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Review | Legacies – Segunda Temporada

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“Legacies”, spin-off de “The Vampire Diaries” e “The Originals”, entregou em sua primeira temporada, uma história menos sombria e mais teen, se comparada as suas antecessoras.

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A tríbida Hope Mikaelson (Danielle Rose Russell), as bruxas sinfonadoras Josie Saltzman (Kaylee Bryant) e Lizzie Saltzman (Jenny Boyd), e alguns integrantes da Escola Salvatore buscavam deter Malivore, uma dimensão infernal que consome criaturas e apaga a existência delas. A cada episódio, a série apresentava uma nova criatura mitológica que ameaçava os alunos. Desta forma, Hope com o objetivo de proteger seu namorado (e também filho de Malivore), Landon Kirby (Aria Shahghasemi), e com seu complexo de mártir se joga no poço infernal no último capítulo da temporada, se sacrificando para salvar a todos.

(Contêm Spoilers)

O apagamento da existência de Hope Mikaelson

O início da segunda temporada de “Legacies” já apresenta mudanças devido ao esquecimento de Hope, sendo que a mesma está presa em Malivore com Ryan Clarke (Nick Fink), irmão de Landon. Os outros personagens da série estão agindo de formas alteradas: Landon sente que parte da sua vida está faltando e começa a sacrificar sua vida no lago (porém renasce todas as vezes, já que é uma fênix); Rafael (Peyton ‘Alex’ Smith) está preso em sua forma de lobisomen; Josie está obcecada pela Fusão e pelo Ascendente; Lizzie está de férias com a mãe, ao mesmo tempo que faz terapia e por último, Alaric (Matthew Davis) está perdido sem ser diretor da escola e quer a qualquer custo descobrir quem foi esquecido em Malivore.

Mesmo que os personagens estejam perdidos, a tríbida já retorna no primeiro episódio da temporada e ao se deparar com Josie e Landon se beijando, ela decide que todos estão melhor sem ela (típico de adolescente dramático) e acha que seria muito complicado explicar para todos quem é, considerando que ninguém lembra quem ela é. Assim, Hope se matricula na Escola de Mystic Falls, onde conhece os irmãos Ethan (Leo Howard) e Maya (Bianca A. Santos), e Alaric agora trabalha como diretor.

Com o retorno de Hope, Malivore surge novamente e recomeça a enviar monstros para a escola, e ela constantemente tenta lutar sozinha contra eles. Em um desses episódios, Lizzie é possuída por um monstro e a grande carga de magia sombria em seu corpo torna possível que ela lembre a verdadeira identidade da tríbida.

Enquanto Hope está auxiliando Alaric a matar monstros, Josie está na Escola Salvatore se apaixonando por Landon e cada vez mais obcecada por informações referentes a Fusão dela e da sua irmã, e o segredo em volta do Ascendente.

Com o afastamento de Alaric na temporada passada, Caroline (Candice King) consegue um novo diretor para assumir a responsabilidade da escola. Rupert Vardemus (Alexis Denisof) tem um modelo de educação diferenciado e acredita que as crianças devem aprender a se defender, ou seja, ele apresenta aos estudantes formas perigosas de lidar com a magia e a sua aluna estrela é Josie.

Vardemus, na verdade, é Ryan Clarke disfarçado, e seu objetivo principal é se vingar de Hope por tê-lo abandonado em Malivore. Com seus ensinamentos, Josie tem um grande contato com magia sombria, sendo uma das responsáveis por salvar sua irmã gêmea da possessão e claro, fazer com que todos se lembrem da verdadeira identidade de Hope no sexto episódio.

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As memórias de volta complicam a relação de Hope e Josie pelo fato de estarem apaixonadas pela mesma pessoa. Com a ajuda de Lizzie, e Landon decidindo ir embora, as duas tentam “consertar” a amizade e Hope retorna para seu quarto na Escola Salvadore, onde encontra uma colega, Alyssa (Olivia Liang), e ambas terão que dividir o local, tornando as coisas difíceis.

Depois da tentativa de ataque a Hope, Clarke vai embora. Landon retorna sozinho da viagem que fez com Rafael (ele, que estava preso na forma de lobisomen, é libertado e vai atrás da sua família) e decide ficar com a tríbida.

A Fusão, Dark Josie e a volta de um vilão perfeito

A ausência de Hope trouxe mudanças violentas para a narrativa de “Legacies” e um dos pontos altos da temporada é a transformação de Josie na “rainha má coberta de magia sombria” e Lizzie, uma personagem bem mais madura e não só resumida a garotos, apesar dela ter um novo interesse amoroso na temporada.

Quem assistiu “The Vampires Diaries” conhece o Ascendente que Kai Parker (Chris Wood) está preso, o que ninguém sabia era que Alaric utilizava o mesmo mundo-prisão que o personagem de Wood está para ensinar uma lição para os estudantes que apresentavam comportamentos inadequados. Então, Alyssa, em seu momento de fúria e vingança, manda Josie, Lizzie e Alaric para o local que o tio psicopata delas está.

Kai é aquele tipo de vilão que, ao mesmo tempo em que você odeia, você ama. Enquanto a família Saltzman está tentando sobreviver no mundo-prisão, dividindo o espaço também com ex-alunos que odeiam Alaric, Hope está no mundo real tentando salvar a todos. Josie, que também apresenta características de “salvadora”, descobre pelo seu tio que, para conseguir se libertar, precisa quebrar a ampulheta e se abastecer de magia sombria, o que prontamente ela faz.

Josie, absorta pela magia sombria, se transforma em uma maníaca atrás de poder. Isso faz com que a narrativa se volte para a adolescente querer adiantar a Fusão entre ela e a irmã Lizzie, que se desespera, pois tem consciência de que vai perder a luta. Dessa forma, Hope e seu esquadrão tentam salvar as gêmeas. Entretanto, o que ninguém esperava é que, mais uma vez, ao tentar ajudar toda a escola, Hope acaba presa na mente da personagem de Bryant, novamente finalizando a temporada desacordada.

“Legacies” e a incapacidade de acertar nas histórias das protagonistas

Mesmo que “Legacies” apresente uma história cheia de aventura, fantasia e poder das mulheres, na segunda temporada, assim como seu primeiro ano, a série se resumiu a um plot repetitivo de Hope como salvadora de todos os estudantes e principalmente, do seu namorado Landon. Todos que acompanham a narrativa da série, sabe e acredita que a personagem tem capacidade para ser bem mais explorada, principalmente no que diz respeito aos seus poderes, já que a mesma é a única tríbida do universo e filha de um dos originais.

Outro ponto a ser destacado é que a produção demonstra uma história cansativa quando se trata de Josie e seus relacionamentos amorosos já que ela não consegue ter um relacionamento “feliz e saudável” com alguém. Colocar ela como par romântico de Landon, mesmo que rapidamente, foi uma péssima escolha de roteiro (ainda que ele não se recordasse da existência de Hope) e depois a colocar como interesse amoroso de Jade (Giorgia Whigham), uma das alunas, de Alaric, com comportamento inadequado, que estava presa no mundo-prisão, e não levar o relacionamento para frente (mais uma vez) é extremamente desgastante.

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A questão principal de “Legacies” é: não adianta você se afirmar como uma produção representativa LGBTQIA+ quando só uma das suas protagonistas parece que pertence a sigla e ainda assim, nunca é explorado de forma adequada. Além disso, Hope e Josie é um jogo que está sendo deixado de lado como um possível relacionamento que pode se firmar lá na frente, mas nunca recebemos tempos de tela substanciais, apenas são falas genéricas jogadas aqui e acolá.

A segunda temporada, mesmo que tenha errado em muitos aspectos, trouxe uma Lizzie mais madura, mais divertida e leve, com potencial gigantesco para brilhar ainda mais, claro que longe de qualquer personagem masculino ofuscando seu brilho. Além dela, é importante ressaltar que, a apresentação da personagem de Bryant como Dark Josie foi um dos pontos altos dessa segunda parte. Sem dúvidas, Josie merece mais histórias que explorem esse lado malvado dela.

Por fim, em relação a Hope, a impressão que dá é que a personagem não evolui e esperamos que ela, filha de Klaus (Joseph Morgan) e Hayley (Phoebe Tonkin), consiga ainda mais espaço em uma série que já é protagonista, porque ela só está perdendo histórias interessantes quando a percebemos sempre presa a um relacionamento adolescente e sabemos que ela poderia, em um piscar de olhos, destruir Malivore e tantos outros vilões que aparecem ao longo da narrativa de “Legacies”.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando