A série animada da “Harley Quinn” estreou em 2019 no serviço de streaming DC Universe e trouxe para o público a chance de acompanhar a história da vilã no pós-Coringa. A primeira temporada traz como foco a emancipação bem sucedida de Harley (Kaley Cuoco) que com a ajuda de Poison Ivy (Lake Bell) foge de Arkham.
Pro Mundo (Out!) | Adena El-Amin e a importância da representatividade
As personagens criam uma parceria já vista antes nos arcos dos quadrinhos e com isso, a protagonista consegue de uma vez por todas se livrar do relacionamento tóxico que viveu com o conhecido vilão e decide, de uma vez por todas, que ela é uma vilã completa e não precisa e nem nunca precisou ser coadjuvante.
Com isso, a temporada foca em como Harley pode ou não tornar Gotham City um inferno. Ela se une a alguns vilões não tão vilões assim, além claro, de sua fiel parceira Ivy. Eles saem em tentativas incansáveis de tomar a cidade de uma vez por todas, mas para isso, eles precisam de atenção, e nada melhor do que a atenção do protetor de Gotham, Batman (Diedrich Bader).
Cansada de ser completamente ignorada pelo homem morcego, a protagonista decide se juntar a Legião do Mal, mas isso só mostra para Quinn o quanto ela tem o poder de ser completamente independente. A série não torna dos vilões heróis, não torna Harley uma personagem boa. O enredo conquista o público por tratar os personagens maus justamente do jeito que eles são: maus. E por ser +18 as cenas podem ser um pouco perturbadoras de início, pois mesmo sendo um desenho, é mostrado explicitamente o que acontece, por exemplo, se você é atacado por um tubarão ou se o taco dela atinge seu rosto.
Cinco webséries do canal KindaTV que vale a pena ver (e rever)
Com frases e expressões sem censura e sem poupar a acidez no humor, o enredo da série é envolvente. A vilã prende a atenção do público a todo momento com suas falas e atitudes diante de suas vontades um pouco fora do normal, sempre acompanhada de Ivy que tem ela como alguém muito especial. A partir deste ponto, os showrunners da série puxaram um gancho já esperado pelo público: em uma entrevista recente, Patrick Schumacker e Justin Halpern confirmaram o desenvolvimento das vilãs como casal na segunda temporada.
Com o intuito de fazer o relacionamento se desenvolver de forma natural, os citados acima explicam que o despertar da Harley sobre sua própria sexualidade vai ganhar notoriedade quando ela perceber que sente algo a mais pela melhor amiga. Como todo processo confuso que é se apaixonar pela sua parceira de vida e de luta, com as vilãs não será diferente. Com isso eles contemplam a expectativa de boa parte do público que assiste a série.
Eles conseguiram desenvolver a Harley de forma completamente independente e forte na primeira temporada, apostaram na sua emancipação completa, além de claro, nas novas relações que ela construiu sem depender do Coringa.