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Humans: relembre as duas primeiras temporadas

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[Este texto contém spoilers]

“Humans”, escrita pela dupla britânica Sam Vincent e Jonathan Brackley, é baseada na série sueca chamada “Real Humans”. A produção se passa em um presente alternativo onde o homem conseguiu criar uma nova tecnologia capaz de mudar as relações da sociedade. Os synths (sintéticos) são serventes automatizados desenvolvidos com a mais moderna e sofisticada tecnologia de inteligência artificial. Criados para servir ao homem, os mesmos são a invenção que toda família precisa ter.

A primeira temporada é divida em quatro arcos e introduz ao espectador como os synths são utilizados pela sociedade. No primeiro arco, Joe Hawkins (Tom Goodman-Hill) adquire uma sintética doméstica para tentar solucionar os problemas familiares que tornam a convivência na casa dos Hawkins incômoda. Porém, Anita (Gemma Chan) começa a apresentar comportamentos estranhos que fazem a família suspeitar da procedência dela (Anita). Ao longo da temporada, eles descobrem que a inteligência, na verdade, se chama Mia e que a mesma possui uma família.

O segundo, conta a história do Dr. Millican (William Hurt), um engenheiro aposentado que esteve envolvido na criação dos synths, que sofre pela perda da esposa Mary e que luta para que o Estado não substitua seu sintético Odi (Will Tudor), já que o doutor o vê como um filho. O terceiro arco, acompanha os policiais Pete Drummond (Neil Maskell) e Karen Voss (Ruth Bradley), que lidam com casos pequenos de roubo e alteração de synths. Porém, se veem envolvidos numa trama perigosa ao investigar um acidente suspeito envolvendo Niska (Emily Berrington), uma inteligência utilizada como sex worker, e o cliente da mesma. Tal fatalidade faz com que os detetives questionem se o acidente foi apenas um defeito de programação ou se há outros desdobramentos por trás da tal morte.

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O quarto arco, é apresentado para justificar os comportamentos estranhos dos synths como Anita e Niska. Elas, assim como Fred (Sope Dirisu) e Max (Ivanno Jeremiah), são sintéticos que possuem consciência e que foram criados por David Elster (Stephen Boxer), pai de Leo Elster (Colin Morgan). Leo, juntamente a Max, tenta localizar Fred, Mia e Niska, que foram sequestrados. Através de flashbacks, é contado como e qual o propósito por trás da criação dos três sintéticos citados mais o Max. Criados para pensar e sentir, os synths com consciência seriam o próximo passo da evolução, e por isso são perseguidos pelo Professor Hobb (Danny Webb) que deseja compreender como o personagem de Boxer conseguiu criar tal tecnologia, para assim fabricar mais como esses.

Ao longo da primeira temporada os arcos se entrelaçam e começam a revelar ao espectador os segredos que envolvem a criação dos sintéticos com consciência. Além disso, a série inicia debates interessantes, como a substituição de pessoas por máquinas em postos de trabalhos, as relações homem-synth, e os vários significados de humanidade. Ao fim desta primeira parte, Niska decide seguir sozinha e tentar ter uma vida normal entre os humanos, enquanto Max, Mia e Leo escondem a verdadeira natureza. Niska, torna-se uma das peças principais do enredo da segunda temporada, porque ela copia o código capaz de tornar os synths conscientes e o ativa. Porém, a mesma não obtém o resultado esperado. Ao invés de dar consciência para todos os sintéticos, apenas alguns começam a adquiri-la.

Max, Mia e Leo, descobrem que alguns synths adquiriram consciência e começam a localizá-los para ajudá-los. No entanto, eles não são os únicos em busca dos sintéticos. Na segunda temporada, novos personagens são introduzidos, entre eles a Dra. Athena Morrow (Carrie-Anne Moss), que dedica a carreira a V, um software de inteligência artificial, que é inspirada na filha da mesma. A doutora é contratada por Milo Khoury (Marshall Allman), dono da empresa Qualia, que almeja assim como o Professor Hobb, criar synths com consciência. Enquanto Leo tenta resgatar os novos sintéticos, Qualia passa a persegui-los para estudá-los.

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Longe de toda essa trama, a família Hawkins viva tranquila no subúrbio londrino, porém a paz é interrompida quando Niska vai até Laura Hawkins (Katherine Parkinson) pedir ajuda ao perceber que há synths com consciência que precisam de alguém para orientá-los. A ideia da inteligência é se entregar as autoridades e finalmente ser julgada pelo acidente/homicídio que cometeu na primeira temporada. A intenção da mesma é mostrar aos sintéticos que existem outros como eles e revelar a sociedade que os que possuem consciência existem e possuem direitos tais como os humanos.

Antes do julgamento, Niska precisa provar que possui consciência, que ela, assim como os seres humanos, tem pensamentos e sentimentos. Durante a avaliação, ela não apresenta nenhuma reação aos estimuladores e Laura começa a ficar preocupada com o destino da mesma, até que ela percebe que a IA (inteligência artificial) apresenta alguns hábitos, então ela decide investigar a fundo tais comportamentos e encontra algo, ou melhor alguém capaz de mostrar a humanidade de Niska. Laura coloca-a frente a frente com o seu amor, Astrid (Bella Dayne). Através desse reencontro Laura consegue provar que a sintética é capaz de se apaixonar e ter outros sentimentos humanos. Apesar de todas as provas que confirmam a consciência dos synths, Niska percebe que a sociedade nunca irá aceitá-los como indivíduos iguais, portanto, ela decide fugir.

Entre a avaliação e a fuga, Niska, Leo e Max continuam a resgatar e proteger synths. Mattie Hawkins (Lucy Carless) começa a dedicar-se a programação de sintéticos. Toby Hawkins (Theo Stevenson) faz uma nova amizade, Renie (Letitia Wright), uma adolescente que se comporta como um synth. Drummond e Karen investigam um novo caso que envolve um recente projeto da Qualia. Mia se apaixona, tem o coração partido e retorna aos Hawkins como Anita, e ao ter os sistemas reiniciados decide que humanos não são confiáveis.

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Leo, Max e Hester (Sonya Cassidy) descobrem que Qualia possui um laboratório onde mantém os sintéticos capturados e elaboraram um plano junto com Mia e Mattie para resgatá-los, porém falha e diversos synths morrem. Dra. Athena Morrow começa a questionar o trabalho e decide destruir a pesquisa. Niska está prestes a fugir com Astrid, mas é incentivada pela amada a retornar para a família já que eles precisam de ajuda. Hester invade a casa do Hawkins e ameça a vida de Laura. Mia, Mattie e Leo buscam formas de detê-la. Mia se sacrifica na tentativa de salvar o personagem de Morgan. Para reiniciar os sistema de Mia, todos decidem rodar o código que dá consciência aos synths. Mas ao invés de apenas acordá-la, eles criam um exército de sintéticos com consciência. A temporada termina e deixa o expectador se perguntando: como a sociedade irá reagir a esse novo avanço tecnológico?

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando