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Review | Rebelde (2022) – Primeira Temporada

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Produzir qualquer coisa usando a marca Rebelde, pode ser considerada uma bênção ou uma maldição, a atenção que a obra recebe é diretamente proporcional ao peso da comparação com aquele que foi um dos maiores fenômenos da música e audiovisual latino.

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A versão mexicana de Rebelde, lançada em 2004, junto com a banda RBD, foi parte da infância e adolescência de muitos de nós e por isso, acredito que a Netflix foi pontual em como abordar essa história, enaltecendo e tratando com respeito o legado do RBD e dando a chance de nos apaixonarmos por uma nova geração de… vamos ser honestos… adolescentes mimados que frequentam o Elite Way School (ou EWS, para não ficar cringe haha).

Então ajeita aí o nó da gravata e vem comigo saber o que a gente achou!

Logo de cara conhecemos, de forma até acelerada, quem são aqueles que mereceriam a nossa atenção, seja na trama, ou na competição musical que dita o ritmo dessa temporada. A Batalha das Bandas é o contexto que une nossos protagonistas, sejam como colegas de grupo, ou como rivais. 

Enquanto as meninas do quarto 206, Jana (Azul Guaita Bracamontes), M.J (Andrea Chaparro) e Andi (Lizeth Selene) se identificam de cara e começam a criar um laço de amizade, no quartos dos meninos, Dixon (Jeronimo Cantillo) e Estebán (Sergio Mayer Mori) sofrem com a arrogância de Luka (Franco Masini), que se acha o melhor apenas por ser um Colucci, assim como Mia (interpretada por Anahí na versão de 2004).

Nossos seis protagonistas, junto dos veteranos Emília (Giovanna Grigio) e Sebas (Alejandro Puente), se envolvem em um roteiro recheado de rivalidade, seja musical, por causa de interesses amorosos, relações familiares ou até por um passado complicado, mas que em sua curta temporada, peca ao entregar uma trama corrida e extremamente superficial na construção de alguns arcos. 

Jana e Estebán, em teoria são o casal principal, mas a falta de química entre os atores e a forma vazia como seus personagens são desenvolvidos fazem deles o ponto mais fraco da história. Juro que até agora não entendi de fato porque a mãe do Estebán o deixou (será que é porque ele é chato? Nesse caso estaria ela errada? Não sei.) e confesso que seria muito mais interessante ver Jana tentando se provar fazendo a transição para uma carreira mais adulta, do que vê-la mandando e desmandando no grupo com os seus mil planos mirabolantes.

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Por outro lado, Dixon baby e MJ foram uma grata surpresa, ver o lado soft do rapaz contrastado com a imagem que ele passar como rapper, e a forma carinhosa e protetora com que ele se apegou a inocente garota, me fez torcer por eles de cara, isso sem mencionar o quanto a personagem dela é divertida, gostável e sendo bem honesta, a mais talentosa ali.

Falei ali em cima sobre o fraco desenvolvimento de alguns enredos, e talvez as únicas que não sofreram com isso foram Emília e Andi, inclusive, ouso dizer que a brasileira teve, talvez, o melhor desenvolvimento da trama, que pontuou desde muito cedo os seus objetivos, o que ela faria para alcançá-los, dando os motivos de suas decisões e fazendo com que todas as nuances do seu relacionamento com Andi fossem interessantes de acompanhar, isso é claro dentro da realidade de uma série de oito episódios curtos. 

Agora Luka e Sebas merecem o destaque que tiveram, os dois personagens são os que movem a trama, seja com a arrogância por serem de famílias importantes, com sua relevância dentro da hierarquia do colégio e principalmente, em sua relação com a seita… podemos dizer que eu amei odiá-los e já quero ver o que nossos pobres meninos ricos nos reservam pro futuro. 

Confesso que as performances musicais deixaram um pouco a desejar, exceto pelas excelentes performances da MJ com “Si Una Vez” e Lo Siento” (junto com Sebas), o resto foi bem mais ou menos, mas quem sabe melhora, afinal a gente aguentava o Ucker né rs.

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Falando nisso, com relação às referências à novela, queria dizer que é BIZARRO o quanto aqueles uniformes ou aquele chapéu rosa significam para nossa geração, (ou generación 😉 ) e cada cena daquele mural, ou com os personagens usando esses itens mexem diretamente com a gente. O estúdio lá pegando fogo e eu PELO AMOR DE DEUS NÃO DEIXA QUEIMAR AS GRAVATINHAS. Inclusive chorei na performance final sim e é isso!

Também gostei muito de ver Celina (Estefania Villarreal) e Pílar (Karla Cossío) de novo, inclusive ,Pílar não mudou NADA NÉ GENTE, continua chata, como pode? E ver o retorno da seita, mesmo que de forma muito subjetiva em seus atos e alvos, foi uma forma inteligente de se usar de algo que já existia e era de conhecimento do público para criar um conflito prático para a série sem gastar muito tempo explicando. 

Sim, estou aqui de novo reclamando de tempo, pois muito curto esse trem, ainda bem que a Netflix já confirmou a segunda temporada e nós teremos mais dos nossos novos Rebeldes em breve!

E vocês, o que acharam da série? Já estão prontos para pegar uma segunda graduação em espanhol pelo EWS?

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando