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Wayhaught: uma relação doce, leve e ideal

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Dominique Provost-Chalkley  e Kat Barrell formam atualmente um dos casais mais queridos da TV. Em suas personagens Waverly e Nicole (respectivamente) na série “Wynonna Earp“, elas representam um símbolo de um relacionamento doce e encantador.

Com tantas histórias difíceis que nos deparamos na TV no que diz respeito a casais homoafetivos, Wayhaught vem como um acalento para o nosso coração mostrando o lado simples e leve de uma relação à qual as únicas complicações existentes são derivadas do drama da série e de questões cotidianas.

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O casal foi formado de forma gradativa, já que a Waverly nunca nem havia pensado na possibilidade de estar com uma mulher e se encontrava presa em relacionamento com Champ (Dylan Koroll). Contudo, a chegada de Nicole a cidade de Purgatório acabou mexendo um pouco com os sentimentos de Waverly que a princípio não entendia muito bem o que sentia. E é nesse ponto a série acertou, visto que Waverly não resistiu ao sentimento e a atração. Ela não tentou fugir ou negar, ela simplesmente entendeu que existia a possibilidade de também se apaixonar por uma mulher da mesma forma que ela provavelmente foi apaixonada por Champ um dia e se deixou levar por esse sentimento.

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Já Nicole entra na história assumida para si e para o mundo no que diz respeito a sua sexualidade. Ela carrega uma grande confiança e ao mesmo tempo um cuidado extremo e mostra que não quer roubar Waverly de Champ ou que a Earp mais nova assuma algo que ela poderia não ser de fato.

Com isso, a atração se faz extremamente presente desde o primeiro encontro. Waverly se encantou aos poucos e verdadeiramente por Nicole, o que foi bom de ser ver, já que a relação não foi forçada (e continua não sendo), pelo contrário, foi natural o modo como Waverly se apaixonou pela nova policial da cidade e como se entregou a esse sentimento sem um receio mais obscuro.

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Wayhaught aparece com seus problemas como todos os casais da série e de tantas outras tem. Elas brigam e voltam, mas uma coisa que sempre aparece é que as duas estão dispostas a se doar uma para outra e estão sempre tentando não deixar acontecimentos externos interferirem em sua relação.

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Um outro ponto de acerto na série em relação ao casal foi a naturalidade com que Wynonna (Melanie Scrofanno), a Mama Earp (Megan Follows) e todos os seus amigos tratam a situação. Não houve um embate sobre Waverly ser heterossexual porque namorava Champ, e mesmo não sendo clara a sexualidade da personagem, tudo foi visto exatamente com a sutileza que deveria ser, o que tudo ainda mais interessante já que a autoaceitação da Waverly e assim como a das pessoas que ela ama, foi incrivelmente natural.

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Wayhaught é definitivamente o tipo de casal que faz com que os expectadores sonhem e tenham esperança sobre um amor leve e doce. Fugindo de finais trágicos, de brigas e traições a autora Emily Andras traz neste casal a sensibilidade de um relacionamento saudável e abre visões positivas no que diz respeito as possibilidades de um “felizes para sempre”.

Monica Teixeira é pedagoga e muito apaixonada pelo universo literário. Amante de séries de médico, viciada em tudo que envolve super-heróis e não perde um episódio de Legends Of Tomorrow. Ela vive na Cidade Maravilhosa, Rio de Janeiro.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

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Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando

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