Se você procura por uma série sobrenatural decente e do velho-oeste, então “Wynonna Earp” foi feita para você.
Atualmente temos um número cada vez mais crescente de séries baseadas em histórias em quadrinhos como “Supergirl”, “The Gifted”, “Marvel’s Runaways”, etc. Mas não somente de heróis são feitos essas adaptações, “iZombie” por exemplo é uma série baseada nas páginas da Vertigo e a protagonista não tem nada de heróico em sua rotina de comer cérebros. Wynonna Earp contudo, pode não se encaixar no perfil de heroína da nação, mas ela consegue no fim do dia fazer o que é certo.
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“Wynonna Earp” é uma série de um pequeno canal canadense que teve seus direitos de exibição comprados pela emissora SyFy. Ela se passa na pequena cidade de Purgatório, onde os descendentes de Wyatt Earp (Ryan Northcott), aqui no caso Wynonna (Melanie Scrofano), tem de lidar com uma maldição de família e mandar de volta para o inferno os Retornados: criminosos que o tataratataravô de Wynonna assassinou e que voltam a vida como demônios sempre que o Herdeiro completa 27 anos e que só podem ser mortos com a arma de Wyatt, a Peacemaker.
A princípio, a baixa qualidade de imagem e efeitos especiais pode causar uma certa estranheza, mas Wynonna Earp é uma série tão insanamente boa, que tudo isso deixa de ser um problema após uns quinze minutos. Tendo os seus direitos comprados pela SyFy, casa de “Z Nation”, “Van Helsing” e é claro, “Sharknado”, dá para se ter uma noção do que esperar dessa série.
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Wynonna é uma protagonista forte e independente, que cai de cabeça em algo que ela tenta fugir a muito tempo. Tida como louca por anos, ela nunca perde sua ironia e sua língua afiada, mesmo em momentos complicados, o que a torna uma personagem cativante, além é claro de lhe dar um lugar especial na lista de personagens badass que tanto amo.
O elenco principal é também um grande acerto da série. Tim Rozon serviu como uma luva para Doc Holliday, ou talvez tenha sido o contrário, assim como Melanine em seu papel principal. Shamier Anderson entrega bem o mistério por trás da vida do Agente Dolls e Katherine Barrell traz toda a inocência, pureza e a força que Nicole Haught possui, mas foi Dominique Provost-Chalkley quem ganhou meu coração. Waverly Earp, aparentemente uma criatura frágil e indefesa, é uma das personagens mais fortes e independentes da série, disposta a tudo para proteger sua irmã e com uma vontade enorme de se provar, o que ela consegue sem dúvidas.
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Criada por Emily Andras (“Lost Girl”) e baseada na HQ de Beau Smith, a série não poderia estar em melhores mãos. É pura arte? Não, mas quem liga? “Wynonna Earp” é divertida e fez um excelente trabalho em explicar a confusão na vida das irmãs Earp assim como em inserir um grande mix de humor e violência e nos apresenta várias mulheres fortes e independentes em papéis de destaque
Este texto foi originalmente publicado no site Retalho Club.