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Pro Mundo (Out!) | Evelyn Hugo e a bissexualidade nos anos 50

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Mesmo quatro anos após o seu lançamento, “Os Sete Maridos de Evelyn Hugo” colhe os frutos de uma escrita impecável misturada a personagens extremamente interessantes, sendo sempre citado em conversas não só sobre literatura LGBTQIA+ como em qualquer gênero ou tema.

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Muito desse sucesso deve-se à forma honesta, crua e sincera que Taylor Jenkins Reid nos apresenta a sua protagonista, a famosa atriz da era de ouro do cinema americano, Evelyn Hugo.

O livro conta a história a partir de uma Evelyn já idosa que, ao não ter mais nada e nem ninguém a perder, decide revelar a verdade por trás dos detalhes de sua vida, carreira e todos os seus SETE casamentos. Começando por como a obstinada garota latina de Hell’s Kitchen usou o seu primeiro casamento para fugir de NY e do seu pai abusivo rumo a Hollywood. Realizou o sonho de se tornar uma grande atriz, encantou produtores e galãs com sua beleza estonteante, enfrentou o medo do ostracismo, as polêmicas e se apaixonou perdidamente por sua então amiga e companheira de telas, Celia St. James.  

“Porque eles são apenas maridos. Eu sou Evelyn Hugo. 

E, de qualquer maneira, acho que quando as pessoas souberem da verdade,

ficarão muito mais interessadas em minha esposa.”

A partir daí pudemos acompanhar a jornada de Evelyn em tentar conciliar a ideia de viver esse grande amor com a impossibilidade de se assumir para não arriscar a sua carreira e tudo aquilo que ela havia conquistado até ali. Celia e Evelyn não compartilham apenas do talento em frente às câmeras, mas também de personalidades fortes e marcantes que fazem desse casal um dos mais realistas e interessantes de se acompanhar. Obviamente os riscos da mídia descobrir o relacionamento, e os diferentes backgrounds e objetivos de vida, fazem com que o conturbado romance passe por altos e baixos, despedidas e reencontros, com muitos casamentos entre eles, como o nome do próprio livro já adianta, até a reunião final em que elas conseguem, pelo tempo que resta a elas, aproveitar e viver aquele amor sem as pressões sociais das décadas passadas.

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O mais interessante da narrativa, pelo menos para mim, é que você consegue de fato entender todos os pontos, os erros e acertos de cada uma dessas mulheres incríveis, você quer que elas vivam aquele amor, mas entende, pelo contexto, que seria impossível seguir suas carreiras se isso acontecesse, você entende as crises de ciúmes, as diferentes prioridades e principalmente a dificuldade de, em plenos anos 50, se rotular alguém como Evelyn, que sim, como tudo em sua vida, amou intensamente, seja homem ou mulher.

Roberta é pura série teen, filme de super heróis e música pop. Publicitária de formação, designer de profissão e entendida de cultura POP por paixão. Habitante do país Minas Gerais, mas que sonha em conhecer o mundo todo.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando