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Review | The Bold Type – Segunda Temporada

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[Este texto contém spoilers]

A segunda temporada de “The Bold Type” chegou ao fim há quase um mês e como em sua temporada de estreia, apresentou durante 10 episódios diversos temas relevantes de forma leve, divertida e surpreendente. Entretanto, o plot do casal LGBTQ+ “Kadena” (Kat e Adena) deixou a desejar.

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“The Bold Type” é uma série do canal Freeform inspirada na vida da ex editora-chefe da revista Cosmopolitan, Joanna Coles. A trama se passa em Nova York e acompanha a vida de três melhores amigas: Jane Sloan (Katie Stevens), Kat Edison (Aisha Dee) e Sutton Brady (Meghann Fahy), que trabalham sob o comando da editora-chefe da Scarlet Magazine, Jacqueline Carlyle (Melora Hardin).

O casal Kat e Adena (Nikohl Boosheri), apresentado desde o episódio piloto, é com certeza um dos meus casais preferidos da televisão. Na temporada inicial, a série surpreende ao explorar temas muito importantes e, enquanto as personagens estão apenas se conhecendo, já enfrentam altos e baixos com a política de imigração dos Estados Unidos, preconceito, intolerância religiosa, etc.

Havia é claro grande expectativa sobre o rumo que o casal Kadena teria na segunda temporada da série. E talvez pela grande expectativa, a decepção foi quase maior.

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No início da segunda temporada, Kat e Adena estão juntas, bem e felizes como nunca. Aparentemente Kat perde o medo de compromisso que tinha antes, apresenta a fotógrafa como sua namorada para os pais e as duas formavam o único casal da série que seguia firme e forte. É no episódio 2×06 chamado “The Domino Effect” que, na tentativa de fazer Kat explorar sua sexualidade, a série falha ao introduzir um repetitivo plot de traição que já cansamos de assistir em produções LGBTQ+.

Na verdade, a ideia de um relacionamento aberto para que Kat pudesse explorar sua sexualidade com outras mulheres não é das piores, pelo contrário, era necessário e poderia ser muito interessante se feito com cuidado. Infelizmente a narrativa foi iniciada com uma traição desnecessária, mal escrita e apresentada apenas para criar um empecilho, um drama para o casal. Além disso, no último episódio, Adena revela que se sente presa e precisa de um tempo, logo quando Kat se encontra e decide o que realmente quer. Com isso, a história de das duas na segunda temporada acabou do mesmo jeito que na primeira: complicada e com possibilidades em aberto sobre o futuro do casal para a terceira etapa, que já foi confirmada para 2019.

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É preciso dizer que apesar da história entre Kat e Adena, “The Bold Type” entregou uma segunda temporada incrível, realista, talvez até melhor que a primeira, visto que a série é acima de tudo sobre amizade e companheirismo entre as três protagonistas: Jane, Kat e Sutton. Neste ponto, a produção não falha. Enquanto a série aborda discussões pesadas como assédio sexual, porte de armas, religião, sexualidade, etc, as três protagonizam diálogos emocionantes que nos mostram a importância da amizade e apoio entre mulheres.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

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Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando