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FLUNK e a relação de Stellingrid (Stella + Ingrid)

A trama aborda diversos assuntos como a descoberta da sexualidade, preconceitos, uso de drogas por adolescentes e até relacionamentos abusivos. Criada por Ric Forster e produzida por Melanie Rowland, o drama lançado em 2018 acompanha essas personagens no ambiente escolar e suas relações fora dali.

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Se você curte produções teen, já deve ter se deparado com “FLUNK”, uma websérie australiana que acompanha a vida de alguns adolescentes no colegial, com maior foco na vida de Ingrid (Jessica Li) e Stella (Akasha Collins) na primeira temporada. A trama aborda diversos assuntos como a descoberta da sexualidade, preconceitos, uso de drogas por adolescentes e até relacionamentos abusivos. Criada por Ric Forster e produzida por Melanie Rowland, o drama lançado em 2018 acompanha essas personagens no ambiente escolar e suas relações fora dali.

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A série inicia dando destaque a Stella, uma adolescente daquelas rebeldes, que contraria os pais, que compra drogas dos amigos, não está nem aí para nada, adora ir em festas e doida por sua primeira tatuagem, mesmo não tendo idade suficiente para isso. Em um desses momentos de uso de drogas, é descoberta por sua mãe que dá um belo sermão (merecido) devido a sua conduta e a compara com sua melhor amiga, que nunca teria esse tipo de comportamento. Do outro lado temos Ingrid, que com o tempo se torna o foco da narrativa, e é a amiga citada pela mãe, o total oposto: uma menina tímida, ótima aluna e que ajudava sempre os pais na loja da família, seu estilo mais reservado e que segue a linha foi muitas vezes zombado por conhecidos.

(Contém Spoilers)

“FLUNK” nos apresenta a dupla como inseparáveis, mas no decorrer vemos algumas questões problemáticas nesta relação. Por diversas vezes, Stella pressiona a amiga a ser como ela, percebemos que a companheira é arrastada para situações que não faz o seu estilo, e devido a pressão por ser uma garota mais “descolada”, acaba se forçando a fazer algumas coisas mesmo sem vontade. Na escola usa a facilidade nas disciplinas de Ingrid para ganhar vantagem, já que ir bem nas disciplinas não está em sua lista. Além disso, vemos Ingrid a todo tempo se desgastando para tentar livrar a colega de problemas, logo descobrimos que essa preocupação se intensifica por ter uma crush nela. A partir daí começa um entendimento de sua sexualidade e de como lidar com aquela situação. Stella, por outro lado, gosta de Ed (Beaudene Peruissch ), aluno da mesma escola e que, algumas vezes, é seu fornecedor de drogas.

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Um dia, após descobrir que Ingrid nunca tinha beijado, Stella dá um selinho na amiga, que imediatamente acha aquilo tudo estranho e vai para casa. Em outro dia, Stella diz a colega para tentar coisas novas e se arriscar, a frase foi um impulso para ela fazer algo que tanto queria: beijá-la. Mas Stella também achou muito esquisito, disse que tinha entendido errado e se afastou sem nenhuma conversa. Rapidamente os boatos sobre a sexualidade dela foram espalhados pela escola, tendo que ouvir comentários desagradáveis.

Foi só após uma das professoras das meninas ter alertado Ingrid sobre a toxicidade daquela amizade, que ela se tocou de muitas coisas pelas quais passou. Ela mentiu para levar a culpa por Stella, com risco de expulsão ou consequências no currículo escolar, mas a professora a conhecia muito bem para saber que não era o tipo de pessoa que plagiaria algum trabalho. Ingrid teve a oportunidade de falar sobre isso diretamente para Stella, após perceber que o tudo aquilo fazia muito sentido. Stella, por sua vez, não conseguiu reconhecer a gravidade de seus comportamentos e como o seu tratamento não era nada saudável, acabou achando que ela estava falando aquilo por ciúmes.

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Após esse episódio em “FLUNK”, elas se afastaram e Ingrid conseguiu se conectar com outras pessoas, como Brayden (Caylen Forbes) e sua irmã Dani (Kelsie Schulz), com quem  mais tarde vai iniciar um relacionamento. É importante deixar claro que a família de Ingrid é uma família mais conservadora neste sentido, até seu irmão, ao saber que ela gosta de meninas, fala que sua mãe não aguentaria saber de tal informação. Com isso, Ingrid ainda tem dificuldades de demonstrar afetos em público, diferente de sua então namorada Dani, que já está em uma situação mais segura e confortável. 

Stella depois de ficar fora da cidade por um tempo, volta para trama, mas percebemos que nada mudou: o tempo não a fez amadurecer, ainda não consegue perceber como suas ações podem prejudicar. Dessa vez ela volta contando a Ingrid que também se atrai por meninas. Mesmo com diversas atitudes tóxicas, a websérie continua tentando unir as duas, como vemos no final da segunda temporada. Difícil torcer pela amizade delas até o momento, mas temos uma nova temporada a caminho para descobrir como será o desenvolvimento no decorrer dos episódios.

“FLUNK” está disponível no Youtube e conta com duas temporadas.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando