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Review | Station 19 – Terceira Temporada

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A terceira temporada de Station 19 chegou ao fim neste mês e como em suas temporadas anteriores apresentou 16 episódios com muitos incêndios, problemas amorosos, representatividade LGBTQIA+ e perdas inesperadas.

Especial Aniversário | Sobre como a bifobia prejudicou minha autodescoberta

Depois da morte do chefe dos bombeiros Lucas Ripley (Brett Tucker), no final da segunda temporada e Ryan Tanner (Alberto Frezza) saindo de Seattle, ninguém esperava tantas surpresas este ano. O primeiro episódio da temporada já iniciou com um crossover com “Grey’s Anatomy”, em que alguns bombeiros da Estação 19 e os médicos do Grey-Sloan Memorial testemunham um acidente no bar que estão. Somado a isso, é revelado o novo namorado de Victoria (Barrett Doss), o cirurgião Jackson Avery (Jesse Williams), romance esse desenvolvido primeiramente na série de origem.

Com a saída do personagem de Tucker, Michael Dixon (Pat Healy), do departamento de polícia é promovido como o novo chefe dos bombeiros, além de revelar sua intenção de obter boa publicidade ao departamento, ele leva seu filho Emmett (Lachlan Buchanan) a Estação com o intuito que este se torne um deles. A partir daí, podemos acompanhar a vida e dramas dos personagens.

(Contém Spoilers)

Andrea Herrera (Jaina Lee Ortiz), assim como Meredith Grey (Ellen Pompeo), é uma personagem que tende a sofrer muitas tragédias na série, e este ano não foi diferente. Apaixonada pelo Capitão Robert Sullivan (Boris Kodjoe), ela precisa lidar com seus sentimentos, superar o luto de ter perdido seu melhor amigo e ex-namorado em um acidente inesperado, e tentar acertar sua relação instável com seu pai, Pruitt (Miguel Sandoval). Este, por sua vez, voltou a apresentar sinais de doença e o câncer está o encaminhando para a morte iminente. Desta forma, preocupado com a filha, ele convence o Capitão Sullivan a promover outra pessoa para assumir a Estação 19, abalando ainda mais as estruturas dos bombeiros.

LesB Indica | A Garota dos Meus Sonhos – longa-metragem leve sobre autodescoberta

A promovida em questão, Maya Bishop (Danielle Savre), apresenta dificuldades em liderar os bombeiros, principalmente por sua promoção não ser esperada e por este acontecimento abalar seu relacionamento com sua melhor amiga, Andy. A nova capitã termina qualquer envolvimento amoroso com Jack Gibson (Grey Damon) e posteriormente engata um romance com Carina DeLuca (Stefania Spampinato), que nunca teve destaque em “Grey’s Anatomy”, mas parece ter uma chance maior no spin-off. Entretanto, como nem tudo são flores, Bishop recebe uma visita surpresa da sua mãe e precisa revirar o passado na família, causando sentimentos conflitantes e influenciando no seu atual relacionamento.

Os outros bombeiros, como Gibson, Travis (Jay Hayden) e Victoria também apresentam problemas no mundo dos romances. O primeiro, ao ser “largado” por Maya, desenvolve um relacionamento inadequado para o código dos bombeiros, ao se envolver com a esposa de um colega de trabalho, Rigo Vasquez (Rigo Sanchez). Já Travis, o queridinho de todos, se relaciona escondido com o novo cadete, Emmett, que não possui nenhum talento para o novo cargo e está noivo de uma mulher, mesmo sabendo que não é isso que deseja. E por último, Victoria tem desentendimentos em sua vida e também com Jackson, resultando na personagem indo morar com Dean Miller (Okieriete Onaodowan) e sua filha recém-nascida (abandonada pela mãe). O que acaba ocasionando outro problema, o bombeiro acaba desenvolvendo sentimentos por Vic, sendo esses não correspondidos.

Outro conflito retratado na temporada é Robert Sullivan e seus problemas com as drogas, seu caso proibido com Andy (mas não tão proibido assim) e a corrupção envolta do novo chefe dos bombeiros. Já Ben Warren (Jason George), não satisfeito novamente com sua profissão, começa sua própria equipe de intervenção médica com o apoio da Estação 19 e o Hospital Grey-Sloan.

Especial Aniversário | A importância da representatividade positiva

A terceira temporada de “Station 19” terminou com um novo drama relacionado a vida de Andy, em relação aos seus pais e até mesmo seu novo marido. Além disso, este ano foram tratados assuntos importantes como relacionamento abusivo, uso excessivo de drogas e aceitação de si mesmo. Infelizmente, talvez o único erro tenha sido a repetição do plot de traição quando se trata de casal feminino LGBTQIA+, quando Maya trai Carina em um surto de negação quanto ao relacionamento abusivo que vivenciou quando era mais jovem. Esperamos que as temporadas seguintes tratem com mais cautela e responsabilidade esses casais, porque preconceito em relação as mulheres bissexuais já existe e não precisamos de mais motivos.

“Station 19” foi renovada para sua 4ª temporada. No Brasil vai ao ar pelo Canal Sony e possui duas temporadas disponíveis na Netflix.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

LesB Indica | Badhaai Do – uma salada de casamento de fachada, confusão familiar e amor

No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando