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Resenha | Antes que você diga sim – um clichê para aquecer o coração

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Ficha Técnica
Livro: Antes que você diga sim
Autora: Clare Lidon
Editora: Bookmarks
Número de páginas: 283
Ano de Lançamento: 2020


Logo que li a sinopse de “Antes que você diga sim”, não consegui não conectá-lo a Imagine Eu & Você. Isso devido ao fato de que, no livro de Clare Lindon, Abby Porter está preste a se casar com um homem que ela considera perfeito, mas seu mundo vira de cabeça para baixo quando conhece Jordan Cohen, sua dama de honra profissional, que foi contratada para ajudar Abby a resolver tudo em relação ao casamento.

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É inevitável não relacionar as duas histórias, mas neste livro, diferente do filme, tudo se passa antes do casamento. Quando Abby está completamente sobrecarregada com todos os preparativos, e sua madrinha e melhor amiga não a está ajudando em nada, pois acaba de levar um fora de sua namorada, seu noivo Marcos então propõe a contratação de Jordan para ajudar com os preparativos para a cerimônia, para que assim Abby possa relaxar um pouco. 

É muito interessante acompanhar como a relação entre Abby e Jordan vai se desenrolando ao longo de “Antes que você diga sim”, desde o início é possível perceber que Abby não está casando com Marcos porque está completamente apaixonada por ele, ou qualquer coisa do tipo, na verdade se trata mais de algo que ela precisa fazer. Abby já tem 36 anos, ela quer ter filhos e um família, e Marcos parece ser o par ideal, um homem com quem ela se sente confortável e segura, de boa família e quem poderá lhe proporcionar segurança financeira.

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Então, desde o início de “Antes que você diga sim“, parece que Abby trata o casamento mais como um negócio que ela precisa fazer, mas, após conhecer Jordan, as coisas vão ficando cada vez mais confusas para a noiva, elas passam bastante tempo juntas para se conhecer, o que é necessário para que possam criar uma história falsa que justifique uma completa estranha como sua madrinha de casamento. Mas esses encontros e essas conversas mostram o quanto Abby não tem certeza em relação ao seu casamento, e quanto mais se conhecem e mais próximas se tornam, mais a presença de Jordan na vida da noiva traz à tona suas insatisfações em sua relação com o noivo. 

Preciso dizer que Jordan é incrível, impossível não se apaixonar pela personagem, parece uma daquelas mulheres que tem tudo sob controle, capaz de resolver todos os seus problemas em algumas horas, também é charmosa e gentil. O que torna muito compreensível que Abby assim que pôs os olhos na mulher não queria saber de outras coisa, mas brincadeiras à parte, por mais que seja evidente qual o problema da trama, ao longo de “Antes que você diga sim” senti que a autora não nos conduziria para um grande clímax.

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Isso porque a narrativa vai deixando evidente o interesse das partes, e por mais que as personagens tentem se segurar e não se envolver, cada novo capítulo mostrava o quanto a noiva estava cada vez menos interessada em prosseguir com seu casamento, e mais apaixonada por sua madrinha contratada. Portanto, não havia uma grande dúvida sobre com quem ela ficaria no fim, e quando o momento finalmente chegou, não havia um grande clímax formado, não havia espaço para uma grande revelação de quem era o par escolhido. 

Ainda assim, “Antes que você diga sim” é um clichê que precisa ser lido, é envolvente e encantador, com um ritmo rápido que nos faz querer devorar a história em uma lida só, e com um final que nos deixa com  sensação de aconchego.


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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando

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