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Conheça o Pride Bank, o primeiro banco digital LGBTQ+ do mundo

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Por Carla Rocha

Muitas empresas têm buscado implementar ações voltadas para a diversidade no ambiente organizacional, porém, algumas mais tradicionais como instituições financeiras, por exemplo, ainda sentem dificuldades em colocar essas propostas em prática. E em pleno século XXI a LGBTfobia (que finalmente foi considerado crime pelo Supremo Tribunal Federal), ainda é vista através de agressões verbais, físicas e o preconceito ainda acontece também em agências bancárias, como relata Márcia Costa em um comentário em uma rede social:

Na contramão de histórias como esta e para mudar este cenário, surgiu o Pride Bank, um banco digital sem distinção de gênero voltado para a inclusão financeira do publico LGBTQ+, que tem como proposta o auxílio a comunidade e o propósito social de reverter parte da receita para ações sociais através do Instituto Pride, ou seja, um banco que já saiu na frente, fazendo diferença desde o primeiro momento. Tudo de bom, não é mesmo?

Como surgiu o primeiro Banco Digital LGBTQ+?

Há algum tempo atrás era impossível acreditar que os bancos digitais teriam o sucesso que tem hoje e que tornariam as nossas vidas muito mais fáceis, não é mesmo? Ficar na fila de um banco para realizar alguma transação está cada vez mais distante da realidade de quem já consegue resolver tudo pelo smartphone. O Pride Bank é o primeiro banco digital do mundo voltado para o público LGBTQ+ e foi criado por Marcio Orlandi, que teve como motivação principal a preocupação de fazer um banco inclusivo, divertido e preocupado com as ações sociais de comunidade. “Nós criamos o Pride Bank porque queríamos atender todo o público LGBTQ+ e seus aliades com o respeito e dignidade que merecem e nem sempre recebem de outros bancos”, destaca.

Orlandi acredita que ter desenvolvido o primeiro Banco Digital LGBTQ+ do mundo foi muito importante porque dá legitimidade a uma comunidade que vê poucos produtos e serviços voltados para ela. “Nosso propósito social é ajudarmos essa mesma comunidade a se tornar mais forte e empoderada”, ressalta. Os Priders (como são chamados os correntistas) têm inicialmente acesso a uma conta corrente digital (transferências, depósitos, pagamento de contas, serviços como recarga de celular e outros) como qualquer outro banco digital, cartão de crédito pré-pago e pode adquirir maquininha POS. “E também teremos no futuro muitas ações de marketing ligadas a shows, eventos, esportes e cultura patrocinados pelo Pride”, antecipa Orlandi.

Como o Pride bank vai fazer a diferença?

O Instituto Pride trabalha em parceria com a WeLight (empresa de tecnologia social) que faz a gestão de como o dinheiro repassado é distribuído e entre as ações escolhidas. Sempre dando 100% de transparência de quem ele beneficiou. Nesse momento do Beta, para acelerar o Instituto, a cada conta aberta e movimentada, o Pride Bank deve doar R$5,00 adicionais aos 5% de receita. Inicialmente foram escolhidas 3 ações sociais para serem as primeiras beneficiadas. Conheça as iniciativas:

1 – Coletivo Arouchianos – causa que visa apoiar jovens LGBTQ+ em situação de vulnerabilidade social, oferecendo abrigo, apoio psicológico, etc. E também dispõe-se o tombamento da região do Arouche em São Paulo como Patrimônio Histórico Imaterial de São Paulo.

2 – Casa Brenda Lee – fundada pela travesti Brenda Lee na década de 1980 para abrigar travestis e pessoas trans com HIV/AIDS, e oferecer um mínimo de dignidade e carinho em seus últimos momentos de vida. Depois do assassinato da fundadora a casa passou por diversos momentos difíceis, mas continua lutando para continuar aberta e tentando concluir uma reforma para poder voltar a abrigar pessoas necessitadas, em especial pessoas trans.

3 – Eternamente SOU – preocupados com pessoas LGBTQ+ que atingem a terceira idade e sofrem ao ver sua vida social desaparecendo com perda de seus companheiros, isolamento da família e ostracismo geral, a Eternamente SOU visa criar atividades e reintegrar essa parte da população à sociedade.

Neste primeiro momento o Pride Bank está operando em BETA, ou seja, é necessário conseguir um convite de um amigo que já tenha conta. Porém, muito em breve – quando os serviços estiverem estabilizados – será aberto completamente para qualquer pessoa que tenha interesse em fazer parte desse movimento revolucionário. Conheça mais em www.pridebank.com.br.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

LesB Indica | Badhaai Do – uma salada de casamento de fachada, confusão familiar e amor

No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando

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