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Pro Mundo (Out!) | Amity Blight – uma linda jornada

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A Casa Coruja (“The Owl House”) é uma das melhores animações da atualidade e isto é fato. Personagens carismáticos e bem construídos, uma história envolvente e eletrizante, e a cereja do bolo é a representatividade apresentada. A produção conta com uma protagonista latina, bissexual e um casal sáfico com amplo destaque e um desenvolvimento positivo, e isso tudo em um desenho animado do Disney Channel voltado para o público infantil. O casal Lumity vem fazendo história e aqui no Pro Mundo (Out!) já falamos da nossa querida protagonista Luz (dublada por Sarah-Nicole Robles), agora é a vez de trazer a outra metade desse ship: Amity Blight.

Amity Blight (dublada por Mae Whitman) foi inicialmente apresentada para o público como antagonista, a aluna número um de Hexside, arrogante e que diminuía a todos ao redor na obrigação de se sentir superior. Mas essa pose toda não durou mais do que três episódios. E um ponto foi fundamental para essa mudança: a presença de Luz em Boiling Isles. A partir desse momento, a jovem bruxa percebe que existem outras possibilidades na vida além de seguir a linha como ela foi criada.

Em um primeiro momento, Luz é uma pedra no caminho de Amity, uma humana tentando ser bruxa, que a “humilhou” na frente do diretor do colégio e da chefe da clã do Imperador. Ao mesmo tempo ela percebe uma determinação, otimismo sem fim, uma menina da sua idade que não aparenta ter medo de nada, leal aos amigos, e que luta pelos seus sonhos. Aquilo era a fagulha que faltava para Amity, algo que ela não conhecia ainda, uma paixão que fez ela questionar suas ações, suas crenças e seus sonhos.

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A personagem começa a ganhar novas camadas no episódio “Entendendo a Willow”, quando descobrimos sobre a amizade de Amity com Willow (dublada por Tati Gabrielle) e a relação conturbada dela com os pais; relação que vem sendo melhor explorada na segunda temporada da série.

Criada em uma família rígida, ela tinha medo de cometer erros, decepcionar os pais, não conseguir alcançar os objetivos criados por eles na sua cabeça. Ela precisava ser a princesa perfeita, andar com as pessoas certas, não questionar nada. Mas nesse momento ela não conseguia evitar em questionar tudo.

Pela primeira vez, Amity se vê com a guarda baixa. Quanto mais próxima de Luz, mais ela começa a mostrar vulnerabilidade e medos, porém isso faz com que ela cresça como pessoa, como no icônico episódio do baile, Amity enfrenta seus medos para defender Luz e os amigos. Aos poucos, ela vai deixando de ser aquela menina arrogante, e mostra que também pode ser uma amiga e que está disposta a consertar seus erros.

“Desde quando Luz chegou aqui as coisas ficaram confusas. Comecei a pensar em coisas que eu nunca pensei antes, comecei a sentir coisas que eu nunca tinha sentido”, questiona a personagem em certo ponto, mas pela primeira vez ela vê que pode ser feliz. Ela consegue tirar o peso que foi colocado nas suas costas durante toda a vida e finalmente consegue ser mais leve.

The Loud House e a representação LGBTQIA+

A segunda temporada traz uma Amity Blight mais poderosa, sensível, aprendendo a criar laços de amizade e se permitir ser vulnerável com as pessoas que a apoiam e a amam, como é o caso de Luz. A formação e crescimento do casal Lumity é algo lindo de acompanhar, mas, para além disso, em paralelo, temos o crescimento individual das personagens. Enquanto Luz está em sua jornada quase do herói, Amity está em uma jornada muito mais pessoal, de se descobrir e sair das amarras da família.

E acompanhar essa construção é uma das melhores coisas de “A Casa Coruja”. Amity é uma das personagens com melhor desenvolvimento de toda a série e a que foi mais distante do primeiro momento em que ela aparece até hoje. Parece duas pessoas completamente diferentes, mas, ao mesmo tempo, é um crescimento pessoal que faz sentido, que é complexo e muito bem executado. Além do excelente roteiro, é necessário exaltar também o trabalho de dublagem de Mae Whitman, que consegue transmitir toda essa montanha-russa de sentimentos de Amity com a sua voz.

A construção de Amity Blight durante essas duas temporadas de “A Casa Coruja” fez com que ela encontrasse amigos perdidos, construísse novas relações, abrisse o coração para o amor e começasse a trilhar o seu próprio caminho, saindo da sombra da família. Essa nova fase da personagem é marcada pela nova cor de cabelo: um ato necessário para a nova Amity, que agora se permite viver a sua própria vida e buscar seus sonhos (no meio de uma guerra contra o Imperador, mas seguimos sonhando com o dia que Lumity terá um minuto de paz e vão poder ir em um encontro de verdade).

“A Casa Coruja” está disponível no Disney Plus.


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Jornalista nascida no Rio de Janeiro e atualmente morando em Fortaleza. Cresceu assistindo filmes da Sessão da Tarde, Dragon Ball e Xena: A Princesa Guerreira. Constantemente falando coisas aleatórias sobre cinema, televisão e música.

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LesB Indica | SkyMed – representatividade sáfica e diversidade em cenários extremos

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“SkyMed” é uma série médica canadense que explora o trabalho de enfermeiros e médicos em partes remotas do Canadá. A produção mostra a rotina dos profissionais da saúde fazendo resgates e cuidando da população indígena, em uma parte do país pouco mostrada em produções e pouco conhecida por outros países. O drama é focado nas dificuldades enfrentadas, em casos difíceis e nas histórias pessoais dos personagens.

Com uma narrativa dramática, a produção lembra outras séries que trazem profissionais da saúde para o protagonismo, como “Nurses: Plantão de Enfermagem”, só que dentro de um helicóptero e em situações extremas. A série conta, atualmente, com três temporadas e traz um elenco diverso. Ambientada na cidade de Manitoba, a produção faz questão de mostrar a vivência dos grupos indígenas da região, assim como as problemáticas enfrentadas devido às mudanças climáticas.

“SkyMed” traz uma diversidade de histórias de personagens, algo que chama atenção na série. Em destaque, temos Lexi (Mercedes Morris), uma mulher sáfica que luta pela sua vaga de piloto-chefe na equipe. Lexi é inteligente, forte e determinada. Ela mostra, dentro da narrativa, o quanto muitas vezes precisa lutar o dobro do que qualquer homem na equipe para provar que sabe muito bem fazer o mesmo trabalho. Na segunda temporada, ela se apaixona por Stef (Sydney Kuhne), mas tem algumas reservas quanto a viver um relacionamento.

Pro Mundo (Out!) | Hen Wilson – a força, o coração e a resistência em 9-1-1

Desenvolvida pela CBC e distribuída pelo Paramount+, a série mostra novas paisagens que fogem do habitual de prédios, luzes e ruas asfaltadas das séries ambientadas nos Estados Unidos. Com isso, a produção conquistou o público e tem grandes chances de ser renovada para quarta temporada, trazendo a chance de melhor desenvolvimento dos personagens e das histórias, principalmente ao abordar as histórias e a cultura local.

No Brasil, SkyMed está disponível pelo canal de streaming Paramount+ e conta com as três temporadas completas (legendadas e dubladas). A série vale a pena ser vista por trazer novas formas de contar histórias. É interessante assistir e conhecer outras culturas que fogem do dia a dia e dos conteúdos mais consumidos. Além disso, a série explora as sexualidades dos personagens de forma natural, sem que isso seja um problema na narrativa, o que traz uma sensação de acolhimento.

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Pro Mundo (Out!) | Hen Wilson – a força, o coração e a resistência em 9-1-1

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Henrietta “Hen” Wilson (Aisha Hinds) é uma supermulher. Mãe, esposa, paramédica e estudante de medicina. A única mulher, a única pessoa negra no batalhão, a única pessoa LGBTQIA+.

Tudo isso serve para descrever a paramédica Hen Wilson. Ela, desde o começo, é apresentada como alguém amigável, mas que todos respeitam. Não tem a pose de mãezona dos outros bombeiros do batalhão 118, mas todos já tiveram seu momento de acolhimento com ela. Ela sempre se mostra como uma grande amiga e uma pessoa com quem se pode contar. Seu melhor amigo, Chimney (Kenneth Choi), sabe bem o que é ter Hen ao seu lado nos melhores e piores momentos.

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Mas seu começo no batalhão não foi fácil. Ao entrar para o LAFD, antes de o batalhão 118 ser comandado pelo capitão Bobby Nash (Peter Krause), ele era liderado por um capitão extremamente preconceituoso chamado Gerrard (Brian Thompson). Hen era basicamente ignorada e rechaçada pelo capitão. Foi justamente nessa época que sua amizade com Chimney começou, porque ele também sofria com o preconceito do capitão.

Hen se posicionou e conseguiu que Gerrard saísse do comando do 118 e, assim, conquistou ainda mais o respeito dos colegas. Além de Chimney, Hen também é muito amiga da sargento Athena Grant (Angela Bassett). As duas se viram em um ponto em comum: duas mulheres negras fortes em lugares dominados por homens brancos. Então, precisavam demonstrar ser duas vezes melhores do que qualquer um. Athena apresentou a Hen um grupo de amigos socorristas que sofriam algum tipo de preconceito em seus distritos ou batalhões.

Na vida pessoal, Hen vive um casamento feliz e estável com Karen Wilson (Tracie Thoms), uma cientista de foguetes, e as duas são mães de Denny (Declan Pratt). Denny é biologicamente filho da ex-namorada de Hen, Eva, que acabou abrindo mão dos direitos parentais por conta do abuso de drogas. Karen sempre apoiou muito todas as decisões de Hen e aceitou também a adoção de Denny.

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Hen e Karen se conheceram através de um encontro armado por Chimney, que gostaria que a amiga conhecesse alguém legal, principalmente depois da relação turbulenta que teve com Eva. Apesar do casamento bem estruturado, as duas passaram por altos e baixos, como quando Eva reapareceu na vida de Hen e tentou tirar a guarda de Denny, causando uma ruptura no casamento de Hen e Karen, assim como quando as duas tentaram a adoção de uma nova criança. No final, acabou não dando certo, mas não porque as duas não eram adequadas ou algo assim, e sim porque a mãe biológica da menina conseguiu se reestruturar.

Outro momento marcante que Hen Wilson viveu foi um acidente: ao iniciar os estudos para a faculdade de medicina e conciliar com o trabalho intenso de paramédica, ela começou a se sobrecarregar. Então, acaba se envolvendo em um acidente por conta do cansaço, que termina em uma morte. Hen, então, abandona tudo e vai para uma espécie de retiro, onde cogita abandonar a carreira de paramédica, mas lá reencontra uma pessoa que a inspirou a seguir esse caminho.

LesB Indica | Prom Dates – um filme para rir, torcer e se emocionar

Hen volta para o LAFD e decide estruturar melhor seus horários para poder se cuidar e conciliar o trabalho com os estudos. Hen é, de longe, uma das melhores paramédicas do batalhão, e Bobby reconhece esse potencial, mas sabe que não pode dar mais funções a uma mulher que já está fazendo de tudo.

Hen Wilson é paramédica na série 9-1-1, que está atualmente em sua 8ª temporada, disponível na Disney+.

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LesB Indica | Prom Dates – um filme para rir, torcer e se emocionar

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Se você está em busca de uma comédia divertida e emocionante para assistir, “Prom Dates” (Dates de Formatura) é a escolha perfeita. Dirigido por Kim O. Nguyen, o filme segue a trajetória de Jess (Antonia Gentry) e Hannah (Julia Lester), duas melhores amigas que fizeram um pacto aos 13 anos para garantir que seu baile de formatura fosse inesquecível. Com a chegada iminente da faculdade, as duas estão determinadas a honrar essa promessa, apesar das mudanças que se aproximam.

Mas, apenas 24 horas antes do grande evento, seus planos perfeitos começam a desmoronar quando elas terminam com seus encontros. Em um último esforço para salvar a noite mais importante de suas vidas escolares, Jess e Hannah embarcam em uma corrida contra o tempo para encontrar novos parceiros e viver todas as suas fantasias de ensino médio.

Estrelado por Antonia Gentry, conhecida por seu papel como Ginny em Ginny e Georgia, e Julia Lester, de High School Musical: A Série, “Prom Dates” promete muitas risadas e momentos emocionantes.

Hannah é uma pessoa extremamente ansiosa e que assumiu ser lésbica há pouco tempo. A jovem luta para entender sua nova fase enquanto tenta manter a amizade com Jess. Enquanto isso, Jess vive uma batalha interna para não se importar tanto com a opinião alheia, por isso, a possibilidade de ir para o baile sozinha não existe. Isso colocará sua amizade com Hannah em risco.

O filme é uma mistura de momentos hilários e emocionantes, que captura a essência da amizade, dos desafios adolescentes e das expectativas em torno do baile de formatura.

Com personagens cativantes e uma história envolvente, este filme é imperdível para quem adora reviver os altos e baixos dos últimos dias do ensino médio. Prepare-se para rir, torcer e se emocionar com essa aventura.

Disponível no Star+, “Prom Dates” é a pedida certa para uma noite divertida com amigos ou para relembrar os tempos de escola.

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