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Review | The Wilds – Segunda Temporada

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“The Wilds” retornou para sua segunda temporada no Prime Video, produção essa que fez muito sucesso em seu primeiro ano. A história acompanha nove garotas que estavam a caminho de um retiro no Havaí, entretanto, caem no meio de uma ilha e precisam aprender a sobreviver até o resgate chegar.

Review | The Wilds – Primeira Temporada

A queda do avião, que não foi acidental, é parte de um experimento de Gretchen (Rachel Griffiths), que procura mostrar que as mulheres são mais organizadas socialmente que os homens e que são perfeitamente capazes de construir uma sociedade. Desta forma, a narrativa se desenrola revelando como cada garota foi escolhida e o que aconteceu durante o tempo em que ficaram na ilha.

Nesta segunda temporada, “The Wilds” apresenta um novo núcleo de personagens, que também foram vítimas do experimento de Gretchen: o grupo dos meninos. De primeira, eles não são tão cativantes quanto as meninas foram, entretanto, com o caminhar dos episódios, essa perspectiva muda.

Rafael Garcia (Zack Calderon), Kirin O’Conner (Charles Alexander), Josh Herbert (Nicholas Coombe), Ivan Taylor (Miles Gutierrez-Riley), Henry Tanaka (Aidan Laprete), Bo Leonard (Tanner Ray Rook), Scotty Simms (Reed Shannon) e Seth Novak (Alex Fitzalan) são os novos personagens que dividem o protagonismo com o grupo das meninas.

A narrativa utiliza da mesma fórmula da primeira temporada: intercalando o passado (antes da queda do avião), presente (na ilha) e futuro (após o resgate) dos personagens para que o telespectador consiga conhecer um pouco mais desses adolescentes. Primeiramente, Rafael é o que possui maior destaque, em que lembra muito Leah (Sarah Pidgeon), quando, por muitas vezes, os dramas da ilha giram em torno dele e sua relação de dependência emocional com Seth.

Em relação as meninas, infelizmente, este ano foram deixadas um pouco de lado. A única que brilhou em todos os momentos foi Fatin Jadmani (Sophia Ali) que, ao mesmo tempo em que estava tentando desvendar os mistérios sobre Nora (Helena Howard), cuidava das garotas e colocava “ordem na casa”. Leah, que na primeira temporada teve todas as suas cenas difíceis de assistir – no sentido de serem ruins mesmo -, este ano teve sua paranoia mais suavizada e junto com Rachel (Reign Edwards), que estava sofrendo pelo luto da irmã, protagonizaram cenas mais leves e divertidas.

Shelby (Mia Healey), por muitas vezes, foi resumida as cenas de casal, ao lado de Toni (Erana James), que pelo segundo ano consecutivo não teve desenvolvimento, a não ser míseros segundos quando sua melhor amiga Marta (Jenna Clause) estava tendo um colapso e ela precisou ajudá-la. A personagem de Healey, para além de Toni, conseguiu alguns momentos de destaque ao citar a culpa que sente pela morte de sua amiga e não querer sair do “mundo perfeito” que criou na ilha. Infelizmente, Dot (Shannon Berry) não teve trama que valesse comentários.

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

No futuro, o núcleo das meninas mais uma vez é deixado de escanteio, quando ao longo de 90% dos episódios só vemos Leah dando voltinhas pelo local que estão presas e conversando com Rafael para descobrir alguns dos mistérios que aconteceu com o grupo dos meninos para que eles tenham se dividido na ilha e não se unido, como foi o caso das meninas. Desta forma, o roteiro dá uma estagnada e decepciona, pois ninguém aguenta mais tanto protagonismo vindo da personagem de Pidgeon, quando outras são mais cativantes e interessantes que ela.

Com o elenco dobrado, “The Wilds” peca na apresentação dos personagens masculinos e o abuso de cenas descartáveis. Diferente do primeiro ano, são poucos os personagens que conhecemos o background, como por exemplo o Kirin, que se destacou em tela, porém não teve um desenvolvimento merecido.

Rafael e Seth são parte do elenco que foram mais explorados, entretanto, não conquistaram o público. E Bo, Ivan e Scotty tem passagens breves pelo passado, mas nada que torne possível construir uma opinião definida sobre eles. Josh teve maior relevância nas passagens ainda na ilha e os traumas que teve por lá, além de ter sido deixado em aberto sobre as consequências do que ele pode estar sofrendo no futuro e o quanto certas ações no experimento podem influenciar na sua vida.

Entretanto, mesmo que não exista uma exploração aceitável no enredo dos meninos, ainda existem paralelos entre os dois núcleos, tais como quem assume a liderança primeiro, alianças e maiores identificações no grupo, e claro, existe o infiltrado, que apesar de existirem dois no núcleo feminino, no masculino só foi revelado um, que diferente de Nora, não conquista o carisma do espectador.

De modo geral, a segunda temporada de “The Wilds” foi satisfatória. A maior preocupação de todos que assistiram e gostaram da série era que o elenco masculino não entregasse tanto quanto as meninas, contudo, eles são carismáticos e conseguiram prender a atenção. O maior problema este ano foi na construção de roteiro, em que Sarah Streicher não soube conduzir adequadamente e muitas cenas das meninas na ilha poderiam ser facilmente descartadas e substituídas pelo desenvolvimento/passado dos garotos que foram deixados em segundo plano.

Harley Quinn – queda, ascensão e liberdade

Ademais, com o tempo restrito de tela para cada personagem, a produção perde um pouco do charme que tanto agradou no seu primeiro ano. Apesar do núcleo masculino possuir carisma e passagens interessantes, muitos personagens foram deixados de escanteio e o equilíbrio entre tantos protagonistas foi feito de forma desordenada, tendo em visto que a narrativa dos garotos deixou muitos furos.

Gretchen e os agentes falsos do FBI foi outro ponto que foi brevemente trabalhado este ano, em que a cientista segue obcecada em provar sua teoria de que as mulheres são mais evoluídas que os homens a qualquer custo. Assim sendo, para a terceira temporada, Gretchen continua com seu experimento e prepara todos para a fase três.

O final da temporada, além de sugerir que agora os dois núcleos vão lutar pela sobrevivência juntos, deixa em aberto sobre outro possível infiltrado entre os adolescentes e, novamente, terminamos sem respostas, e pior ainda, com mais perguntas. Com essas pontas soltas, espera-se que “The Wilds” apresente uma narrativa mais consistente no próximo ano, pois esta fórmula misteriosa e evasiva não vai funcionar para sempre.

A segunda temporada de “The Wilds” conta com oito episódios e está disponível para assistir no Amazon Prime Video.


Ps: ao que tudo indica, Leah é bissexual.

Ps2: existe um rumor das emocionadas que Fatin tem um crush em Leah, será? Acredito ser mais provável que na temporada seguinte desenvolvam um relacionamento entre Rafael e Leah.

Alerta de gatilho: a trama aborda assuntos delicados como transtornos alimentares, pedofilia, assédio sexual e moral, homofobia e suicídio.

LesB Nota
  • Roteiro
  • Direção
  • Personagens
3.2

Sinopse

Um grupo de meninas adolescentes de diferentes origens precisa lutar pela sobrevivência depois que um acidente de avião as deixa em uma ilha deserta. As jovens criam laços e conflitos enquanto aprendem mais umas sobre as outras, sobre os segredos que guardam e os traumas que todas enfrentaram. Há apenas uma reviravolta neste drama emocionante… essas meninas não acabaram nesta ilha por acidente.

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Review | Sem Resquícios – Primeira Temporada

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Uma imigrante ilegal mexicana e uma cigana encontram um cadáver em um país europeu. Quais as chances de acreditarem que elas não são as culpadas pelo assassinato? É deste tema que se trata a série da Amazon Prime, chamada “Sin Huellas”, traduzida como “Sem Resquícios”, dirigida por Paco Caballero, Samantha López Speranza, Koldo Serra e Gemma Ferraté.

LesB Cast | Temporada 3 Episódio 13 – a segunda temporada de “Stupid Wife”

A trama apresenta Desi (Carolina Yuste), uma mulher livre, lésbica e divertida, que sabe aproveitar bem a vida noturna da cidade, e é muito engraçada; ela é aquela amiga louca e descontrolada que sempre está pronta para te apoiar com unhas e dentes. E Cati (Camila Sodi), uma mexicana imigrante, doce e até inocente demais, que chegou na Espanha com o objetivo de ganhar dinheiro e trazer a sua filha e a sua mãe para o país e prover uma vida melhor e um futuro diferente para a filha, além de tentar manter o seu casamento com um encostado.

Essas amigas, extremamente atrapalhadas, dividem um apartamento e trabalham juntas em uma empresa de limpeza. Logo no início da série, elas descobrem que a empresa onde trabalhavam, de forma terceirizada, declarou falência e ambas estavam demitidas.

Na busca de encontrar um trabalho rápido, acabam aceitando uma oportunidade de limpar a casa de uma família milionária. Ao serem contratadas, descobrem que, na verdade, ali foi a cena de um crime, se deparam com um corpo de mulher recém assassinada e para piorar, pegam acidentalmente uma mala cheia de euros e placas de ouro, que seriam destinadas a uma gangue de assassinos russos.

É, neste momento, que elas se dão conta que devem se livrar da culpa de um assassinato que não cometeram e de russos que querem matá-las por terem roubado o dinheiro destinado a eles. Como podem se livrar desta confusão ao qual foram colocadas e ainda saírem vivas? Uma certeza é que “Sem Resquícios” garante boas risadas e surpresas, com uma comédia de muita qualidade, ação e um casal sáfico com uma química extrema.

Resenha | De repente, namoradas – um romance leve que vale a pena

Ao sermos introduzidos ao núcleo policial, fica claro que a policial investigadora do caso é a ex-namorada da Desi. Claro que, ao longo dos episódios, surge a necessidade de saber mais sobre a relação de Desi e Irene (Silvia Alonso), a policial que entra na história investigando o crime e acaba se tornando cúmplice na busca de comprovar a inocência das meninas.

Acompanhamos pequenos flashbacks sobre a relação delas, o motivo da separação e o dia a dia dessa construção. A química das atrizes é muito forte e através do olhar expressam os sentimentos. Inclusive, os diálogos são bem elaborados.

Esta produção é uma indicação excelente para o final de semana, contudo, apenas para quem tem estômago “forte”, já que algumas cenas fortes e sangrentas fazem parte desta comédia espanhola.

Com um elenco de rosto conhecidos, por quem consome produções espanholas, um roteiro incrível, uma trilha sonora dançante e aqueles puxões de orelha nos preconceitos e temas tabus, que são abordados de forma inteligente, “Sem Resquícios” é uma produção que vale muito a pena.

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Review | Grease: Rise of The Pink Ladies – Primeira Temporada

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“Grease: Rise of The Pink Ladies” é uma série de musical romântica dramática criada por Annabel Oakes (“Awkward”). A produção é um prequel do musical de mesmo nome, lançado em 1978. A série é ambientada em 1954, quatro anos antes da história de amor entre Danny Zuko e Sandy Olsson. Enquanto a gangue dos T-Birds já existe, a narrativa se propõe a mostrar como a gangue das Pink Ladies surgiu.

LesB Indica | Harley Quinn – uma produção que vale seu tempo

A narrativa acompanha a vida de Jane (Marisa Davila), uma adolescente que namora secretamente o quarterback Buddy (Jason Schmidt) até que ele permite que a escola inteira acredite em rumores inapropriados sobre ela. Em uma cidade onde cada pessoa é definida por sua reputação, isso a deixa alucinada para reparar o que as pessoas pensam sobre ela. Dessa forma, acaba se unindo a mais três párias sociais: Olivia (Cheyenne Isabel Wells), Cynthia (Ari Notartomaso) e Nancy (Tricia Fukuhara).

Olivia é uma estudante inteligente que manchou sua reputação no ano letivo anterior ao se envolver romanticamente com um professor. Nancy é uma aspirante a designer de moda e uma esquisita socialmente que foi largada pelas amigas por causa de garotos. Por fim, tem Cynthia, que sonha em se juntar aos T-Birds e vestir orgulhosamente a jaqueta de couro. Com o intuito de iniciar uma revolução no Rydell High, elas criam a gangue de garotas Pink Ladies.

A personagem de Notartomaso é uma verdadeira moleca e não performa feminilidade. Quando ela é obrigada a entrar no grupo de teatro (por causa das confusões que as Pink Ladies cometeram), acaba conhecendo Lydia (Niamh Wilson), uma atriz dedicada e totalmente confiante de suas habilidades artísticas, que a princípio desaprova as aptidões de Cynthia.

Em uma energia “enemies to lovers”, Cynthia e Lydia são forçadas a treinar falas da apresentação do clube de teatro todos os dias, o que aflora os sentimentos das duas. Da hostilidade pura e muitos beijos de “brincadeirinha”, começam a desenvolver sentimentos reais uma pela outra. Além delas serem um casal bem explorado e com bastante química, apesar de escondido por causa do contexto da época, Cynthia protagoniza um momento de saída do armário sensível e genuíno ao lado de uma das suas melhoras amigas Nancy.

“Grease: Rise of The Pink Ladies” é uma série que sabe mesclar bem a década de 1950 com referências ao mundo moderno da geração Z. As músicas não são muito cativantes se comparadas ao musical original, no entanto, a história da produção conquista nos detalhes: as menções ao filme, o grupo de garotas encantador e principalmente, a representatividade e diversidade do elenco.

LesB Cast | Temporada 3 Episódio 08 – as melhores séries de 2023 até o momento

Infelizmente, a produção foi cancelada com apenas uma temporada e sairá do streaming da Paramount+ nos próximos dias. A série não teve a oportunidade de encontrar seu público ideal e explorar ainda mais a história das personagens principais, que individualmente e coletivamente, possuíam muito potencial.

Leve e revigorante, a produção conseguiu debater temas como racismo e sexismo, e ainda entregar cenas nostálgicas para quem acompanhou a história de amor de Danny e Sandy. “Grease: Rise of The Pink Ladies” tinha uma potencialidade absurda de brilhar, mas, para a tristeza do público, a série acabou cedo demais e só deixou a saudade do que poderia ser uma narrativa épica.

LesB Nota
  • Roteiro
  • Direção
  • Personagens
4.7

Sinopse

Um spinoff do musical original de John Travolta e Olivia Newton John de 1978.

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Review | Dois Tempos – Primeira Temporada

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A nova série nacional da plataforma Star+ foi lançada dia 10 de maio e carrega o nome “Dois Tempos”, a trama mostra a vida de duas garotas separadas por um século, que um dia trocam de corpo. A obra da diretora Vera Egito conta com as protagonistas Paz (Sol Menezzes), uma influenciadora digital de 2022, e Cecília (Mari Oliveira), aspirante a escritora de 1922.

As melhores séries com personagens femininas LGBTQIA+ de 2023 até o momento

Como o nome já diz, as duas garotas são de épocas diferentes e em uma noite, frustradas com suas respectivas realidades, fazem um apelo ao universo para que possam ‘ser livres’, assim elas trocam de corpo. A influencer vai para 1922, onde se encontra em um casamento por conveniência e uma família um tanto suspeita, e logo entende o que aconteceu e começa a procurar uma forma de voltar a sua realidade.

Enquanto isso, Cecília aproveita as maravilhas do mundo novo. Junto ao amigo de Paz, Tiago (Leonardo Bianchi), ela vai até o centro cultural de Água Marinha, onde conhece sua paixão, Maria (Pâmela Germano). Nesse primeiro encontro, elas tem uma forte conexão, mas, ao decorrer dos acontecimentos, a relação passa a ter muitos altos e baixos em um curto período. É interessante ver que em “Dois Tempos” as coisas não são por acaso e os acontecimentos estão conectados entre as épocas.

Em 2022, a cidade de Água Marinha é apresentada como a terra das mulheres fortes que lutam e protegem umas as outras, mas é quando Paz está em 1922 que podemos ver como a modernidade nas atitudes da garota ‘influenciam’ as mulheres a sua volta, moldando aquele lugar aos poucos para se tornar o que vemos com Cecília em 2022.

Resenha | A lista da sorte – um livro para se apaixonar

A produção tem oito episódios e flerta muito com a comédia, mas não deixa de explicar como as coisas acontecem, como o fato de Maria possuir o antigo caderno que Cecília escrevia, o que se torna a única forma de comunicação entre os dois tempos e ajuda a garota a acreditar que aquilo realmente era verdade. O final fica aberto para uma continuação, mas nada ainda foi confirmado pela plataforma ou a empresa produtora.

LesB Nota
  • Roteiro
  • Direção
  • Personagens
4

Sinopse

Duas garotas misteriosamente viajam no tempo e vão parar uma no corpo – e no século – da outra.

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Bombando