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Hoo editora e a representatividade LGBTQ+ dentro de um dos maiores grupos editoriais do Brasil

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Lançada em agosto de 2015 com o propósito de ir além no que dizia respeito à literatura LGBTQ+ no Brasil, a Hoo Editora aprendeu com os próprios autores e, aos poucos com o público, a dialogar com leitores de literatura LGBTQ+ de forma inovadora no país. Seus editores já sabiam que tudo que os autores brasileiros precisavam era de uma plataforma e foi assim que esta foi criada originalmente, dedicada a publicar autores queer nacionais. Aos poucos foi crescendo, até começar a trazer autores internacionais pedidos e adorados por seus leitores.

https://www.facebook.com/hooeditora/videos/522764064889207/

Recentemente, a Hoo passou por um processo de redescoberta com a própria imagem editorial. Foi a transformação desta em selo editorial do grupo Universo dos Livros que possibilitou não só uma injeção de novos ares à editora, como a contratação de um novo quadro de funcionários, a adição de novos autores e a possibilidade de participação em eventos literários que a transformaram também em um espaço seguro para leitores do país.

A representatividade em produções audiovisuais na América Latina

Sua participação na FLIPOP – Festival de Literatura Pop 2018 foi um dos momentos em que leitores se sentiram abraçados pela editora da mesma forma que os autores se sentem. Desde seus brindes, até as mesas promovidas pela Hoo, essa criou um espaço em que o leitor podia ser quem ele era e se encontrar em personagens e autores exatamente igual a eles. Discussões como a da mesa “LGBT Além do G” com Tatiany Leite, Duds Saldanha, Amara Moira e Larissa Ibúmi Moreira trouxeram possibilidades de inclusão que criaram um mundinho próprio dentro do evento, um do qual todos que assistiam não queriam sair.

Ainda não existe confirmação sobre a presença da editora na Flipop 2019 que acontece de 2 a 4 de agosto, mas interessados podem acompanhar as novidades no site do evento.

Sexualidade, religião e representatividade em “Desobediência” e “O Mau Exemplo de Cameron Post”

Todos os passos tomados pela Hoo sempre foram focadas em trazer a representatividade LGBTQ+ não só para a literatura como para a vida, lembrando do momento político em que estamos para promover ações como a mais recente #UseSuaVoz, lançada durante a campanha eleitoral à presidência em 2019. Na época, a editora também relançou o livro da autora Amara MoiraSe eu fosse puta” em uma versão atualizada que censurava a última palavra do livro para “pura” focando na possibilidade de censura que se aproximava nos discursos dos candidatos à presidência.

Freeform e o conteúdo LGBTQ+

Entre outros livros escritos pela editora de autores brasileiros estão “Vozes Transcedentes” de Larissa Ibúmi Moreira e “Diário de P. Landuci” da P. Landuci. Entre os autores internacionais, a Hoo foi responsável por trazer para o Brasil Julie Anne Peters autora apresentada no LesBIndica, com o livro “Não Conte Nosso Segredo”, apresentado na Pro Mundo (Out!); Adam Silveira, autor de “História é Tudo que Me Deixou” e Simon James Green, autor do título mais recente da editora, “De Mal a Pior”.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

LesB Indica | Badhaai Do – uma salada de casamento de fachada, confusão familiar e amor

No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando