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LesB Indica | Girls5eva – uma produção musical recheada de referências dos anos 1990

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Imagine você que um grupo que fez sucesso no passado resolve voltar à ativa após anos do fim. Então, foi o que Meredith Scardino e Tina Fey fizeram. Elas juntaram praticamente todas as referências legais de 20 anos atrás e nos deram “Girls5eva”!

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O quarteto é formado pela cantora e compositora Sara Bareilles (Dawn), vencedora do Grammy e do Tony, e indicada ainda a um Emmy; pela atriz e cantora Renée Elise Goldsberry (Wickie), também vencedora de um Grammy e um Tony Awards, e nossa eterna Angelica Schuyler de “Hamilton”; por Paula Pell (Gloria), vencedora de um Emmy; e pela atriz e escritora conhecida do público Busy Philipps (Summer).

A série é super divertida e leve, uma ótima escolha para assistir no horário do almoço. As músicas brincam com a dinâmica dos grupos femininos vista nos anos 1990 e que fazia sucesso estrondoso com a ajuda da MTV – que também tem grande participação na produção.

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Mas o que acontece quando todas as integrantes, agora mulheres adultas, decidem recomeçar? O grande empecilho que elas encontram na busca pela realização de seus sonhos é simples, aos 40 anos, o mundo não é mais o mesmo de quando faziam sucesso. Agora, com novas rotinas que incluem empregos, filhos e famílias, conciliar uma carreira musical se mostra muito mais complexo do que poderiam imaginar.

Um ponto legal que destaco é que a personagem Gloria, interpretada por Pell, é uma mulher lésbica de meia idade que está enfrentando um divórcio. É interessante observar como os roteiristas trataram isso de forma natural e divertida. Sem falar no tom de humor que eles deram ao arco delas, e uma das cenas mais divertidas da série é quando Gloria reencontra sua ex (mas sem spoilers!) isso vocês vão ter que assistir para descobrir.

A produção também conta com participações de grandes nomes da Televisão incluindo Andrew Rannells, Dean Winters, Stephen Colbert e Tina Fey, no papel de Dolly Parton. Outro ponto de grande destaque de “Girls5eva” são as músicas. Cada uma das faixas contém inúmeras inspirações e segredos em suas composições, contando histórias através das letras e trazendo referências tanto da atualidade quanto da cultura musical dos anos 1990.

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A série tem somente oito episódios e com isso deixa pontos a serem resolvidos em uma próxima temporada. A narrativa trabalha muito bem as referências da época em que para ouvir seu grupo favorito era necessário ter um discman, e das composições do “Girls5eva” grudarem na cabeça como toda boa canção dos anos 1990, as temáticas abordadas sobre a vida e carreira de mulheres acima dos 40 anos são importantes e necessárias.

E olha que legal, esse ano a série está concorrendo ao Emmy por Melhor Roteiro em Comédia. Vamos cruzar os dedos e torcer pela nossa banda “desajustada” favorita?

“Girls5eva” foi renovada para uma segunda temporada nos Estados Unidos, ainda sem data de estreia por lá e por aqui. A primeira temporada está disponível na Globoplay.

Maria Izabelly Lopes, é ex estudante de jornalismo (grande coisa) e atualmente é quase psicóloga. Viciada em Grey’s Anatomy, sabe bem o que é ser trouxa por séries. Feminista, esquerdista e sem terra de carteirinha. Recifense com muito orgulho e fã de muita coisa.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando