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Resenha | Malibu Renasce – um bom livro com potencial para mais

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Ficha Técnica
Livro: Malibu Renasce
Autora: Taylor Jenkins Reid
Tradução: Alexandre Boide
Editora:
Paralela
Número de Páginas: 368
Ano de Lançamento: 2021


O romance “Malibu Renasce” é o último lançamento da autora Taylor Jenkins Reid, publicado pela Editora Paralela.

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A história acompanha a vida de Mick Riva e seus quatro filhos. Por causa do pai famoso, os filhos são conhecidos e admirados por toda Malibu, assim como, todo ano os irmãos se unem e dão uma festa épica para comemorar o fim do verão, que cada ano atinge proporções inimagináveis.

“Malibu Renasce” possui duas linhas temporais. O primeiro é no futuro, com os irmãos Nina, Hud, Jay e Kit já adultos e se preparando para a grande festa que estão planejando. O segundo é no passado, em que acompanhamos a vida de Mick antes da fama, quando ele conhece sua esposa June e o momento em que cada um de seus filhos nascem.

“Quem está sozinha no mundo não tem como escolher as tarefas que quer fazer, não pode se considerar incapaz para determinada coisa. E não existe espaço para aversão ou fraqueza. É preciso fazer de tudo. Toda a feiura e a tristeza, todas as coisas que a maioria das pessoas não suporta nem pensar – é preciso encarar tudo isso. É preciso ser capaz de tudo.”

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No futuro, a festa de 1983 promete ser ainda maior que os últimos anos, o que atrai inúmeras celebridades, artistas e desconhecidos. Os irmãos Riva estão ansiosos para esse momento, cada um por motivos pessoais. Entretanto, o que eles não esperavam é um convidado especial e que algumas horas poderiam mudar completamente suas vidas. Já no passado, é interessante acompanhar a evolução do famoso Mick e o que aconteceu na sua vida para que ele, que antes era tão amoroso e sonhador, abandonasse seus filhos e sua esposa, e nunca mais olhasse para trás.

Assim como “Os sete maridos de Evelyn Hugo”, a curiosidade que o livro “Malibu Renasce” proporciona ao leitor é sua força motriz e a todo momento você se encontra envolvida pelos dramas dos irmãos, cada um em sua singularidade e o quanto cada um dos personagens se encontram quebrados de alguma forma.

Mesmo que seja óbvio que o objetivo de Taylor Jenkins Reid, nesta obra, é construir uma narrativa mais lenta para chegar no grand finale, a narrativa se prolonga demais em detalhes. Estes e ações minuciosamente calculadas encaminham o leitor ao que irá acontecer no fim, contudo, o ápice da trama só se efetiva nas últimas páginas e isso não é o suficiente para tornar o livro incrível. A emoção que “Malibu Renasce” carrega é importante, porém, parece que a essência dos irmãos Riva só se encontra no final.

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“Talvez as vidas dos nossos pais fiquem gravadas dentro de nós, talvez nosso destino seja determinado pela tentação de reviver os erros deles. Talvez seja inútil tentar, é impossível fugir do sangue que corre nas nossas veias.”

A autora, com toda certeza, conseguiu escrever uma história fechada, que mostra as fragilidades de uma família despedaçada, que erra e acerta, mas não deixa de ser imperfeita. O livro é provocativo e demonstra o poder que uma família tem sobre as emoções de cada um de nós, seja para o bem ou para o mal. É real, extremamente triste, mas que tinha potencial para ser brilhante.


Obs.: livro cedido pelo Grupo Companhia das Letras para resenha.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando