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Cinco contos de autoras nacionais para ler no Carnaval

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O Carnaval está chegando e a maioria das pessoas só pensam em fantasia, glitter e bloquinho, enquanto eu estou aqui, atualizando minha lista de livros a serem lidos, pensando quantas horas vou dormir, quantos trabalhos vou adiantar e quantos episódios de série vou assistir. Então, aqui vão cinco indicações de contos para ler nesse feriado, se você, assim como eu, já separou seu espacinho para relaxar nestes dias.

A profecia da sereia – Clara Alves

Lila é uma sereia e sempre sentiu que não se encaixava, afinal, ela é a primeira sereia há muito tempo que nasce sem uma alma gêmea. Além disso, ela morre de vontade de conhecer o mundo do humanos e isso se torna realidade quando ela conhece Daisy, uma feiticeira. Agora Lila tem pernas, uma melhor amiga e o melhor de tudo: a feiticeira a conta que a sereia irá conhecer sua alma gêmea em uma festa de ano novo. Agora toda véspera de ano novo, Lila volta à terra e se infiltra em festas à procura do amor da sua vida. Clara Alves constrói uma história que vai aquecer seu coração e te fazer exigir mais. Se você gosta de fantasia e romance unidos, esse conto é perfeito para você!

Bom ano – Pam Gonçalves

A história, escrita por Pam Gonçalves, traz a personagem Manu, de seu primeiro livro solo “Boa noite”. Ela é uma jovem alegre, excêntrica e extremamente fofa, e a única coisa que ela quer na véspera de ano novo é conseguir juntar seus amigos, que para ela são sua família. Só tem um problema, sua namorada Dani está distante e exigindo respostas que Manu não tem certeza se pode corresponder. Por isso, a personagem emerge em uma série de pensamentos, angústias e reconhecimento do que ela realmente quer do seu futuro. A leitura é bem sensível e envolvente, vale a pena conferir!

Cinco blocos LGBTQ+ para curtir no Carnaval

Mesmo que eu vá embora – Lethycia Dias

Camila conhece Helena há algum tempo, desde que Helena deixou um comentário em um post no blog da Camila. Depois disso, elas começaram a trocar mensagens todos os dias, incluindo dicas de filmes ou apenas rotinas do dia. O único problema é que as duas vivem separadas por quilômetros de distância e nunca se viram pessoalmente. Até o dia em que Camila vai participar de um evento acadêmico que a leva justamente a cidadezinha que Helena vive. O momento que ela tanto esperava chega e a ansiedade transborda pelo seu corpo. E agora, elas tem poucos dias para decidir o que fazer no futuro. Ficar juntas ou deixar só na amizade? A trama de Lethycia é fofa e talvez o único problema seja que acaba rápido demais.

Pétala – Olívia Pilar

Ambientado em um café, Olívia Pilar nos traz uma história em forma de diálogo entre duas mulheres bissexuais, Bruna e Pétala e alguns devaneios. Elas são amigas há muito tempo, daquelas que ficam de vez em quando, mas não necessariamente estão em um relacionamento sério. O que as duas possuem é único e intenso, mas indeterminado, e isso incomoda. Desta forma, nesse encontro, Bruna precisa tomar uma decisão importante e tomar coragem de contar a Pétala. O conto é inspirado na música “Calendário”, da dupla Anavitória.

A aposta – Cristiane Schwinden

O que você faria se, um grupo de funcionários da mesma empresa de engenharia que você trabalha, estivesse fazendo um bolão de apostas sobre a orientação sexual da sua chefe? Você participaria ou cairia fora? O conto de 39 páginas, de Cristiane Schwinden, publicado pela Editora Lettera, acompanha a história da engenheira Leandra, que claro, está participando da aposta e está prontíssima para conseguir essa informação de primeira mão e ganhar. Mas e aí? Você acha que ela ganhou? Corre para ler e se prepare para dar umas boas risadas!


Todos os contos estão disponível em formato e-book, possuem menos de 80 páginas e podem facilmente ser lidos em uma tardezinha. Só separar seu cantinho e leituras a obra!

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando