“Aceleradas”, nova série mexicana, que estreou este ano na Netflix, foca na vida de quatro jovens, Rocío (Bárbara López, conhecida pelo seu papel na novela “Amar a Muerte”), Vera (Tessa Ía), Carlota (Lucía Uribe) e Marcela (Coty Camacho).
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Na trama, acompanhamos três amigas brancas e economicamente privilegiadas que decidem impulsivamente viajar de carro pelo estado de Oaxaca para fugir de seus problemas. Rocío é médica e se sente asfixiada e pressionada pelo pai quanto ao futuro de sua carreira, além de existir um certo mistério em volta do paradeiro de sua irmã Sofia (Camila Valero). Vera é uma rica mimada (lembra muito Emma Roberts no filme “Garota Mimada”) com problemas familiares e para piorar tem um surto no trabalho quando descobre que não vai ser promovida a editora-chefe na revista onde trabalha. E por último, existe Carlota, uma garota militante feminista, porém com inseguranças quanto a sua arte, família e relacionamentos amorosos.
Tudo se desenrola quando as garotas, em sua primeira parada na estrada, se deparam com Marcela, uma garota de características indígenas e de realidade econômica completamente distinta das outras, pedindo uma carona até Oaxaca para encontrar seu irmão. Entretanto, as jovens recusam pelo fato dela ser uma estranha. Sendo assim, inconformada com o “não”, a personagem de Camacho invade o carro inesperadamente e ameaça as outras três com uma arma, mudando os planos de todas e obrigando-as a conviverem e saírem de suas zonas de conforto.
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“Aceleradas” (“Desenfrenadas”, título original) une quatro personalidades e trajetórias de vida diferentes para falar sobre empoderamento feminino, sororidade, aceitação, amor, liberdade e muito mais. Ela traz muitas referências do México, como Frida Kahlo e é impossível não associar suas falas feministas a mensagem que a série quer passar, de luta e união entre as mulheres. Além disso, a tela abusa muito de cores vibrantes e principalmente, de cores quentes, como o vermelho.
A produção explora esta nova geração de mulheres que surge através das novas mídias sociais, aquelas que militam na internet, que não têm medo de expor suas opiniões e lutam contra o machismo. Constrói uma série vívida e antenada voltada para o público feminino jovem, e também para aquelas que querem entender um pouco mais do feminismo. Com toda certeza merece uma chance de ser assistida e conhecida.