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Editorial | Bem-vindos ao LesB Out!

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Em primeiro lugar, nós, do LesB Out! queremos dar as boas-vindas a todos vocês. O site, cuja ideia surgiu após algumas conversas aleatórias sobre a ‘Batwoman’ e ‘The Gifted’, trará conteúdo ligado a cultura POP (e mais para frente sobre alguns outros assuntos, mas deixaremos como surpresa, por enquanto) para o público feminino LGBTQ+.

Dizem por aí que o universo tem uma maneira engraçada de atuar e parece que em um dado momento, que escolheu propício, fez com que duas pessoas com a mesma ideia se conhecessem e a levassem adiante. Inspirado em sites norte-americanos e questionando a falta de conteúdo direcionado ao público feminino parte da comunidade LGBTQ+, no Brasil, que o projeto surgiu.

É fato que, devido às campanhas realizadas na internet, a voz dada através das redes sociais, especialmente, que estes telespectadores têm ganhado mais espaço dentro das produções audiovisuais, literárias, etc., assim como, a decisão de alguns artistas em assumir a sexualidade, o que, automaticamente, me remete ao filme “Com Amor, Simon”: o protagonista se questiona o motivo de uma pessoa LGBTQ+ ter que se assumir quando os que são heterossexuais não precisam, mas isto é assunto para outro momento.

Com a visibilidade crescendo, através de pessoas em posições de serem ouvidas que decidiram apoiar os movimentos e, também, devido ao público que busca levar suas vozes até aqueles que se encontram encabeçando tais produtos, que cada vez mais se tem tido personagens LGBTQ+ dentro das produções. Sabemos, entretanto, que nem tudo são flores e algumas dessas representações não são positivas, o que causa desconforto e uma busca incessante por conteúdos de qualidade.

Pensando em tudo isso, e mais a falta de um site do gênero brasileiro, que o LesB Out! nasceu. A ideia aqui é trazer tudo relacionado a Cultura POP, e mais outras como já disse anteriormente, que esteja relacionado ao público feminino LGBTQ+. Contudo, não seria justo que estes conteúdos fossem produzidos por pessoas que não estão inseridas, de fato, no assunto. Por esta razão tomamos a decisão de que nossas colaboradoras, assim como nós, criadoras, fossem mulheres LGBTQ+ também, afinal, quem melhor para falar do assunto, senão quem o vivencia?

Sem mais delongas, aqui teremos assuntos sobre séries de TV, filmes, quadrinhos, webséries, música e literatura, colunas e matérias relacionadas ao assunto, críticas e notícias. Este espaço é seu também para comentar, compartilhar, propor ideias, pois queremos ouvir ao público e o que deseja conferir por aqui. Espero que possamos atender as expectativas de todos vocês.

Eu sou Karolen Passos, jornalista, crítica há oito anos e bissexual. Amante de tudo relacionado a Cultura POP e com uma coleção de quadrinhos que cresce a cada semana. Também sou idealizadora do projeto ao lado da Myrella Oliveira, minha sócia. Ela é designer, estudante de publicidade e propaganda, lésbica e outra amante da Cultura POP.

Bom, mais uma vez, sejam muito bem-vindos ao LesB Out!

Karolen Passos é a co-criadora do LesB Out!. Jornalista, marketeira, mestranda sofredora e crítica há mais de dez anos, ela já escreveu para diversos sites. Fã de séries desde Gilmore Girls, a carioca têm mais de 50 títulos interminados na grade atual de séries e uma coleção crescente de quadrinhos (será se já leu tudo?). Hoje mora na Bahia e é mãe de três gatos: Bruce Wayne, o BAT-CAT, Alex Karev, o hiperativo e Meredith Grey, a antissocial.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando