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Cinema

Cinco documentários para saber sobre a história do movimento LGBTQIA+

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O mês do orgulho LGBTQIA+ está terminando, mas é sempre bom lembrar que devemos ter orgulho todos os dias e também ter orgulho da nossa história. Por esta razão, montamos esta lista com cinco documentários que mostram a trajetória da comunidade e de mulheres importantes até os dias de hoje. Confira:

As melhores séries com personagens femininas LGBTQIA+ de 2022 até o momento

1. A Morte e Vida de Marsha P. Johnson (2017)


Marsha P. Johnson foi uma mulher transgênero primordial na Revolta de Stonewall em 28 de Junho de 1969. Nesse documentário, a ativista Victoria Cruz tenta iluminar a história de Marsha e desvendar os mistérios que cercaram sua morte em 1992. Victoria vai atrás de pessoas que conheceu e conviveram com Marsha para entender sua vida e também a forma como ela morreu.

O documentário tem 1h45min e está disponível na Netflix.

2. Equal (2020)


A série documental mostra em quatro episódios movimentos marcantes para a história da comunidade. O primeiro capítulo exibe a criação da primeira organização em favor dos direitos civis e políticos de mulheres lésbicas em São Francisco, nos Estados Unidos, em 1955. A produção desvela, de maneira ainda que ficcional, diversos outros momentos na história dos direitos LGBTQIA+. Billy Porter, o Pray Tell de “Pose”, é o narrador de “Equal”, que também conta com grandes nomes no elenco interpretando personagens históricos.

“Equal” está disponível na HBO Max.

Revista LesB Out!

3. PRIDE (2021)


Assim como “Equal” da HBO Max, “Pride” é uma série documental que apresenta diversos momentos na luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+ nos Estados Unidos. Os eventos são separados por décadas em seis episódios, começando na década de 1950 até os anos 2000. Um dos episódios, referente aos anos 1970, é dirigido pela filmmaker Cheryl Dunye, conhecida pelo filme “The Watermelon Woman”.

“Pride” foi indicada ao Prêmio GLAAD em 2022 e está disponível no Star+.

4. Laerte-se (2017)


O documentário conta a história de Laerte, a cartunista brasileira e sua transição aos 58 anos. Laerte aborda as discussões sobre gênero após sua transição, como foi se apresentar como mulher para sua família e seu público.

“Laerte-se” tem 1h40min de duração e está disponível na Netflix.

Review | The First Lady – minissérie sobre as primeiras-damas

5. Cássia Eller (2014)


A vida e trajetória musical de um dos maiores fenômenos da música nacional é contada aqui. O filme intercala relatos de amigos, familiares e outros músicos que conviveram com Cássia ao longo de seus 39 anos. A produção conta sobre a sexualidade de Cássia (assumidamente bissexual) e sobre o relacionamento mais duradouro que ela teve com Maria Eugênia, e também o caso inédito em que, após a sua morte, a guarda do filho foi concedida à sua companheira, sendo o primeiro caso do tipo.

O documentário de 1h53min está disponível no Globoplay.

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Cinema

Crítica | Badhaai Do: Casamento por Conveniência – produção que aquece o coração

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“Badhaai Do: Casamento por Conveniência” se passa na Índia e é dirigido e roteirizado por Harshavardhan Kulkarni. Cansados da pressão familiar para que se casem, Sumi (Bhumi Pednekar), professora de educação física e lésbica, e Shardul (Rajkummar Rao), um policial gay, decidem se casar e viver um casamento de fachada.

O longa tem duas horas e meia de duração, mas não chega a ser maçante. Com muita comédia, momentos musicais e cenas fofas (tanto de Sumi com sua namorada quanto de Shardul com seus namorados), a narrativa, mesmo tratando de um tema delicado em uma sociedade fechada para sexualidades além da heteronormatividade, ainda é leve e nos deixa com o coração quentinho.

Honestamente, amo musicais e filmes que têm trilhas sonoras que conversam com a narrativa, e “Badhaai Do: Casamento por Conveniência” entrega isso. As músicas complementam a história e trazem todo o charme dos filmes indianos, com direito a flash mobs em que os atores entregam tudo na dança, até o espectador fica com vontade de dançar junto.

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Ao longo da trama, o que era apenas uma convivência forçada se torna uma amizade entre Sumi e Shardul. Eles, que não conviviam com mais pessoas da comunidade, acabam se tornando uma rede de apoio um para o outro. Gostaria de ter visto mais disso no filme, já que, de todas as relações existentes, essa é uma das mais interessantes e menos exploradas.

Sumi é uma mulher lésbica sem muita experiência em flertar com outras mulheres e sem amigas sáficas para compartilhar as dores e delícias de amar mulheres. Durante o início do filme, conseguimos acompanhar essa jornada solitária: a procura por um amor em aplicativos de relacionamento, os passeios sozinha durante a lua de mel e as decepções amorosas. É bonita a narrativa da Sumi, e é muito gostoso acompanhá-la se apaixonando.

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“Badhaai Do: Casamento por Conveniência”, apesar de ser um filme de comédia, toca em pontos importantes da vivência LGBTQIA+ dentro do armário e também da vivência lésbica. É um filme em que você ri, chora, se apaixona pelos personagens e, no fim, termina de coração quentinho, querendo assistir de novo.

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Crítica | Brenda Lee e o Palácio das Princesas – um musical bibliográfico que vale a pena

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“Brenda Lee e o Palácio das Princesas” é um musical bibliográfico que conta a história da ativista transgênero, Brenda Lee. O filme é uma peça teatral, que foi adaptada para o audiovisual, e carrega muito das duas linguagens, mesmo com muitos diálogos a narrativa, não fica cansativo, já que intercala com músicas cantadas pelas próprias atrizes.

LesB Saúde | Prevenção de ISTs para mulheres

O longa é gravado em uma espécie de galpão, que é dividido em cenários pequenos e com poucos objetos cenográficos, brincando com a imaginação dos espectadores. O cenário onde acontecem a maioria dos momentos musicais do filme, por exemplo, é feito com uma cortina de franjas que reflete a cor das luzes que estão sendo usadas na cena e isso faz a magia dessas cenas acontecer. 

Sobre a fotografia, é interessante perceber que vemos câmera fixa nos momentos de entrevista com a Brenda Lee, remetendo a linguagem documental, já em outros, temos a câmera bem solta acompanhando o andar das personagens, principalmente nas cenas musicais. As músicas de “Brenda Lee e o Palácio das Princesas” são um espetáculo à parte, sendo muito bem interpretadas pelas atrizes e com boas composições que compõem a narrativa. 

O longa tem três diretores diferentes, Zé Henrique de Paula, como diretor geral da obra; Laerte Késsimos, como direção audiovisual; e Fernanda Maia, como direção musical. Possuir três diretores em uma mesma obra, mesmo que em áreas diferentes, é um grande desafio, mas os três trabalharam bem juntos e conseguiram imprimir todas as linguagens que se propuseram a usar.

Brenda Lee foi uma figura real e muito importante durante a pandemia de HIV/Aids aqui no Brasil, inaugurando o Palácio das Princesas, a primeira casa de acolhimento para pessoas soro positivo na década de 80. Esse filme é uma grande homenagem a sua história e luta.

Resenha | De repente, namoradas – um romance leve que vale a pena

É importante lembrar das pessoas que lutaram antes, para que, hoje, possamos existir mais livremente.

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Crítica | Morte Morte Morte – terror e comédia em uma narrativa cativante e desafiadora

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“Morte Morte Morte” (“Bodies Bodies Bodies”) é um filme que mescla os gêneros de terror e comédia, provocando tensão nos espectadores e risadas genuínas. Após um período afastada de seus amigos, Sophie (Amandla Stenberg) decide que ir à festa que estão organizando durante um furacão é uma boa oportunidade para se reaproximar e entender como está sua relação com a própria família. Quando a noite cai e o tédio começa a aparecer, Sophie propõe que joguem um jogo chamado Bodies Bodies Bodies.

Dirigido pela cineasta holandesa Halina Reijn, também responsável por “Instinto” (2019), e produzido pela A24, conhecida por filmes como “Pearl” e “Midsommar” o filme conta com as atrizes Amandla Stenberg e Maria Bakalova, interpretando Bee, namorada de Sophie. Além disso, o comediante Pete Davison também participa, interpretando David, um dos amigos de Sophie.

O roteiro segue uma narrativa cíclica, acompanhando a dinâmica do jogo Bodies Bodies Bodies, no qual os personagens encontram um corpo, gritam e começam a discutir sobre quem é o assassino. Utilizando áudios do TikTok e algumas discussões triviais, mas que são extremamente importantes para os personagens, o roteiro satiriza a geração Z, trazendo o tom cômico do filme. É um roteiro simples, mas eficaz.

LesB Indica | The Morning Show – uma produção brilhante e certeira

Com uma fotografia intrigante que utiliza lanternas, celulares e pulseiras neon como métodos de iluminação, o filme se torna ainda mais misterioso, deixando boa parte do que é visto na tela em completa escuridão. Para além da iluminação, uma cena que chamou bastante a atenção é aquela que ocorre dentro do carro, em que a câmera fica fixa no meio dos personagens e gira para mostrar a reação de cada um diante dos acontecimentos.

LesB Cast | Temporada 3 Episódio 07 – tudo sobre “Com Carinho, Kitty”

Em “Morte Morte Morte”, Sophie é lésbica. No entanto, esse não é o ponto central da personagem. Ela é lésbica, está ciente disso, tem uma namorada e se sente confortável com sua identidade. A trama de Sophie e seus problemas não têm relação direta com sua sexualidade, e é muito interessante assistir a narrativas com jovens adultas sáficas em que o foco principal da trama não seja sua autodescoberta. São narrativas que mostram que temos uma vida para além de nossa sexualidade ou identidade de gênero.

O filme está disponível na plataforma de streaming da HBO Max.

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Bombando