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Pro Mundo (Out!) | A jornada de Sara Lance

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Sara Lance (Caity Lotz) não é uma heroína convencional. Ela não voa, não possui super força e nem qualquer tipo de poder sobre humano, pelo contrário, ela é tão humana quanto cada um de nós e talvez seja isso que faça com que ela venha se tornando tão especial.

Depois de sofrer em Lian Yu, de ser treinada pela Liga Dos Assassinos, ter de fato se tornado uma assassina, se apaixonado por Nyssa al Ghul (Katrina Law) e ter que larga-la ao voltar para Star City, Sara tinha a plena certeza de que era horrível como pessoa e para tentar compensar isso passou a ser uma vigilante tentando salvar a cidade em que nasceu ao lado de Oliver Queen (Stephen Amell).

Ela atuava “no escuro”, de preto e de máscara sob o pseudônimo de Canário Negro, e assim permaneceu, se escondendo por um longo tempo. Até que se revelou para Laurel (Katie Cassidy) e provavelmente pela primeira vez em toda a vida fez com que a mais velha das irmãs Lance sentisse orgulho dela. Bem, a partir que disso começa uma reviravolta no enredo da mesma, pois finalmente não era mais a irmã mais nova da personagem de Cassidy, mas ela era ela, Sara Lance, a Canário Negro – vigilante de preto que salvava (ou ao menos tentava) Star City todas as noites.

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E então, a menina que antes era conhecida apenas por apunhalar Laurel pelas costas, agora estava se tornando uma heroína admirável e estaria tudo bem caso ela não estivesse sendo perseguida para voltar para a Liga e se não fosse morta logo depois, não é mesmo? Bom, e assim voltamos a uma Sara Lance morta e desaparecida por um bom tempo, até que a irmã mais velha insistiu que a levassem ao Poço de Lázaro, onde ela (Sara) foi ressuscitada, mas com o porém de não ter a alma restaurada.

Voltamos ao inicio: Sara Lance assassina e sem alma. Mas agora é a hora de dar créditos a Laurel que nunca desistiu da irmã e logo conseguiu a ajuda de Constantine (Matt Ryan) para restaurar a alma dela. E de fato foi sucedido, mas a sede de sangue que a até então Canário Negro tinha era insaciável e Star City não parecia mais o lugar certo para ela estar. E assim a assassina se foi, aceitou viajar no tempo sob o comando de Rip Hunter (Arthur Darvill), já vestindo o manto de Canário Branco, sendo uma Lenda na luz, sem máscara.

Enquanto navegava pelo tempo, Sara tentava aprender a controlar a sede de sangue e tentava entrar nas normas de ser uma heroína. Lutou ao lado de mulheres e por mulheres, teve que enfrentar desafios, como a morte de Laurel, e logo depois precisou encarar o assassino da irmã cara a cara sem poder mata-lo. Teve nas mãos a possibilidade de reescrever toda a história, inclusive voltar a mais velha das irmãs Lance a vida, mas se esforçou ao máximo para cumprir a tarefa que lhe foi incumbida, salvar a linha do tempo e o mundo.

Durante todo esse período e passando por duas séries, “Arrow” e “DC’s Legends Of Tomorrow”, podemos ver que Sara não só se tornou uma pessoa extremamente forte, como também uma personagem a ser admirada, pois se esforçou para ser uma pessoa melhor todos os dias, mesmo que isso talvez custasse um pouco da felicidade da mesma. A Canário aprendeu a deixar o egoísmo de lado e passou a entender a importância de lutar por coisas maiores do que ela.

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Hoje é Capitã das Lendas e com a postura de mulher e líder, ela carrega e encoraja a todos que trabalham consigo. E óbvio, não vamos esquecer o quanto a sexualidade de Lance foi algo natural no desenvolvimento da personagem. Nunca precisou ser dito explicitamente que ela é bissexual, afinal, o enredo de ambas as séries trouxeram isso com uma leveza e naturalidade que hoje em dia é importante de se ver nas produções televisivas. Sara nunca teve o menor problema de beijar quem ela queria beijar e em assumir quem é. Agora tendo um relacionamento com uma mulher, também conhecida como Diretora do Time Bureau Ava Sharpe (Jes Macallan).

Bom, mostrar a força que ela exerce em “DC’s Legend’s Of Tomorrow” é uma inspiração enorme, já que inicialmente tudo que tínhamos desta personagem era apenas uma sombra e hoje uma representação perfeita de que os erros do passado não necessariamente nos perseguirão para sempre como algo ruim, porém muitas vezes podemos nos aproveitar dele para sermos mais fortes e nos tornarmos pessoas renovadas.

Monica Teixeira é pedagoga e muito apaixonada pelo universo literário. Amante de séries de médico, viciada em tudo que envolve super-heróis e não perde um episódio de Legends Of Tomorrow. Ela vive na Cidade Maravilhosa, Rio de Janeiro.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando

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