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Review | Legacies – Terceira Temporada

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Se você, assim como eu, assistiu “The Vampire Diaries” e “The Originals”, a esse ponto já deve conhecer “Legacies”. A terceira temporada, disponível no streaming da HBO Max, foi uma verdadeira decepção. O roteiro arrastado e repetitivo transformou este ano da série em totalmente sem sentido e mais do mesmo, considerando os antecessores.

Review | Legacies – Segunda Temporada

A finalização da segunda temporada

A tríbida Hope Mikaelson (Danielle Rose Russell), que na temporada passada havia terminado desacordada, retorna já no primeiro episódio com a desculpa de que não tinha voltado antes porque sentia que seu namorado Landon (Aria Shahghasemi) estava morto. Do outro lado temos as irmãs Saltzman: Josie (Kaylee Bryant) desistiu de fazer magia depois dos eventos traumáticos da temporada passada, quando a mesma virou Dark Josie e quase matou sua irmã na fusão, e assim decide passar um tempo com a mãe. Enquanto isso, Lizzie (Jenny Boyd) tenta inúmeras vezes ajudar sua irmã a seguir em frente.

Além disso, “Legacies” se despede de um personagem regular da série. Rafael (Peyton ‘Alex’ Smith), que havia sido ressuscitado pelo Necromance (Ben Geurens), assim como Alyssa (Olivia Liang) e Landon, começa a sofrer as consequências. Desta forma, ele deixa seus amigos e irmão para viver em um mundo prisão com sua família. Essa situação com o vilão revela que Landon não é mais uma fênix, tornando-o em humano, o que mais uma vez fez o complexo de mártir de Hope ascender. Alyssa, entretanto, se alia ao Necromance com o objetivo de se vingar dos seus colegas.

Alyssa, em seu momento de revolta, aliada ao Necromance, ressuscita Malivore e monstros bizarros retornam à cidade de Mystic Falls. No entanto, as irmãs Saltzman e uma Alyssa arrependida, utilizam, novamente, do recurso do mundo-prisão para se livrar do Malivore (dimensão infernal) e de quebra, do Necromance.

Hope e Landon, presos no mundo-prisão graças ao humano inútil, acreditam, na burrice adolescente, que é o melhor momento para ter a primeira relação sexual de ambos, o que eles não esperavam é que o garoto virasse lama e desaparecesse tendo contato com o sangue da tríbida. Para quem não se lembra, o sangue da personagem de Russell é tóxico para os descendentes de Malivore. Paralelo a isso, Josie decide guardar seus poderes, viver como humana por um tempo e se mudar para Escola de Mystic Falls; já Lizzie finalmente decide apostar seus sentimentos por MG (Quincy Fouse), o que obviamente não acontece e a gêmea quebra a cara mais uma vez. Por fim, essas “resoluções” acontecem no quarto episódio, o que deveria ter encerrado a segunda temporada.

Se essa terceira temporada pudesse ser esquecida…

A terceira temporada oficialmente se inicia a partir do quinto capítulo e já é possível perceber algumas mudanças. A Escola Salvatore está fechada por falta de alunos suficientes e sua má fama, Josie está tentando ser uma humana normal na nova escola, Lizzie está tentando ajudar todo mundo e salvar a instituição e Hope está de luto por causa de Landon.

Novos alunos, convencidos a muito custo, são matriculados na Escola Salvatore. Dentre eles, destaca-se Cleo (Omono Okojie), uma bruxa que rapidamente se torna amiga de Hope e tenta ajudá-la a superar a morte de Landon. Enquanto isso, Josie ganha um novo interesse amoroso na Escola Mystic Falls: Finch (Courtney Bandeko), uma garota no qual é revelado mais tarde que é uma lobisomen. Além disso, MG resolve passar um tempo na mesma instituição que Josie, o que o aproxima de Ethan (Leo Howard) e juntos entregam umas das melhores cenas do terceiro ano da produção.

Resenha | Agora que ele se foi – uma história sobre mentira, ausência, saudade e luto

Com inúmeras tentativas de Hope em trazer de volta seu namorado morto, a narrativa da temporada se torna arrastada, repetitiva e difícil de acompanhar. Quando Landon retorna dos mortos, o adolescente está se comportando diferente, o que na verdade, se revela uma invenção de Cleo para manipular Hope.

Apesar da personagem de Okojie dá uma guinada na trama de “Legacies”, a necessidade dos roteiristas em trazer Landon novamente para história se torna cansativa. Afinal, a primeira vez que trazem o garoto, ele é uma invenção. Não o bastante, trazem o personagem novamente bem mais macabro, maduro e menos inocente, com a desculpa de que foi solto, em umas das tentativas desesperadas de Hope, em trazê-lo de volta para no final da temporada ser revelado, mais uma vez, que o Landon 2.0 não era quem diria ser e mais uma vez não sabemos o seu verdadeiro paradeiro. Tudo seria bem mais fácil se ele estivesse morto e Hope só tivesse que lidar com o luto.

Em relação a Cleo, a vilã desmascarada é, na verdade, uma musa inspiradora que, durante anos, foi usada por Malivore para construir criaturas horrorosas. Esse background da personagem foi um ponto interessante para a história, entretanto, durou pouco tempo. Espera-se que ela (Cleo) seja mais desenvolvida no próximo ano e tenha mais tempo de tela, principalmente como amiga da Hope, já que a dinâmica das duas funcionou muito bem. Por fim, no final da temporada, ela também foi apagada da memória de todos por Malivore (que estava disfarçado de Landon 2.0, que conseguiu sair do mundo-prisão – vamos combinar que se ele fosse realmente Landon não teria se tornado tão mais “forte” do nada).

Como dito acima, um ponto positivo foi a relação desenvolvida entre Ethan e MG, que também durou pouco tempo. MG, que havia se revelado vampiro para Ethan e passado alguns episódios “salvando” a cidade, voltou a si e apagou a memória do amigo. No que diz respeito as irmãs Saltzman, Lizzie teve sua história irrelevante neste terceiro ano, o máximo que aconteceu foi a garota ter crescido em personalidade e gosto melhor para garotos, porque de resto… NADA ACONTECEU. (Pelo menos deixaram uma porta aberta para a quarta temporada e um futuro romance entre ela e Ethan).

Josie, que foi tão bem explorada na segunda, foi desperdiçada nesta terceira. Na maior parte do tempo, a garota estava divagando e sofrendo por causa dos problemas causados pela Dark Josie, o que é até compreensível, porém tem limite e o período em que ela ficou nessa ultrapassou a paciência de qualquer espectador. Além disso, ela ganhou, novamente, um interesse amoroso (afinal, das protagonistas, os roteiristas só lembram dela no que diz respeito a romance, né?) e dessa vez, parece que vai sair do lugar. A personagem de Finch aparenta ter potencial para crescer na série e tudo indica que a trama dos lobos finalmente vai começar a ter mais relevância.

Para finalizar, o terceiro ano de “Legacies” poderia facilmente ser esquecida e cancelada da face da terra. Não houve evolução, não houve roteiro e nem romance novo que valesse a pena assistir. Foi uma verdadeira perda de tempo e mais uma vez, as protagonistas que deveriam ser o centro da narrativa foram deixadas de lado para a história do homem prevalecer ou tiveram enredos totalmente descartáveis e sem sentido.

PS.: Finalmente Hope caiu em si e entendeu que para derrotar Malivore de uma vez por todas precisa ativar seu lado vampiro, ou seja, vem aí Hope tríbida full pistola.

Fala Potcha – websérie brasileira que encanta com sua autenticidade

PS2.: Essa review considera apenas os 16 episódios da terceira temporada. Os capítulos adicionados depois na plataforma da HBO Max vão ser considerados na review referente ao quarto ano da série.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

LesB Indica | Badhaai Do – uma salada de casamento de fachada, confusão familiar e amor

No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando