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Review | Aruanas – Segunda Temporada

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No final de 2021 tivemos a estreia da segunda temporada de “Aruanas”, série da Globoplay, que conta a história de luta da ONG Aruana, através das vivências diárias das protagonistas Natalie (Débora Falabella), Luiza (Leandra Leal), Verônica (Taís Araújo) e Clara (Thainá Duarte), e mais um elenco de grandes personalidades.

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Esta temporada nos apresenta a cidade de Arapós, onde uma petroleira, por meio da devastação do descarte de insumos tóxicos e exploração do petróleo, causa resultados catastróficos na cidade e saúde da população local.

Nesta continuação, “Aruanas” luta, principalmente, contra a MP 795, medida que é tramitada na surdina e que isentará um trilhão de reais em impostos a favor de uma matriz energética poluente. Uma verba que cabe à educação, saúde, segurança e preservação do meio ambiente, que será retirada em prol desta ação. 

É chocante como esses vilões fazem da administração pública algo controlado e corrompido por políticos capitalistas que só se importam com a exploração diária de bens nacionais, ao ponto de fomentar uma CPI  (que tem por objetivo fiscalizar, investigar e controlar a administração pública) para investigar as ações de ONGs no Brasil.

Nesta temporada conhecemos o ponto fraco da Olga (Camila Pitanga), sendo este sua ex-namorada, a ativista Ivona (Elisa Volpato). E não podemos deixar de citar a química que elas possuem seja nas cenas de conflito ou de afeto, movido por toda a sensualidade das duas, você, telespectador, se envolve de tal forma que sente a emoção do outro lado da tela. E mesmo odiando essa vilã, você torce por um final feliz. Vale acrescentar que elas protagonizaram uma das cenas mais comentadas no twitter. 

É preciso salientar a importância de vermos que uma relação tóxica e manipuladora pode vir de todo o tipo de casal, sejam casais de pessoas do sexo oposto ou do mesmo sexo. E como é lindo ver a Clara em uma relação construída na base do respeito, aos desejos e vontades que surgem ao longo da sua caminhada.

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Por falar em casais, foi ótimo acompanhar todo o envolvimento da Natalie com Enzo, o prefeito da Cidade de Arapós, interpretado pelo Lázaro Ramos. Ver os casais desenvolvidos nesta temporada, dá até vontade de se apaixonar. 

Vemos também grandes conflitos da Luiza que, além do seu trabalho brilhante no ativismo, tem a sua parte mulher e mãe, mostrando o quão angustiante é uma separação, e a saudade de um filho. E por fim, Verônica, que mesmo não estando presente presencialmente nas questões da ONG, na primeira parte da temporada, atua dando todo o suporte nas questões legais com orientações. E quando chega, solta falas que merecem ser aclamadas: “Criminalizar movimentos sociais é um mecanismo perigoso à democracia”.

Os recursos utilizados pelas frentes criminosas, como o discurso racista da Olga, agindo como se o prefeito da cidade fosse um garçom ou de cargo inferior pela sua cor. Além dela se dizer anti-feminazi, sendo uma das personalidades de símbolo mais feministas da produção da mulher dona de si, workaholic, que sabe o seu poder e potencial e que não precisa de ninguém.

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E afinal, falta muito para terceira temporada? Há tempos não me via assistindo uma produção tão completa. A segunda temporada de “Aruanas” é, sem dúvidas, espetacular, seja pelo roteiro, com falas didáticas e tão necessárias; pela fotografia, com tons e iluminações cuidadosamente ornados; a sonoplastia, com a escolha de uma trilha sonora tão devastadora e que molda os cenários de diversas cenas como de suspense, drama e principalmente, sensuais ao som de Liniker, Tuyo e tantos talentos listados. 

Uma direção e atuações que exploram a angústia, a força, e a garra de cada objeto de cena. Enquanto não temos previsão de data da próxima temporada, assistam essa brilhante continuação. Garanto que vai deixar um gostinho de quero mais!

Viviane Marques é paulistana, formada em marketing e amante da arte. Atualmente estuda teatro para formação e é bailarina por paixão. Vive em constante desconstrução e escrever é uma forma de sobreviver ao dia a dia e as constantes mudanças no mundo.

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Review | Sem Resquícios – Primeira Temporada

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Uma imigrante ilegal mexicana e uma cigana encontram um cadáver em um país europeu. Quais as chances de acreditarem que elas não são as culpadas pelo assassinato? É deste tema que se trata a série da Amazon Prime, chamada “Sin Huellas”, traduzida como “Sem Resquícios”, dirigida por Paco Caballero, Samantha López Speranza, Koldo Serra e Gemma Ferraté.

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A trama apresenta Desi (Carolina Yuste), uma mulher livre, lésbica e divertida, que sabe aproveitar bem a vida noturna da cidade, e é muito engraçada; ela é aquela amiga louca e descontrolada que sempre está pronta para te apoiar com unhas e dentes. E Cati (Camila Sodi), uma mexicana imigrante, doce e até inocente demais, que chegou na Espanha com o objetivo de ganhar dinheiro e trazer a sua filha e a sua mãe para o país e prover uma vida melhor e um futuro diferente para a filha, além de tentar manter o seu casamento com um encostado.

Essas amigas, extremamente atrapalhadas, dividem um apartamento e trabalham juntas em uma empresa de limpeza. Logo no início da série, elas descobrem que a empresa onde trabalhavam, de forma terceirizada, declarou falência e ambas estavam demitidas.

Na busca de encontrar um trabalho rápido, acabam aceitando uma oportunidade de limpar a casa de uma família milionária. Ao serem contratadas, descobrem que, na verdade, ali foi a cena de um crime, se deparam com um corpo de mulher recém assassinada e para piorar, pegam acidentalmente uma mala cheia de euros e placas de ouro, que seriam destinadas a uma gangue de assassinos russos.

É, neste momento, que elas se dão conta que devem se livrar da culpa de um assassinato que não cometeram e de russos que querem matá-las por terem roubado o dinheiro destinado a eles. Como podem se livrar desta confusão ao qual foram colocadas e ainda saírem vivas? Uma certeza é que “Sem Resquícios” garante boas risadas e surpresas, com uma comédia de muita qualidade, ação e um casal sáfico com uma química extrema.

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Ao sermos introduzidos ao núcleo policial, fica claro que a policial investigadora do caso é a ex-namorada da Desi. Claro que, ao longo dos episódios, surge a necessidade de saber mais sobre a relação de Desi e Irene (Silvia Alonso), a policial que entra na história investigando o crime e acaba se tornando cúmplice na busca de comprovar a inocência das meninas.

Acompanhamos pequenos flashbacks sobre a relação delas, o motivo da separação e o dia a dia dessa construção. A química das atrizes é muito forte e através do olhar expressam os sentimentos. Inclusive, os diálogos são bem elaborados.

Esta produção é uma indicação excelente para o final de semana, contudo, apenas para quem tem estômago “forte”, já que algumas cenas fortes e sangrentas fazem parte desta comédia espanhola.

Com um elenco de rosto conhecidos, por quem consome produções espanholas, um roteiro incrível, uma trilha sonora dançante e aqueles puxões de orelha nos preconceitos e temas tabus, que são abordados de forma inteligente, “Sem Resquícios” é uma produção que vale muito a pena.

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Review | Grease: Rise of The Pink Ladies – Primeira Temporada

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“Grease: Rise of The Pink Ladies” é uma série de musical romântica dramática criada por Annabel Oakes (“Awkward”). A produção é um prequel do musical de mesmo nome, lançado em 1978. A série é ambientada em 1954, quatro anos antes da história de amor entre Danny Zuko e Sandy Olsson. Enquanto a gangue dos T-Birds já existe, a narrativa se propõe a mostrar como a gangue das Pink Ladies surgiu.

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A narrativa acompanha a vida de Jane (Marisa Davila), uma adolescente que namora secretamente o quarterback Buddy (Jason Schmidt) até que ele permite que a escola inteira acredite em rumores inapropriados sobre ela. Em uma cidade onde cada pessoa é definida por sua reputação, isso a deixa alucinada para reparar o que as pessoas pensam sobre ela. Dessa forma, acaba se unindo a mais três párias sociais: Olivia (Cheyenne Isabel Wells), Cynthia (Ari Notartomaso) e Nancy (Tricia Fukuhara).

Olivia é uma estudante inteligente que manchou sua reputação no ano letivo anterior ao se envolver romanticamente com um professor. Nancy é uma aspirante a designer de moda e uma esquisita socialmente que foi largada pelas amigas por causa de garotos. Por fim, tem Cynthia, que sonha em se juntar aos T-Birds e vestir orgulhosamente a jaqueta de couro. Com o intuito de iniciar uma revolução no Rydell High, elas criam a gangue de garotas Pink Ladies.

A personagem de Notartomaso é uma verdadeira moleca e não performa feminilidade. Quando ela é obrigada a entrar no grupo de teatro (por causa das confusões que as Pink Ladies cometeram), acaba conhecendo Lydia (Niamh Wilson), uma atriz dedicada e totalmente confiante de suas habilidades artísticas, que a princípio desaprova as aptidões de Cynthia.

Em uma energia “enemies to lovers”, Cynthia e Lydia são forçadas a treinar falas da apresentação do clube de teatro todos os dias, o que aflora os sentimentos das duas. Da hostilidade pura e muitos beijos de “brincadeirinha”, começam a desenvolver sentimentos reais uma pela outra. Além delas serem um casal bem explorado e com bastante química, apesar de escondido por causa do contexto da época, Cynthia protagoniza um momento de saída do armário sensível e genuíno ao lado de uma das suas melhoras amigas Nancy.

“Grease: Rise of The Pink Ladies” é uma série que sabe mesclar bem a década de 1950 com referências ao mundo moderno da geração Z. As músicas não são muito cativantes se comparadas ao musical original, no entanto, a história da produção conquista nos detalhes: as menções ao filme, o grupo de garotas encantador e principalmente, a representatividade e diversidade do elenco.

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Infelizmente, a produção foi cancelada com apenas uma temporada e sairá do streaming da Paramount+ nos próximos dias. A série não teve a oportunidade de encontrar seu público ideal e explorar ainda mais a história das personagens principais, que individualmente e coletivamente, possuíam muito potencial.

Leve e revigorante, a produção conseguiu debater temas como racismo e sexismo, e ainda entregar cenas nostálgicas para quem acompanhou a história de amor de Danny e Sandy. “Grease: Rise of The Pink Ladies” tinha uma potencialidade absurda de brilhar, mas, para a tristeza do público, a série acabou cedo demais e só deixou a saudade do que poderia ser uma narrativa épica.

LesB Nota
  • Roteiro
  • Direção
  • Personagens
4.7

Sinopse

Um spinoff do musical original de John Travolta e Olivia Newton John de 1978.

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Review | Dois Tempos – Primeira Temporada

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A nova série nacional da plataforma Star+ foi lançada dia 10 de maio e carrega o nome “Dois Tempos”, a trama mostra a vida de duas garotas separadas por um século, que um dia trocam de corpo. A obra da diretora Vera Egito conta com as protagonistas Paz (Sol Menezzes), uma influenciadora digital de 2022, e Cecília (Mari Oliveira), aspirante a escritora de 1922.

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Como o nome já diz, as duas garotas são de épocas diferentes e em uma noite, frustradas com suas respectivas realidades, fazem um apelo ao universo para que possam ‘ser livres’, assim elas trocam de corpo. A influencer vai para 1922, onde se encontra em um casamento por conveniência e uma família um tanto suspeita, e logo entende o que aconteceu e começa a procurar uma forma de voltar a sua realidade.

Enquanto isso, Cecília aproveita as maravilhas do mundo novo. Junto ao amigo de Paz, Tiago (Leonardo Bianchi), ela vai até o centro cultural de Água Marinha, onde conhece sua paixão, Maria (Pâmela Germano). Nesse primeiro encontro, elas tem uma forte conexão, mas, ao decorrer dos acontecimentos, a relação passa a ter muitos altos e baixos em um curto período. É interessante ver que em “Dois Tempos” as coisas não são por acaso e os acontecimentos estão conectados entre as épocas.

Em 2022, a cidade de Água Marinha é apresentada como a terra das mulheres fortes que lutam e protegem umas as outras, mas é quando Paz está em 1922 que podemos ver como a modernidade nas atitudes da garota ‘influenciam’ as mulheres a sua volta, moldando aquele lugar aos poucos para se tornar o que vemos com Cecília em 2022.

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A produção tem oito episódios e flerta muito com a comédia, mas não deixa de explicar como as coisas acontecem, como o fato de Maria possuir o antigo caderno que Cecília escrevia, o que se torna a única forma de comunicação entre os dois tempos e ajuda a garota a acreditar que aquilo realmente era verdade. O final fica aberto para uma continuação, mas nada ainda foi confirmado pela plataforma ou a empresa produtora.

LesB Nota
  • Roteiro
  • Direção
  • Personagens
4

Sinopse

Duas garotas misteriosamente viajam no tempo e vão parar uma no corpo – e no século – da outra.

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Bombando