O livro “Codinome Villanelle”, lançamento da editora Suma, é um thriller que deu origem a série “Killing Eve”, distribuída no Brasil pela Globoplay. A produção, que já possui duas temporadas, é focada em Eve Polastri (Sandra Oh), uma agente do Serviço de Segurança Britânico que vê sua vida mudar quando é contratada pelo MI6 para capturar a misteriosa assassina Villanelle (Jodie Comer). Aqui vão umas diferenças entre as obras:
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Se você já assistiu a série, é possível perceber algumas características peculiares na personagem de Comer, como ela é extravagante, cruel, obcecada por um estereótipo específico de mulheres e ainda existe um certo mistério em volta do seu recrutamento e passado, coisa esta que começou a ser mais desenvolvida a partir da segunda temporada. Entretanto, no livro, a realidade é um pouco distinta. Villanelle é objetiva e apesar de realizar seus assassinatos de forma criativa, ela é controlada e responsável.
Outro ponto a destacar é que, na obra, existe um background por trás da verdadeira Villanelle, e como ela chegou a virar uma das mais habilidosas e especializada em matar as pessoas mais ricas do mundo e o porquê ela foi parar no centro de detenção para mulheres em primeiro lugar, motivo este diferente da série. Além de que, a assassina é diagnosticada com transtorno de personalidade antissocial.
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Já em relação a Eve, na obra literária ela é chefe no MI5 e quando é recrutada pelo MI6, na verdade, o responsável pela sua contratação, é um personagem masculino. Enquanto nas telas, quem assume este papel é uma mulher, interpretada por Fiona Shaw. Ainda podemos observar que Bill (David Haig), amigo e colega de trabalho da agente Polastri, no livro é apenas citado, quem possui destaque, de fato, é Simon Mortimer que tem características similares ao personagem de Haig, como também morre da mesma forma.
Uma das principais diferenças entre as obras, que pode decepcionar os fãs da série, está justamente no fato das duas personagens, diferente da produção audiovisual, não possuírem nenhum contato afetivo e Eve demorar bastante páginas para identificar a verdadeira identidade de Villanelle. Além de que, a assassina não tem nenhum interesse romântico explícito na agente, e Polastri possui (até) um relacionamento estável e agradável com seu marido.
De modo geral, “Killing Eve” e “Codinome Villanelle” percorrem caminhos distintos, sendo que a primeira foca mais na vida da agente, enquanto a segunda se direciona mais para a trajetória da assassina. Entretanto, tanto o livro quanto a série são obras espetaculares, e bom, o thriller de Luke Jennings é uma boa alternativa para quem quer se aprofundar mais na história de Villanelle.
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Obs: O autor revelou que a personagem interpretada por Jodie Comer foi baseada na história de uma verdadeira terrorista chamada Idoia López Riaño. Conhecida como “A Tigresa”, a assassina chegou a matar 23 pessoas durante os anos que era membro do grupo ETA, na década de 1980.