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Review | The Wilds – Primeira Temporada

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Se você gosta de “Lost”, “Maze Runner” e tramas adolescentes, “The Wilds” é a escolha certa para você.

Nove garotas a caminho de um retiro no Havaí caem em uma ilha no meio do nada sem nenhum meio de comunicação e precisam se virar com as poucas coisas que se salvaram na queda para sobreviver até o resgate chegar. Um enredo batido, mas que conduzido do jeito certo, prende o espectador fazendo-o se apegar a cada uma das histórias por trás da queda do avião.

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A série começa com Leah (Sarah Pidgeon) em uma sala de interrogatório falando que o verdadeiro pesadelo da vida das garotas não foram os dias passados na ilha, e sim as suas vidas reais antes do acidente “ser uma adolescente nos Estados Unidos – esse é o verdadeiro inferno na terra”. Com isso, conseguimos entender a intenção da produção, que reveza entre os acontecimentos na ilha, os interrogatórios após o resgate e flashbacks da vida das garotas antes de tudo virar de cabeça para baixo.

Leah é obcecada por seu antigo relacionamento com um escritor de 30 anos que acabou com tudo assim que descobriu que ela era menor de idade. Fatin (Sophia Ali) lida com todos as pressões impostas por sua família indo em festas e dormindo com o primeiro garoto que aparece em sua frente. Dot (Shannon Berry) vende drogas para seus colegas de classe e cuida de seu pai doente. Shelby (Mia Healey) é uma jovem de origem extremamente religiosa que participa de concursos de beleza e luta consigo mesma para aceitar quem realmente é. Rachel (Reign Edwards) era mergulhadora profissional, mas foi dispensada por sua treinadora por não ter mais o “corpo ideal” e desenvolveu um transtorno alimentar depois disso, preocupando Nora (Helena Howard), sua irmã gêmea, a todo instante. Toni (Erana James) joga basquete e possui problemas de raiva, que arruínam grande parte de suas relações, a não ser sua amizade com Martha (Jenna Clause), que tenta sempre a acalmar e ver o lado positivo de todas as situações.

Alerta de spoiler

Logo no primeiro episódio descobrimos que a queda não foi acidental, e sim parte de um experimento de Gretchen (Rachel Griffiths) para mostrar que mulheres conseguem se organizar melhor em sociedade do que homens, com a ajuda de duas infiltradas, uma delas sendo a nona menina, Jeanette (Chi Nguyen), que morre logo após chegar na ilha. Sendo assim, o verdadeiro mistério de “The Wilds” não está no avião, e sim em como cada uma delas foi escolhida, como o experimento é realizado e o que aconteceu durante o tempo na ilha que afetou todas as garotas de formas diferentes.

Review | Encontro – Primeira Temporada

Por se tratar de uma série de sobrevivência, algumas cenas podem ser desagradáveis para aqueles que são sensíveis a sangue e vômito, mas não há nada muito pesado que os impeça de conseguir assistir aos episódios. A trama também aborda assuntos delicados como transtornos alimentares, citado anteriormente, pedofilia, assédio, homofobia e suicídio.

“The Wilds” até poderia ser um desastre, ou só mais um pouco do mesmo de sempre, mas graças a seu elenco diverso, tanto fisicamente, como na personalidade das personagens, atuações que se destacam igualmente em momentos diferentes e a abordagem inteligente de Sarah Streicher (“Demolidor”), se torna uma produção cativante e muito gostosa de assistir.

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A primeira temporada de “The Wilds” conta com dez episódios e já está disponível para assistir no Amazon Prime Video.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando