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Crítica | Em Um Bairro de Nova York – um bom musical com potencial para ser melhor

O filme conta a história de Washington Heights, um bairro majoritariamente latino de Nova York pelos olhos de Usnavi (Anthony Ramos), um jovem que imigrou da República Dominicana para os Estados Unidos quando era criança e sonha em voltar para seu país.

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“Em Um Bairro de Nova York”, adaptação do aclamado musical de Lin Manuel-Miranda, chegou mostrando que as produções musicais voltaram para ficar no mundo cinematográfico. Após anos de adaptações de peças da Broadway que não agradavam o público, o diretor, Jon M Chu, achou a fórmula para dar vida a esses espetáculos nos telões: um bom elenco de apoio e muitos números que não perdem a essência teatral.

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O filme conta a história de Washington Heights, um bairro majoritariamente latino de Nova York pelos olhos de Usnavi (Anthony Ramos), um jovem que imigrou da República Dominicana para os Estados Unidos quando era criança e sonha em voltar para seu país. Apesar de seus pais terem morrido, ele encontrou uma extensa família na vizinhança, que aos poucos é apresentada logo na primeira cena.

Cada personagem é essencial para nos aproximar mais dos acontecimentos do bairro. Conforme a trama se desenrola, entendemos que todos tem um sonho em comum: deixar de ser invisível em um país que se esforça para segregar os imigrantes. Inclusive sonhar é o principal enredo da trama, que gira em torno dos “sueñitos” (pequenos sonhos) dos moradores de Washington Heights.

Com músicas viciantes, cenas de tirar o fôlego e um elenco de peso, “Em Um Bairro de Nova York” faz você se sentir parte da narrativa. Assim como Usnavi, o público também sente que encontrou uma família entre aquelas figuras tão cativantes e unidas.

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Diferente de outras adaptações de musicais de palco para o cinema, a história em nenhum momento se torna maçante, pelo contrário. Tanto os números solos, quanto os que contam com um grande coro, são coreografados perfeitamente bem, mas sem perder toda a magia que só o teatro tem. Mesmo com algumas mudanças no roteiro original e descarte de algumas músicas para se adaptar melhor as telonas, a essência da produção continua a mesma do que era na Broadway.

Ainda assim, a escolha do que foi cortado e o que continuou, além do que foi acrescentado, poderia ter sido mais bem pensada, principalmente considerando que o filme continuou com quase três horas de duração. Em uma tentativa de deixar a trama mais inclusiva, alguns elementos, como um casal lésbico extremamente discreto formado por Dani (Daphne Rubin-Vega) e Carla (Stephanie Beatriz), foram adicionados, mas não desenvolvidos. Enquanto isso, a única música que não interfere em nada no decorrer da história, “Piragua”, foi mantida unicamente para contar com a participação de Lin no longa-metragem.

Em um ano conturbado para os fãs de teatro musical, que estão há meses sem ver um espetáculo ao vivo por conta da pandemia da Covid-19, a produção, que chega dia 23 de julho no catálogo do HBO Max, foi um presente surpreendente.

Elite e o casal Menbeka (Rebeka e Mencía)

De modo geral, “Em Um Bairro de Nova York” é um lembrete da importância da comunidade em nossas vidas. Sentir-se parte de algo faz toda a diferença, principalmente se temos pessoas para apoiar nossos sonhos e decisões. Os moradores de Washington Heights são calorosos de uma forma que só os latino-americanos sabem como ser, o que é algo emocionante de ver representado em uma produção mainstream.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando