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Pro Mundo (Out!) | Kat Edison – uma trajetória definida pela palavra descobertas

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“The Bold Type” terminou recentemente e trouxe para a tela toda a imagem da amizade feminina ao acompanhar Kat Edison (Aisha Dee), Sutton Brady (Meghann Fahy) e Jane Stevens (Katie Stevens) através das suas trajetórias profissionais e pessoais.

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A trajetória de Kat Edison, em específico, dentro da série, pode ser colocada sob uma palavra: descobertas. Descoberta do próprio empoderamento profissional, da própria identidade racial e da própria sexualidade. Todas essas descobertas tornaram  a personagem inspiradora.

Kat é a diretora de mídias sociais da Scarlet e já é uma posição de liderança. Logo no começo da série conhecemos Adena El Amin (Nikohl Boosheri), a fotógrafa muçulmana, cheia de atitudes e questionamentos que faz Kat repensar alguns dos seus próprios. Além disso, estar com Adena fez Kat perceber o seu interesse por mulheres. Mais especificamente, Adena.

O relacionamento que se inicia entre as duas é interessante, pois Adena é a primeira mulher com quem se relaciona e mesmo assim não é um relacionamento controlador. O apoio das amigas nessa primeira descoberta foi algo relevante para Kat. Enquanto isso, o avanço na parte profissional se torna iminente com a criação de um Departamento para Mídias Sociais. Isso faz com que Kat seja promovida a chefe do departamento e com responsabilidade, precise contratar pessoas. Ela procura alguém que seja diferente e ao encontrar Angie (Shyrley Rodriguez) que parecia ideal, enfrenta o conselho da Safford para contratar a garota.

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Na segunda temporada, vemos o segundo grande questionamento de Kat que é sobre a sua identidade racial. Logo no começo da temporada, Kat é incentivada a colocar em sua bio que ela é a primeira negra chefe de departamento. No começo, ela não percebe a importância da representatividade que isso traz. Kat sempre achou que ela tinha alcançado tudo o que tinha alcançado sem precisar do “rótulo” da cor. Até isso ser apontado como um modelo para outras meninas e mulheres negras. Ela se inspira e coloca isso na bio, orgulhando a si e aos outros.

Relacionamentos

Além da relação de amizade muito forte entre Jane e Sutton, Kat tem sua vida também muito pautada em suas relações amorosas. De longe, o relacionamento mais relevante que teve na série foi com a Adena. Desde o princípio da relação, as duas pareciam ser o casal perfeito mesmo com alguns problemas como o visto de Adena e a confusão de Kat por estar se relacionando com uma mulher. As duas sempre foram muito ligadas ficando muito intenso rapidamente, tanto que Kat chegou a ir atrás da fotógrafa em outro país, para que ficassem juntas. Durante um bom tempo, o namoro delas era ótimo, contudo, a “inexperiência” de Kat e a vontade de Adena para explorar novos trabalhos em outros lugares foi minando a relação.

Depois de Adena, Kat chegou a passar por uma fase de “fossa” e um rápido envolvimento com Tia (Alexis Floyd), uma gerente de campanha que a inspirou a concorrer como vereadora, mas quando Adena reapareceu as coisas ficaram complicadas. O relacionamento ioiô entre as duas foi algo que permeou a série inteira e quando não envolvia o âmbito amoroso, tinha algo relacionado ao trabalho.

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Kat também chegou a se envolver com Ava (Alex Paxton-Beesley), uma advogada conservadora com pensamentos e ideais  bem diferentes daqueles da mesma. O relacionamento das duas também não deu muito certo (Ava era filha do responsável pela saída de Kat da Scarlet) e novamente, Adena reapareceu.

Kat, mesmo se envolvendo com mulheres, nunca havia definido a sua sexualidade até a quarta temporada onde se coloca como bissexual, também uma declaração a mais uma minoria que ela representa. A série foi finalizada com Kat voltando para Scarlet e ajudando a companhia a entrar no mercado digital de vez, além de finalmente parecer ter se acertado com Adena, para alegria dos fãs do ship Kadena.

Desde o começo, Kat Edison sempre se mostrou uma mulher que sempre defendeu o que acredita, mesmo nem tudo sendo flores em sua carreira ou na vida amorosa.

França, 25 anos, fã incondicional de Grey’s Anatomy. Mora em SP mas ama viajar. Viciada em livros de fantasia e romances policiais, espera um dia poder ter tempo de colocar a suas leituras e séries em dia.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando