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Pro Mundo (Out!) | Callie Torres – símbolo da bissexualidade na TV

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Callie Torres (Sara Ramirez) surgiu timidamente lá nas primeiras temporadas de “Greys Anatomy” e ninguém imaginaria que ela se tornaria uma das personagens mais queridas da série. Isso ocorreu porque Callie trouxe questões muito importantes ao apresentar sua história para o mundo.

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A grandiosidade e riqueza da personagem permitiu que a ortopedista fosse mais que namorada de George O’Malley (T.R Kinght) e ganhou cada vez mais espaço na série. Assim a conhecemos, uma médica ortopédica, badass, um pouco mal-humorada,  mas que ao longo da narrativa vai aprendendo a curtir sua própria companhia ao dançar só de calcinha nos fundos do hospital que ela chamava de lar.

Assim vemos o desenvolvimento da médica no âmbito profissional, pessoal e amoroso. A atriz que já se apresentou na Broadway ganhou um episódio musical dedicado à personagem, em que ela pôde mostrar todo o seu talento vocal ao cantar as músicas clássicas da série como “How To Save a Life”, “Chasing Cars” e “The Story”.

Os relacionamentos de Callie Torres

De mulher traída até o descobrimento da bissexualidade, pudemos acompanhar de perto o desenvolvimento amoroso que a personagem passou ao longo da narrativa. Depois de George, Torres envolveu-se com Mark Sloan (Eric Dane), que se tornou muito mais que um relacionamento casual mas também o seu melhor amigo e pai de sua filha.

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A primeira relação de Callie com uma mulher foi com Erica Hahn (Brooke Smith). Apesar de o casal não ter dado certo, foi com Hanh que Torres descobriu um novo mundo de possibilidades. E o melhor disso, essa descoberta foi de maneira natural e pudemos perceber o cuidado que os roteiristas da produção tiveram ao abordar sobre essa questão.

Mas o que atraiu muitos olhares para a série foi quando a ortopedista conheceu a pediatra Arizona Robbins (Jessica Capshaw). As duas se apaixonaram logo de cara e foi com Arizona que a personagem de Ramirez teve um desdobramento maior de personagem. E conquistou uma legião de fãs.

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Em seu relacionamento, as duas mulheres passaram por muitos altos e baixos. Como por exemplo, a aceitação, o casamento, o acidente de carro, a filha que Callie teve de Mark e o mais dramático de todos, já que foi Callie que ajudou Arizona a passar por todo o estresse pós-traumático da pediatra depois da queda do avião.

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Pelo fato das duas personagens terem passado por muitos problemas, a relação se desgastou e as duas tiveram um término traumático com a traição de Arizona.  Mas o atrito não parou por aí, Calzona brigaram pela guarda da filha.

Pro Mundo (Out!) | Arizona Robbins – tão humana que nem parece fictícia

Infelizmente os últimos acontecimentos na vida da personagem não foram os melhores acertos da série, o que causou muito descontentamento por parte do fandom. A personagem se perdeu e cometeu algumas atitudes que não eram condizentes com a personalidade da mesma. Assim para recomeçar sua vida, a ortopedista decide ir para Nova York atrás de novas oportunidades.

A saída de Sara Ramirez de “Greys Anatomy”

Após 12 anos, a atriz optou por dar um tempo da série, mas Ramirez deixou claro que sua volta poderia acontecer.  Logo após sua saída, a artista decidiu assumir sua bissexualidade para o mundo. Em uma entrevista produzida pela People e Entertainment Weekly, Sara afirma que tinha medo que sua sexualidade a impedisse de conseguir papeis na televisão.

Esse medo que os artistas têm é muito comum, já que em Hollywood se assumir publicamente acarreta em perdas de oportunidades na indústria. Atualmente, ela utiliza sua voz como uma plataforma de lutar pelos direitos LGBTQ+.

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Assim Callie Torres tornou-se um grande marco para a indústria televisiva, sendo a personagem queer que ficou mais tempo em uma série de televisão. A ortopedista trouxe representatividade nunca vista antes e veio para influenciar muitas produções a fazerem o mesmo.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando

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