrice se assume e se aproxima mais de Ava, orientando e guiando a portadora do halo em um jornada de descoberta de mundo, subvertendo toda e qualquer ideia construída sobre seres bons e ruins, seja na bíblia ou em qualquer outro meio de reprodução de dogmas. Isso traz uma discussão sobre cada pessoa ou ser, independente de sua origem, carregar dentro de si coisas boas e ruins e o caminho que se segue é uma escolha pessoal.

Monica Teixeira é pedagoga e muito apaixonada pelo universo literário. Amante de séries de médico, viciada em tudo que envolve super-heróis e não perde um episódio de Legends Of Tomorrow. Ela vive na Cidade Maravilhosa, Rio de Janeiro.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

LesB Indica | Badhaai Do – uma salada de casamento de fachada, confusão familiar e amor

No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando

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