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LesB Indica | Eu Nunca… – nova série teen da Netflix foge dos estereótipos

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Criada por Lang Fisher e Mindy Kaling, “Eu Nunca…” (Never Have I Ever) é a nova aposta da Netflix. A série de comédia-romântica, que possui dez episódios de aproximadamente trinta minutos, é inspirada na vida de Mindy Kaling (“The Mindy Project”) e é uma das melhores produções recentes voltadas para o público teen.

LesB Indica | Retrato de Uma Jovem em Chamas – longa-metragem com cenas de tirar o fôlego

Na história acompanhamos Devi (Maitreyi Ramakrishnan), uma garota de origem indiana que vive nos Estados Unidos e realmente ama os costumes americanos. A adolescente perdeu o pai recentemente e o trauma a afetou tanto que a deixou com as pernas paralisadas por três meses. Quando, por milagre, ela volta a andar, decide mudar sua vida na escola. Determinada a se tornar popular com suas amigas nerds, Fabiola (Lee Rodriguez) e Eleanor (Ramona Young, Mona Wu em Legends of Tomorrow”), toma a decisão que elas devem arranjar namorados para subirem na classe social escolar.

Além de querer que todos esqueçam da sua paralisia temporária, Devi está apaixonada pelo garoto mais lindo da escola, Paxton (Darren Barnet), vive em par de guerra com seu arquirrival Ben (Jaren Lewison), evita a qualquer custo tocar no assunto da morte de seu pai na terapia e por algum motivo aleatório, quem narra a história é John McEnroe (interpretado pelo mesmo), tenista que seu pai era fã.

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O que torna a comédia especial é o fato da protagonista não se importar de ser uma nerd, ela até aprecia e tem objetivos específicos quanto ao seu futuro acadêmico, diferente de outras produções com a mesma temática, que a mocinha precisa se produzir toda para chamar a atenção do “boy”. Seu ponto fraco está justamente dentro da sua casa, ela pode até ser confiante fora, mas dentro é um desastre. Ela é quase uma bomba preste a explodir quando se refere aos seus problemas com sua mãe e o ciúmes da sua prima perfeita Kamala (Richa Moorjani).

Outro ponto interessante é o arco de suas melhores amigas: Eleanor com os problemas familiares, em que a mãe a deixou quando era mais nova para correr atrás do sonho de ser tornar atriz e Fabiola tendo certeza da sexualidade e com medo de contar a família. Ainda, se tratando dos dois garotos da série, a falta de atenção que Ben necessita dos pais e a vida de aparência que ele exibe é uma coisa a ser explorada, assim como a história do bad boy Paxton, que na verdade, não se demonstra um verdadeiro babaca como é o esperado.

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Ademais, o casamento arranjado de Kamala e os costumes indianos são características que tornam a produção única e divertida. É obvio que a personagem de Moorjani não quer ser uma mãe de família, ela quer estudar e conhecer o mundo antes de ser “amarrar” com alguém, porém não tem coragem de falar sobre o assunto com seus pais.

Se você, assim como eu, gosta de romance teen (triângulo amoroso é blé, mas ok), hormônios à flor da pele, representatividade, seja em gênero e sexualidade, quanto a cultura, essa comédia romântica vai se tornar tudo aquilo que você estava esperando nos últimos tempos. E claro, não vamos esquecer das ótimas referências na tela, como produções como “Riverdale”, Harry Potter” e outros.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

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A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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