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Primeiras Impressões | Who We Are – websérie brasileira com gostinho de quero mais

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Será que os opostos realmente se atraem? Isso que iremos descobrir com Who We Are”, a primeira websérie LGBTQIA+ produzida pela CineTribe. Os dois primeiros episódios da produção brasileira já foram disponibilizados e trazem a história de Ana (Nina Knob) e Mia (Anna Paula Alonso), duas mulheres com características diferentes que acabam se conhecendo por uma eventualidade da vida. 

A narrativa inicia apresentando para o público Mia, que está em busca de uma oportunidade como roteirista. O seu trabalho não foi aceito inicialmente por ser “desconfortável” para o público conservador do canal, segundo um dos funcionários da empresa. Ela é convidada por sua amiga Carla (Lorena Sier) para ir a um bar LGBTQIA+ beber e curtir um pouco. Do outro lado temos Ana, graduanda, que se sente perdida em relação a sua sexualidade até o momento, acredita que não consegue desenvolver interesse por ninguém e, para tentar agradar o pai, paga um amigo para se apresentar como namorado. Por coincidência, também é chamada para ir ao mesmo bar com a Julia (Isabella Ahrends), sua amiga da faculdade, para tentar desviar a atenção da pressão do pai. Quando Mia bate o olho em Ana, o interesse é imediato, e vai até ela cumprimentá-la. 

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No dia seguinte, acompanhamos Ana em sua casa, de ressaca e sendo acordada pelo seu pai para o almoço. O que aconteceu na última noite fica no ar, mas aos poucos vão sendo revelados por alguns pequenos flashs. Descobrimos que ela chegou muito confusa, deixando seus pertences pela casa, levando consigo um bilhete com número de Mia anotado. Do outro lado, a roteirista está completamente encantada com a nova crush, para ela, aquela conexão foi diferente. Mas sua amiga Carla, como uma companheira que tenta jogar aquela pitada de realidade na situação, lembra que elas apenas conversaram por cinco minutos no bar e que Mia tem um histórico de quebrar a cara em relacionamentos, mas nada tira da cabeça dela que aquele encontro foi especial. 

No almoço daquele dia, Ana foi avisada que sua prima, uma que ela não tinha muito contato, passaria uns dias em sua casa, para recebê-la iriam até um restaurante. Até o Igor (Eduardo Ramella), seu namorado fake, estava convidado, e para impressionar e tornar aquele relacionamento mais verdadeiro, eles combinaram de se beijar enquanto o pai de Ana estivesse olhando. O grande problema desse plano é que Mia, que estava super feliz de ter encontrado uma pessoa legal finalmente, estava muito perto do restaurante que eles estavam e acabou vendo toda a cena, Ana viu sua reação na hora. Aí quando você imagina que não existe mais nada para piorar a situação, lá vem outra coisa: Ana resolveu ligar para Mia, já que passou o dia pensando na noite anterior do bar, a roteirista que ficou relutante em atender foi encorajada por Carla. Mas no momento da ligação a prima de sua crush surge no fundo gritando: “Meu amor, que saudade que eu estava de você! (barulho de beijos)”, além de outras frases que, para quem estava do outro lado da linha, poderia ser meio confuso. 

O segundo episódio termina com algumas perguntas no ar: será que Mia continuará a fim de Ana depois dessas duas situações? O que vai acontecer com a relação das duas? As questões com o pai de Ana serão resolvidas? Se o intuito da série é deixar o público curioso e querendo mais episódios para as perguntas serem respondidas, eles conseguiram. Who We Are” tem um roteiro interessante, com algumas elipses na história que deixa super agradável de acompanhar e gera muito interesse para os próximos desdobramentos. A websérie retrata a realidade de muitos com a questão da pressão e as expectativas dos pais em cima dos filhos, é importante ver esse tema sendo apresentado e ainda mais como ele será desenvolvido. A dupla Mia e Carla foi uma aposta muito boa, as duas combinam em cena e promete muitos momentos engraçados ao longo dos episódios. Além da produção ter uma fotografia impecável e locações bem bonitas.

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Who We Are” está  disponível no YouTube da CineTribe. 

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando