Todas as pessoas correm certos ricos quando se trata de saúde sexual. Entretanto, as que se identificam como LGBTQ+, são privadas de informações importantes sobre prevenção e acabam sendo expostas à infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) como, por exemplo, HIV, sífilis, gonorreia, clamídia, herpes genital, HPV e outros.
Para que ninguém entre nesse universo da diversidade sexual sem saber como lidar com essa parte importante da vida humana, temos aqui seis dicas para que você, dona/dono/donx de um aparelho genital feminino, possa aproveitar as vantagens de ser queer de forma segura e saudável, sem ter medo de ser feliz.
Pessoas não binárias ou que se identificam de outras formas, por favor, adaptem as seguintes dicas às suas respectivas realidades:
1. VÁ AO MÉDICO (A)
→ Antes de qualquer coisa, não se esqueça de procurar um(a) médico(a). O/A profissional vai te oferecer uma orientação personalizada e adequada às suas práticas sexuais.
2. SEJA VACINADA (O)
→ Vacinas protegem você das hepatites A e B (infeções graves no fígado) que podem ser transmitidas através do contato sexual. Também, é cimportante tomar a vacina contra o HPV. No SUS (Sistema Único de Saúde), meninas e meninos de 9 a 14 anos podem se vacinar gratuitamente. No particular, mulheres de 9 a 45 anos podem ser vacinadas e homens de 9 a 26 anos de idade.
3. PRATIQUE SEXO SEGURO
→ Infelizmente, não há muitas opções de preservativos e afins para proteger mulheres ou pessoas com órgãos sexuais femininos durante atividades sexuais homoafetivas. Então, as opções são:
• Durante o sexo oral: usar um pedaço de látex (dental dam/barragem dental), ou uma camisinha masculina cortada, ou uma folha de papel celafone.
• Durante a penetração digital-vaginal ou anal: usar uma luva de látex ou preservativo para dedos.
• Lave os seus brinquedos sexuais com água quente e sabão entre os usos e cubra-os com um preservativo.
4. FAÇA O TESTE!
→ Não faça sexo sem proteção, independentemente do gênero da pessoa que estará se relacionando contigo. Mas, caso você tenha tido algum tipo de atividade sexual sem proteção, a rede pública de saúde oferece testagens de infecções sexualmente transmissíveis gratuitamente. Caso não tenha um Centro de Testagem e aconselhamento no seu município ou estado, consulte o(a) seu/sua médico(a) de confiança, da rede pública ou particular, ele/ela irá te indicar como você deve proceder nessa situação.
→ Mesmo não tendo feito sexo sem proteção, é importante que você e seu/sua parceiro(a) façam testes regularmente, de acordo com as indicações do seu/sua médico(a).
→ Não se esqueça de que a PEP (Profilaxia Pós-exposição ao HIV) está disponível nos postos de saúde de todo o Brasil gratuitamente. O ideal é que você comece a tomar a medicação em até duas horas após a exposição ao HIV e no máximo após 72 horas. A eficácia da PEP pode diminuir à medida que as horas passam. Consulte o seu/sua médico(a) para mais informações.
5. LIMITE A QUANTIDADE DE ÁLCOOL QUE VOCÊ BEBE E NÃO USE DROGAS
→ Quando você está sob efeito de álcool e drogas, é mais provável que você corra riscos sexuais. Mas, se de qualquer forma, você optar por drogas injetáveis, não compartilhe agulhas.
6. CUIDE DA SUA SAÚDE MENTAL
→ O seu bem-estar mental e físico deve estar em perfeitas condições antes de você iniciar qualquer tipo de afetividade amorosa ou sexual. Você tem que se sentir bem consigo mesma(o) antes de iniciar qualquer tipo de relação com outra pessoa. Caso você esteja se sentindo mal, procure um profissional especializado em saúde mental e, se possível, busque o apoio de seus amigos e familiares.
Tendo essas seis dicas em conta, aproveite a sua vida e desfrute de tudo o que for confortável e agradável para você. Lembre-se, você não está sozinho(a)!
Lembrando que a coluna está aberta para sugestões e dúvidas. Qualquer coisa é só nos enviar por e-mail (contato@lesbout.com.br) ou por DM nas nossas redes sociais. Toda e qualquer pergunta será publicada em anônimo juntamente a resposta.