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LesB Indica | Utopia Falls – produção de ficção científica com muito hip-hop, dança e casal sáfico

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“Jogos Vorazes” (2012) e “Divergente” (2014) foram duas obras que fizeram muito sucesso devido a sua narrativa distópica e pós-apocalíptica, e o que as duas tinham em comum além disso era nenhuma representatividade feminina LGBTQIA+. Entretanto, este ano, “Utopia Falls”, nova produção da Hulu, apresenta uma história semelhante as citadas anteriormente, porém, com muito hip-hop, dança e claro, casal sáfico.

Criada por RT Thorne (“Backstage”) e Joseph Mallozzi (“Stargate”), a série de ficção científica, acontece em um futuro distante, na última colônia da Terra, onde tem uma cidade chamada New Balbyl que é protegida sob uma cúpula, devido as consequências de uma grande guerra que matou todas as outras formas de vida (hello, “The 100”).

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A cidade é governada por uma autoridade conhecida como Tribunal e é dividida em quatro setores: Progresso, Indústria, Natureza e Reforma, sendo possível fazer uma análise crítica e associação com as diferentes classes sociais presentes no nosso país. Anualmente, com o intuito de implantar a esperança em seus residentes, o Tribunal produz um concurso de artes cênicas chamado Exemplar, realizado para adolescentes de 16 anos, que dependendo da sua colocação no final podem escolher um “futuro” melhor.

Nesta edição, dentre os 24 escolhidos, se destacam os seguintes competidores: Aliyah 5 (Robyn Alomar), Bohdi 2 (Akiel Julien), Tempo 3 (Robbie Graham-Kuntz), Apollo 4 (Phillip Lewitski), Brooklyn 2 (Humberly González), Sage 5 (Devyn Nekoda) e Mags 2 (Mickeey Nguyen). No primeiro dia da competição, os adolescentes recebem convites secretos para uma festa em um lugar proibido pelo Tribunal, mas, obviamente, eles vão, e Aliyah 5 e Bohdi 2 acabam encontrando um local escondido chamado O Arquivo (dublado por Snoop Dogg), que contém música e conhecimento censurado, o que transforma completamente a vida e o modo de pensar dos jovens.

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À medida que o tempo vai passando e eles vão aprendendo coisas novas, o desempenho dos adolescentes vão mudando e toda a ideia de utopia que eles vivem começa a ser destruída em suas mentes, influenciando toda sociedade. Mesmo que “Utopia Falls” não apresente ações racistas, sexistas e homofóbicas, existem inúmeras desigualdades entre os habitantes de New Balbyl, e é através da música e da dança que cada candidato exemplar se expressa e usa sua arte como denúncia.

Apesar da série utilizar de muitos artifícios percebidos em outras produções, consegue, em seu misto de informações, conquistar o seu público, principalmente aquelas pessoas que sentem falta do glamour que os musicais e as performances podem proporcionar, e as que são apaixonadas por histórias que se passam no futuro.

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“Utopia Falls” ainda nos presenteia com um casal sáfico protagonizado pelas personagens de González e Nekoda. Brooklyn 2, candidata do setor da Indústria e Sage 5, candidata do setor da Natureza, assim como os demais, possuem suas histórias individuais e para além, um desenvolvimento que vai roubar seu coração.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando

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